ECONOMIA

Brasil tem 7º menor índice de inflação do G20 em 2022

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Inflação global está em patamares elevados
Ivonete Dainese
Inflação global está em patamares elevados

O IBGE (Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística) divulgou nesta terça-feira (10) o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) , considerado a inflação oficial do Brasil, de 2022. O indicador apontou 5,79% de alta nos preços em 2022. Apesar de elevado, o índice é um dos melhores do G20, grupo com as maiores economias do mundo. 

Mesmo assim, o IPCA estourou o teto da meta definida pelo Banco Central. Este foi o 4º ano consecutivo em que os preços rompem acima do teto da meta.

Para 2022, a meta era de 3,5%, com teto de 5%. O teto da meta considera a margem de tolerância estabelecida pelo CMN, e uma inflação acima do teto pode significar que os preços estão subindo acima do que é considerado saudável para a economia.

Veja o ranking

País // Inflação (%) // Mês de referência

  • Argentina // 92.4 //Nov/22 
  • Turquia // 64.27 // Dec/22
  • Russia // 12 // Nov/22
  • Italia // 11.6 // Dec/22
  • Reino Unido // 10.7 // Nov/22
  • Holanda // 9.6 // Dec/22 
  • Zona do Euro // 9.2 // Dec/22 
  • Alemanha // 8.6 // Dec/22 
  • Mexico // 7.82 // Dec/22 
  • Africa do Sul // 7.4 // Nov/22 
  • Australia // 7.3 // Sep/22 
  • Estados Unidos // 7.1 // Nov/22 
  • Canada 6.8 // // Nov/22 
  • Singapura // 6.7 // Nov/22 
  • França // 5.9 // Dec/22 
  • India // 5.88 // Nov/22 
  • Espanha// 5.8 // Dec/22 
  • Brasil // 5.79 // Dec/22 
  • Indonesia // 5.51 // Dec/22 
  • Korea do Sul // 5.5 // Dec/22 
  • Japão // 3.8 // Nov/22 
  • Arabia Saudita // 2.9 // Nov/22 
  • Suíça // 2.8 // Dec/22 
  • China // 2.1 // Nov/22 
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*Fonte: Trading Economics (As posições podem ser alteradas assim que alguns países divulgarem dados mais recentes)

O resultado de 2022 no Brasil foi influenciado principalmente pelo grupo Alimentação e bebidas (11,64%), que teve o maior impacto (2,41 p.p.) no acumulado do ano. Em seguida, Saúde e cuidados pessoais, com 11,43% de variação e 1,42 p.p. de impacto. A maior variação veio do grupo Vestuário (18,02%), que teve altas acima de 1% em 10 dos 12 meses do ano. O grupo Habitação ficou próximo da estabilidade, com 0,07% de variação, e os Transportes (-1,29%) tiveram a maior queda e o impacto negativo mais intenso (-0,28 p.p.) entre os nove grupos pesquisados.

O resultado de dezembro, na comparação com 12 meses anteriores, foi a leitura mais baixa desde fevereiro de 2021. 

No Brasil, a taxa de inflação mede um amplo aumento ou queda nos preços que os consumidores pagam por uma cesta padrão de bens. As categorias mais importantes do índice são: Transporte (20%); Alimentos e bebidas (19 por cento do peso total); habitação (15 por cento); cuidados de saúde (13 por cento); e despesas pessoais (11 por cento). Além disso, Comunicação responde por 4%; educação para 6 por cento; roupas por 5 por cento; bens domésticos por 4 por cento. Os dados são coletados nas Regiões Metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador e Curitiba e nas cidades de Goiânia e Brasília.

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Inflação global

Os dados do ranking mostram que, apesar de estar em queda, os índices de inflação permanecem elevados, como no Brasil. 

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Na Zona do Euro, os impactos da guerra da Ucrânia, que elevou o preço da energia e dos combustíveis, impacta a maioria dos países que dependem da Rússia como fonte energética. 

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) disse que a inflação de alimentos atingiu sua taxa mais alta desde maio de 1974 em outubro, 16,1%, enquanto a inflação de energia foi de 28,1% no mesmo mês.

Os bancos centrais pelo mundo têm adotado estratégias de aperto monetário e elevação dos juros a fim de conter a alta dos preços, o que deve levar a um 2023 mais recessivo. 

Fonte: IG ECONOMIA

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