ECONOMIA

Relatório da ONU aponta desaceleração do crescimento econômico

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O crescimento econômico do planeta deve desacelerar de 3% em 2023 para 2,4% este ano. Além disso, há poucos sinais de melhora para o ano que vem. É o que aponta o Relatório da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento.  

Apesar disso, o documento aponta alguns países com previsão de crescimento: Brasil, China, Japão, México e Rússia. Mesmo assim, não devem crescer tanto. O motivo? Alta da inflação e aumento das desigualdades.  

O documento mostra que a desigualdade econômica, por exemplo, continua sendo o grande desafio, sobretudo entre os países em desenvolvimento.  

A secretária-geral da entidade da ONU, Rebeca Grynspan, disse que o comitê está preocupado com a concentração do mercado e a falta de concorrência, em setores importantes como energia, alimentos, produtos farmacêuticos e o mercado digital. Ela defende, com urgência, uma reforma no sistema financeiro global e a revisão mas metas de inflação. 

Para o Brasil, a entidade da ONU estimou o maior crescimento entre as nações avaliadas: de 2,4 POR CENTO. Com isso, a previsão é que a economia brasileira deve crescer “acima da média em 2023, podendo chegar a TRÊS VÍRGULA TRÊS POR CENTO”.  

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O professor de Economia da Universidade Federal de São Paulo, André Roncaglia, explica que medidas internas podem ter contribuído para isso.  

A agência das Nações Unidas levou em conta o crescimento brasileiro das exportações de commodities (que são as matérias-primas) e boas safras na agricultura. Mas a queda na procura pelos produtos, os impactos tardios da pandemia e o aumento do endividamento da população explicam a possível desaceleração do ano que vem, no cenário geral.  

Ainda na avaliação da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, a recuperação do mundo pós-pandemia foi desequilibrada. Outro ponto de destaque no relatório é o peso das dívidas das nações: mais de TRÊS BILHÕES de pessoas, quase metade da humanidade, vivem em países “que gastam mais no pagamento de juros da dívida do que na educação ou na saúde”.  

*Com produção de Daniel Lima.

Fonte: EBC Economia

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