O pedido da polícia paulista foi feito na última terça-feira (17), e o objetivo do acesso às contas bancárias da aluna de 25 anos é rastrear o fluxo financeiro da mesma em relação às transações referentes ao dinheiro da comissão de formatura.
Na noite desta quinta-feira (19), a aluna Alicia Dudy Muller, de 25 anos , confessou o golpe à polícia. A delegada Zuleika Gonzalez disse que a jovem entendia que os valores que estavam sendo pagos à “Ás Formaturas” não eram bem administrados pela empresa. Ela também usou parte do dinheiro para benefício próprio.
A jovem foi indiciada por apropriação indébita. A estudante vai responder em liberdade, mas há chance de ela ser alvo de um pedido de prisão preventiva.
Quando se deu conta de que os investimentos não estavam dando resultado, Alicia, então presidente da comissão de formatura da turma 106 da FMUSP, começou a se desesperar e passou a fazer apostas em casas lotéricas.
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Outra parte do dinheiro foi usado para custear despesas pessoas da estudante, como aluguéis de apartamento e carro, e compra de um tablet.
De acordo com a investigação, Alicia fez nove saques de contas da empresa. O Procon , agora, quer entender qual foi a relação jurídica da companhia com cada um dos formandos e qual instrumento jurídico autorizava essa transferência do valor arrecadado pela turma para as contas da estudante.
A “Ás Formaturas” já encaminhou ao órgão as primeiras explicações. As respostas, porém, foram consideradas “genéricas” e “não especificaram os questionamentos feitos”, afirmou o Procon.
Segundo o órgão, “caso a Ás Formaturas não tenha zelado pelo patrimônio dos consumidores, ou seja, não tenha feito a guarda dos valores de modo adequado, ela poderá responder a processo administrativo”.