“Veio melhor que o comunicado [do Copom, divulgado na semana passada]. Mais extensa, analítica, colocando pontos importantes sobre o trabalho do Ministério da Fazenda. É uma ata mais amigável em relação aos próximos passos que precisam ser tomados”, disse Haddad.
Haddad disse que o governo está lidando bem com a política fiscal e que a instituição precisa reconhecer o trabalho realizado, na tentativa de recuperar parte da arrecadação sem aumento de impostos, aliando políticas fiscal (que afeta as contas públicas) com a monetária (que define os juros).
“A coordenação (das políticas fiscal e monetária) tem duas mãos. O que eu sempre defendo é a harmonização da política monetária e da política fiscal. A ideia é que são braços do mesmo organismo e tem de trabalhar jutos, em proveito do crescimento com baixa inflação”, disse.
“Estamos fazendo a lição de casa, melhorando a questão da receita, nos dois lados: O bom contribuinte, que vai ser mais bem tratado e das pendências que vão ter uma equação, e também a despesa. Para isso vamos ter um novo arcabouço fiscal, que vai sair em abri, porque temos a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que exige compatibilidade.”
O ministro da Fazenda também informou que iniciou a discussão sobre alterações nas metas de inflação, fixadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, com quem se reuniu nesta terça-feira (7). Haddad, no entanto, negou haver definição sobre o tema.
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A próxima reunião do CMN será realizada no dia 16 de abril
“Isso vai ser discutido pelo governo para a gente adotar os próximos passos.”
O ministro disse ainda que não avançou nas discussões para retomar o imposto sobre combustíveis, zerados no primeiro dia de governo e com prazo até o fim de fevereiro.
Haddad reiterou que terá uma reunião com os governadores nesta terça para tratar da “lambança” feita com a aprovação de leis complementares que reduziram as alíquotas do ICMS sobre energia, combustíveis, telecomunicações e transportes e afetaram as contas dos estados.