COMBATE AO TRÁFICO

NO NORTÃO: Cabo da PM e jornalista estão entre os presos na Operação Dissidência 2

Em vídeo, repórter alega que a prisão dele é política e ele estava apenas entrevistando um faccionado

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O cabo da Polícia Militar Clóvis Machado e o jornalista Juvenilson dos Santos Martins são dois dos 12 alvos de mandado de prisão da 2ª fase da Operação Dissidência, realizada pela força-tarefa da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar e Polícia Civil na tarde de quarta-feira (08).

 

 

De acordo com as investigações, os dois tinham contatos com os integrantes da facção Tropa do Castelar, uma dissidência do Comando Vermelho, cuja guerra com integrantes do CV tem causado uma onda de assassinatos na região centro-norte de Mato Grosso, levando pânico aos moradores.

 

O policial militar, que é residente em Marcelândia, seria informante dos criminosos Maria Magnólia Leite e Matheus Bruno de Lima, integrantes da Tropa do Castelar. As investigações apontaram que o cabo da PM teria se aproveitado do cargo público para repassar aos comparsas informações de eventuais operações policiais, consultando, inclusive, outros policiais militares para que seus cúmplices estivessem sempre informados e atuando na execução de membros do Comando Vermelho, auxiliando, dessa forma, as práticas criminosas da organização criminosa Tropa do Castelar.

 

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Matheus é um dos fundadores da Tropa do Castelar e liderança da nova facção. Ele era o responsável pelo comércio de drogas na região de Sorriso até Peixoto de Azevedo. Já Maria Magnólia também seria integrante da Tropa do Castelar e tinha a função de promover a facção por meio de estatuto e divisão de tarefas, estabelecendo regras que definem e orientam as ações criminosas estruturadas e sistêmicas entre seus membros e integrantes através de núcleos autônomos responsáveis pela prática de diversos crimes, inclusive tráfico ilícito de drogas.

 

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Como se trata de um policial militar, a juíza da 7ª Vara Criminal, Ana Cristina Mendes, determinou o desmembramento do feito. Por ter sido denunciado como integrante de organização criminosa no exercício da função de policial militar, ela distribuiu o caso dele para Justiça Especializada Militar e encaminhou cópia integral para 11ª Vara Criminal de Cuiabá.

 

Jornalista informante da facção

 

 

Por sua vez, o jornalista Juvenilson dos Santos Martins, conhecido como “Mister Tripa”, atua na cidade de Peixoto de Azevedo. As investigações apontaram que ele era informante da facção Tropa do Castelar. Em áudio dele em conversa com o investigado Daniel Toscano, Juvenilson diz que constantemente se deslocava para Cuiabá em um carro de “imprensa”, que dificilmente seria parado por viatura policial.

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Conforme a polícia há indícios dele estar vinculado com a organização criminosa, se tornando indispensável para as praticas delitivas e realizar o transporte de produtos ilícitos para a facção.

 

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Em vídeo, o jornalista negou fazer parte da facção e que isso seria uma retaliação por ser um repórter investigativo.

 

 

“Quem é jornalista investigativo sabe bem o que é perseguição política. Isso é uma prisão política! Eu não tenho envolvimento nenhum com crime organizado, não tenho contato com faccionado. Eu tive contato com um ex-faccionado que tinha intenção de fazer uma delação, de entregar uma pessoa que eu estava investigando”, disse.

 

 

 

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