O Brasil registrou uma taxa de 39,4% de trabalhadores informais entre os meses de julho, agosto e setembro de 2022. No total, são 39,145 milhões na informalidade durante o período estudado, conduzido pelo Instituto Nacional de Economia e Estatística (IBGE).
Segundo os dados levantados, foram 142 mil pessoas que deixaram de atuar como trabalhadores informais. A queda, de 0,4%, é considerada dentro da margem de erro da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). Em comparação ao mesmo período do ano anterior, a informalidade cresceu 3,8%, quase um milhão e meio de pessoas a mais atuando nessa condição.
“A taxa de desocupação segue a trajetória de queda que vem sendo observada nos últimos trimestres. A retração dessa taxa é influenciada pela manutenção do crescimento da população ocupada”, afirmou Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad.
A taxa de desemprego no Brasil caiu para 8,7% no trimestre analisado. Esta é a menor taxa registrada desde junho de 2015, quando 8,4% da população estava desempregada. Em comparação ao mesmo período de 2021, a taxa era de 12,6%.
De acordo com a pesquisa, o número de empregados sem carteira assinada no setor privado foi o maior da série histórica, com 13,2 milhões de pessoas em tais condições.
“A expansão da ocupação veio fundamentalmente da formalidade”, afirmou Adriana. “De fato, se observa um crescimento de parcelas da formalidade.”
O número de empregados com carteira assinada, no entanto, cresceu 1,3% em relação ao trimestre anterior. O nível chegou a 36,3 milhões de pessoas, porém, em comparação com os dados anuais, o número cresceu 8,2%.
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O IBGE cita a geração de vagas assinadas para o setor privado e a geração de novos empregos em setores públicos foram os principais causadores para o aumento da formalidade. Outros fatores como a pandemia afetavam a criação de novos empregos para cargos públicos, principalmente voltados à àrea da educação.
O setor privado abriu 482 vagas com carteira assinada, e o setor público obteve recorde histórico, contratando mais de 291 mil trabalhadores no último trimestre.
A pesquisa apontou 315 mil trabalhadores novos nos setores de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais no trimestre estudado.