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Janaina pede que Segurança e MPE tirem ex-PM de prisão militar

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Deputada questionou o fato do suspeito receber o benefício mesmo tendo sido expulso da corporação

A deputada estadual Janaina Riva (MDB) encaminhou nesta sexta-feira (18) um pedido à Secretaria de Estado de Segurança Pública e ao Ministério Público Estadual pedindo a retirada do ex-policial militar Almir Monteiro dos Reis da prisão especial.

Almir foi preso em flagrante no último domingo (3) como o principal suspeito do feminicídio da advogada Cristiane Castrillon, de 48 anos. O crime ocorreu em Cuiabá e o ex-PM segue detido em Chapada dos Guimarães, em uma prisão militar.

 

A deputada ainda questiona os órgãos sobre o fato de Almir ter recebido o benefício de prisão especial mesmo não sendo mais da corporação, da qual foi expulso em 2015. À época ele foi acusado de participar de um assalto a um posto de combustíveis em Cuiabá.

“O artigo 225 do Código de Processo Penal, que rege sobre a prisão especial, bem como a Portaria 11/2018 da Corregedoria Militar só fala em militares e não especifica ex-militares, não existindo legislação federal e nem local que justifique que Almir esteja no Presídio Militar de Chapada dos Guimarães”, afirmou.

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“O segundo documento encaminhado pede efetivamente a remoção do ex-policial da Prisão Especial da Chapada para prisão comum”, completou.

 

A deputada, que é procuradora especial da Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa também convocou a Sesp, o MPE, a Defensoria Pública, o Tribunal de Justiça, assim como as Forças de Segurança para participar do Grupo de Estudo e Atuação no Combate à Violência contra a Mulher.

 

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“O objetivo desse Grupo será a discussão de medidas eficazes de combate à violência contra a mulher, bem como mecanismos de defesa e principalmente métodos eficientes de buscas dos denunciados”, afirmou.

Crime brutal

 

Cristiane foi espancada e asfixiada até a morte na madrugada do domingo, horas depois de conhecer o ex-PM em um bar.

 

Após matar Cristiane, Almir a colocou no carro dela, um Jeep Renegade, e a deixou no estacionamento do Parque das Águas.

 

Segundo a Polícia Civil, Cristiane tinha várias lesões aparentes por espancamento e foi morta por asfixia.

 

“Foi um crime bárbaro que ficou caracterizado pelo feminicídio praticado em razão do gênero da vítima, sendo a vítima espancada e asfixiada até a morte pelo fato de ser mulher”, explicou o delegado Marcel de Oliveira, que atua no caso.

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