A castanha de baru se torna uma fonte de renda fixa para indígenas da etnia Bakairi, dos municípios de Paranatinga e Planalto da Serra, localizados na Região Sul de Mato Grosso. Com apoio da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), que implantou um projeto sobre extrativismo na aldeia, a produção da castanha foi intensificada. Agora, os indígenas assinaram um contrato para comercializar quinhentos quilos do produto por mês.
O Baru tem despertado interesse para plantios com fins de produção de frutos e para recuperação de áreas degradadas.
O extensionista da Empaer José Carlos Pinheiro da Silva é o responsável pelo projeto de extrativismo na aldeia. Lá, ele promove cursos e dá orientações técnicas para os indígenas. Ele explica que na reserva existe uma grande quantidade de baruzeiro nativo e essa produção será mais uma fonte de renda para as famílias.
“Os indígenas já exploram a cadeia do extrativismo do baru e comercializam a produção em restaurantes de Cuiabá. Esse novo contrato terá valor maior na produção e na quantidade e, consequentemente, em um número maior de famílias a serem beneficiadas”, ponderou Silva.
A assinatura do contrato foi realizada na aldeia Pakuera e contou com a participação dos caciques Genivaldo Gerônimo Poiure (aldeia Pakuera), Estelino Iakauga (Kaiaohalo), Agnaldo Rondon (Aki Ety) e Orivaldo Paroca (Aturua), além do representante da empresa contratante, Edson Cunha, do vereador de Primavera do Leste, Renato Cazanelli Júnior, de José Carlos e mais membros das aldeias. A castanha de baru será comercializada por R$ 35,00 o quilo. Na fase inicial, em torno de 20 pessoas das comunidades indígenas farão a coleta e a venda da castanha.
O representante da empresa, Edson Cunha, destacou a importância do baru não só economicamente como na alimentação humana e apresentou os principais produtos que são produzidos na sua empresa, tais como: castanha torrada, descascada, baruspirit, nuts tipo exportação, baru destilado, licor, farinha, óleo, creme e barra de cereal.
O vereador Renato falou da importância do projeto de extrativismo para as comunidades, e que o baru faz parte do cerrado e da cultura dos povos indígenas. “Defendo que essa produção não pode ser perdida todos os anos, deve gerar renda para as famílias indígenas, comunidades de produtores rurais que por acaso aderirem ao projeto”, ressaltou.