A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), deflagrou nesta terça-feira (16.05), a Operação “Ronuro” para cumprimento de 22 mandados judiciais contra uma associação criminosa que vinha agindo na extração e desmatamento ilegal de madeira, na região norte do estado.![](/documents/18244709/36277138/WhatsApp+Image+2023-05-16+at+06.58.35+%281%29.jpeg/cd82a031-f492-2867-86ad-9f014b31173e?t=1684233782833+&imageThumbnail=3)
O cumprimento das ordens judiciais contam com apoio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), e Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), além das equipes policiais das Diretorias do Interior e de Atividades Especiais.![](/documents/18244709/36277138/WhatsApp+Image+2023-05-16+at+06.58.34+%281%29.jpeg/4811b3d1-6913-5850-f4a8-2d5ead27dd15?t=1684233857496+&imageThumbnail=3)
As ordens de buscas e apreensões têm como alvos endereços de pessoas físicas e jurídicas, em quatro municípios do norte de Mato Grosso – Cláudia, Feliz Natal, Nova Ubiratã e Sorriso.![](/documents/18244709/36277138/WhatsApp+Image+2023-05-16+at+07.19.28+%285%29.jpeg/3a60af15-d460-8485-bf9f-dda10214df2f?t=1684233885168+&imageThumbnail=3)
Além dos mandados de busca e apreensão, os locais ondem funcionam as madeireiras serão bloqueados e terão as atividades suspensas, até o término das investigações.![](/documents/18244709/36277138/WhatsApp+Image+2023-05-13+at+16.57.54+%281%29.jpeg/ffa31bad-b3dd-f5a7-f418-ed3617758553?t=1684233912724+&imageThumbnail=3)
Investigação
As investigações iniciaram no segundo semestre de 2019, após denúncias de que pessoas envolvidas no comércio de madeira na região estavam praticando ilícitos ambientais e fazendo a extração ilegal na Estação Ecológica Rio Ronuro.
Após a pandemia da Covid, no mês de fevereiro de 2022 as diligências foram intensificadas pela Dema para identificar os agentes responsáveis pelo dano ambiental, com a extração e desmatamento ilegal da vegetação nativa preservada na estação ecológica situada em Nova Ubiratã.![](/documents/18244709/36277138/WhatsApp+Image+2023-05-13+at+16.57.55+%281%29.jpeg/56bfc1b5-94fe-8058-57a7-e4e697c7cda0?t=1684233946236+&imageThumbnail=3)
Conforme a apuração, a associação criminosa cometia o desmatamento visando lucro financeiro a qualquer custo, com a destruição da vegetação e sem se preocupar com os danos ambientais, a fauna e tampouco a sociedade local e mato-grossense.
Os indícios apontam que integram esse grupo investigado, agentes políticos, madeireiros, empresas transportadoras, pessoas físicas e jurídicas, que vinham se beneficiando com a extração, desmatamento e o comércio das madeiras retiradas ilegalmente da Estação do Rio Ronuro.![](/documents/18244709/36277138/WhatsApp+Image+2023-05-13+at+16.57.56.jpeg/ccaf64b4-01c4-1748-55e9-f841f3cc5e2a?t=1684234012777+&imageThumbnail=3)
“A área conta com uma biodiversidade de extrema importância para o meio ambiente e este tipo de ação humana, quando excede os limites da lei, prejudica o espaço natural e as espécies que ali vivem, além da sociedade como um todo”, destacou a delegada titular da Dema, Liliane Murata, acrescentando que a operação visa à responsabilização criminal dos investigados pela prática de ilícitos ambientais que prejudicaram a estação ecológica.![](/documents/18244709/36277138/WhatsApp+Image+2023-05-13+at+16.57.56+%281%29.jpeg/69ed7f02-5d71-b51f-1eff-cddbac709d88?t=1684234043480+&imageThumbnail=3)
Esquema criminoso
A investigação da Polícia Civil apurou que os proprietários das madeireiras são agentes políticos e empresários locais, que utilizam terceiros como “laranjas” para mascarar o comércio irregular da matéria-prima, burlar a administração pública ambiental e fiscal, praticando o crime ambiental e a sonegação de impostos, além do prejuízo ao meio ambiente e social.![](/documents/18244709/36277138/WhatsApp+Image+2023-05-13+at+16.57.54+%282%29.jpeg/22f7be1a-9c03-f8f6-de29-008d31b74672?t=1684234070774+&imageThumbnail=3)
Operação Ronuro
O nome faz referência à área Estação Ecológica (Esec) Rio Ronuro, localizada no município de Nova Ubiratã, criada pelo Decreto n. 2.207 de 23 de abril de 1998. A estação abrange uma área aproximada de 131.795 hectares, cujo objetivo é proteger o ambiente natural e os ecossistemas existentes. É uma unidade de conservação estadual.