Imagens que circulam diariamente nas redes sociais mostram a ação da chamada ‘gangue da pedrada’ na capital paulista. O grupo, também conhecido como ‘gangue da bicicleta’, quebra os vidros de veículos parados no semáforo ou no trânsito para roubar os celulares das vítimas. A maior parte dos registros desse tipo, de acordo com a Polícia Civil de São Paulo, acontece na região central da capital paulista.
“Eu estava sentada no banco da frente indo para um compromisso de carona com uma amiga e quebraram o vidro do carro para pegar o meu celular. Na hora, foi muito forte e muito rápido. Eu só ouvi um grande estrondo e do nada tudo estava acontecendo”, relatou. “Eu tive um corte pequeno no nariz e na boca, alguns cortes na mão e um corte mais fundo no cotovelo. Eles levaram meu celular, e o que importa é que estou bem.”
Os criminosos aproveitam um momento de distração do motorista para agir no trânsito de São Paulo. Usando algum objeto para quebrar o vidro, eles arrancam o celular da vítima de dentro do veículo e fogem.
Segundo a polícia, depois do roubo, os aparelhos são entregues a outros integrantes do bando. Esses são responsáveis por acessar os aplicativos bancários na tentativa de realizar transferências e empréstimos no nome da vítima. Posteriormente, conforme investigações dos agentes, os celulares são vendidos para terceiros.
O iG realizou um levantamento exclusivo, com base nos dados disponibilizados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, que mostra as ruas e avenidas com mais roubos e furtos de celulares na cidade. Confira aqui.
O que está sendo feito?
Em relação à ‘gangue da pedrada’, a SSP disse “trabalhar continuamente na criação de estratégias de combate a crimes patrimoniais em São Paulo”. Em nota, a secretaria afirmou que a “Operação Impacto – Servir e Proteger”, da Polícia Militar, tem o objetivo de aumentar o policiamento nas áreas com maior incidência criminal e é feita com a “ampliação de estacionamento de viaturas, base comunitária, além de patrulhamento a pé e por motocicletas”.
Ainda segundo o texto, em conjunto com os distritos policiais, a 1ª CERCO (Central Especializada em Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas) trabalha para identificar os autores e atua para reprimir esse tipo de crime.
No último dia 13, a Polícia Civil prendeu oito suspeitos de integrarem a gangue. Em mandado de busca e apreensão na região central, apreenderam 11 celulares, sendo que dois deles tinham registro de roubo, além de computadores, máquinas de cartão, drogas prontas para serem vendidas, munições e uma granada.
No início de agosto, outros oito criminosos ligados ao grupo foram presos pelos policiais do 1º DP (Sé). À época, o bando foi flagrado entrando em um prédio que era usado como “escritório do crime”.
A SSP disse ser fundamental que as vítimas registrem o boletim de ocorrência para auxiliar o trabalho da polícia e para fazer com o patrulhamento seja maior nas áreas com mais incidência de crimes. De acordo com a secretaria, “todos os casos registrados são investigados”.