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Mulher com morte cerebral há mais de dois meses dá à luz bebê saudável

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Uma mulher de 31 anos que teve morte cerebral por mais de dois meses, deu à luz um bebê vivo e saudável com 33 semanas de gestação. O caso aconteceu na Flórida, Estados Unidos. A história começou quando a mulher, que tinha um histórico de hipertensão, estava grávida de 22 semanas e foi hospitalizada devido a uma intensa dor de cabeça.

Pouco tempo depois, ela teve uma convulsão e entrou em coma, sendo posteriormente diagnosticada com hemorragia cerebral e morte cerebral, embora o bebê aparentasse estar bem. Uma equipe multidisciplinar composta por especialistas em neurologia, cuidados intensivos, obstetrícia, profissionais dos departamentos jurídico e ético, bem como assistentes sociais, concordou que a gravidez deveria prosseguir.

 

A família expressou o desejo de manter a gravidez, com o objetivo de “restaurar a viabilidade do feto e continuar o suporte somático da paciente”. Manter o bebê vivo representou um grande desafio, exigindo a dedicação dos profissionais de saúde e o uso de tecnologias avançadas.

 

A mãe em morte cerebral foi mantida com suporte de ventilador e alimentada por sonda nasogástrica. Além disso, foi necessário monitorar sua pressão arterial, administrar anticoagulantes para prevenir coágulos sanguíneos e fornecer outros medicamentos, incluindo antibióticos, para evitar complicações e proteger o feto.

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Onze semanas após o início deste processo, os médicos realizaram uma cesariana, e o bebê nasceu com 33 semanas de gestação, não necessitando de reanimação. Após cinco dias, o bebê recebeu alta. As máquinas de suporte de vida da mãe foram desligadas posteriormente.

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Embora seja um acontecimento extremamente raro, casos semelhantes ocorreram em outros lugares do mundo, como Portugal em 2016, quando uma mulher em morte cerebral deu à luz um bebê com 32 semanas de gestação após quatro meses em coma, e na Polônia, no mesmo ano, em que uma mulher de 41 anos deu à luz após 55 dias em morte cerebral.

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Lucas do Rio Verde

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