ECONOMIA

XP diz que Americanas precisa de até R$ 21 bi para atender credores

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Lojas Americanas
Reprodução: iG Minas Gerais
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A XP Investimentos calcula que a  Lojas Americanas precisará realizar uma capitalização que consiga entre R$ 12 bilhões e R$ 21 bilhões para atender seus credores. A operação consiste em nova emissão de ações na Bolsa de Valores. 

O cálculo dos economistas da corretora considera diversos cenários de endividamento e margem operacional da varejista, ou margem Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização).

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A Americanas anunciou inicialmente a “descoberta” de R$ 20 bilhões em dívidas, mas depois viu que o “buraco era mais em baixo” e as inconsistências contábeis somavam mais de R$ 40 bilhões.

Segundo a XP, será possível estimar melhor o tamanho da capitalização após a averiguação mais exata do tamanho da dívida.

E empresa teve pedido de recuperação judicial (RJ) aprovado pela Justiça do Rio de Janeiro, o que, se se concretizar, mudaria também o cenário de cobranças e amortizações da dívida da empresa. 

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Os analistas lembram que uma RJ tem prazo médio de três anos, podendo ser prolongado, como no caso da Oi, que levou seis anos. 

Se a empresa decidir pela adoção da RJ, terá de sair da Bolsa de Valores, já que as regras da B3 impedem que empresas em recuperação sejam negociadas no mercado. Isso “pode impactar negativamente a liquidez” da varejista, afirmou a XP.

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Além da capitalização, os analistas da XP sugerem venda de ativos e reestruturação das dívidas para aliviar a saúde financeira da companhia. A XP não descarta o encerramento das atividades da empresa.

Após queda superior a 80% na última quarta-feira (11), dia em que o CEO Sergio Rial renunciou ao cargo devido ao balanço inconsistente, as ações da Americanas devem seguir com volatilidade alta nesta semana. 

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Na última sexta-feira (13), antes do pedido de proteção à Justiça se tornar público, a ação da Americanas subiu 15,77%.

Segundo o relatório, os papéis “tendem a sofrer durante processos de recuperação judicial”, pois “as medidas são focadas nos credores e são geralmente diluitivas aos acionistas”. 

Fonte: IG ECONOMIA

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