ECONOMIA

Pacote de medidas é carta ao Banco Central, diz Haddad

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Haddad diz que pacote de medidas é ‘carta para o Banco Central’
MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Haddad diz que pacote de medidas é ‘carta para o Banco Central’

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad , afirmou nesta quinta-feira (12) que o pacote de medidas é uma “carta ao Banco Central”, em que afirma estar comprometido com a melhoria das contas públicas e da arrecadação federal. 

O ministro espera que as medidas, que visam aumentar as receitas, sejam lidas pelo BC como uma tentativa de mitigar os riscos fiscais e atenuar o déficit público, projetado em mais de R$ 200 bilhões no Orçamento proposto pelo último governo. 

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Haddad espera que a autoridade monetária possa reduzir os juros, que estão em 13,75% ao ano, por conta do pacote que tem capacidade de elevar as contas em até R$ 242,7 bilhões.

O ministro lembrou que agora o Banco Central é autônomo e que o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, fica no cargo até 2024. 

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“Antigamente não existia independência do Banco Central, agora existe, precisamos entender. Do mesmo jeito que estamos fazendo uma leitura da carta do Banco Central, o Banco Central vai fazer uma leitura da nossa carta. Isso é uma carta para o Banco Central, vamos trocando cartas até o dia em que a gente celebra um entendimento maior”, disse Haddad.

Segundo o ministro, a “carta” é uma resposta às justificativas do BC ao estouro da meta de inflação. O ministro destacou, porém, que não cabe a ele fazer uma avaliação do desempenho do BC.

“Eu não tenho de estar satisfeito ou insatisfeito com o Banco Central, tenho de respeitar a institucionalidade, respeitar a independência que foi aprovada e buscar os caminhos para harmonizar as políticas. A desarmonia não vai produzir os melhores resultados”, disse.

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Na carta do BC a Haddad, a autoridade monetária informou que iria acompanhar “com especial atenção” a política fiscal do novo governo e seus efeitos sobre os preços e sobre a inflação. Essa mensagem foi escrita no contexto da aprovação da “PEC da Transição”, que ampliou os gastos públicos em R$ 169 bilhões neste ano.

Fonte: IG ECONOMIA

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