Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, defendeu que a potencial privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) possibilitará que a empresa se torne um “importante protagonista em âmbito internacional”, ampliando sua atuação para outras regiões do Brasil e da América. Ainda segundo o governador, a privatização da empresa pode até quadruplicar os investimentos feitos anualmente em saneamento pelo governo.
“É natural que, com a Sabesp privatizada, ela seja o grande player de saneamento do Estado de SP, que ela acabe fazendo ofertas em PPPs de cada um dos municípios, extrapole o Estado de São Paulo, que avance na prestação de serviços para o País e, porque não dizer, na própria América. A Sabesp tem porte para isso, ela vai ser uma grande empresa, um grande player global”, disse o governador, em coletiva de imprensa, nesta terça-feira (18). Atualmente, a empresa presta serviços para mais de 27 milhões de pessoas, aproximadamente 70% da população urbana do Estado, abrangendo 375 das 645 cidades paulistas.
A Sabesp é uma empresa de capital aberto, com 50,3% das ações pertencentes ao governo de São Paulo. O restante das ações é negociado nas bolsas de valores B3 de São Paulo e na Bolsa de Nova York.
O governador assinou o decreto que institui o programa UniversalizaSP, com o objetivo de fornecer apoio técnico às cidades que possuem serviços próprios de saneamento, conforme mencionado pela Semil (Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística). O governador enfatizou que o programa não terá interferência nos estudos para a privatização da Sabesp, afirmando que a privatização é uma medida complementar.
O governo do Estado de São Paulo tem planos de iniciar as audiências e consultas públicas para a privatização da Sabesp em 2024, embora as datas dos leilões ainda não tenham sido definidas.