POLÍCIA

Polícia Federal Investiga Repasse de R$ 176 Mil a Esposa de Secretário em Caso Envolvendo Empresa Sob Suspeita

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Uma investigação da Polícia Federal está lançando luz sobre a esposa do Secretário de Cuiabá, Junior Leite, cuja conta bancária recebeu um valor de R$ 176 mil. Os valores foram provenientes do empresário Antônio Fernando Ribeiro Pereira, proprietário da Log Lab Inteligência Digital Ltda, uma empresa sob escrutínio por supostas irregularidades em contratos firmados com a área de Saúde de Cuiabá, abrangendo o período de 2017 a 2022.

 

A Log Lab e seu fundador foram alvos de buscas e apreensões, juntamente com mais seis indivíduos e duas empresas. De acordo com as investigações, durante esse período, a empresa recebeu um total de R$ 52.845.141,64 da Prefeitura de Cuiabá, sendo que pelo menos R$ 13.781.348,64 destes eram provenientes de recursos do governo federal.

 

A investigação revela que Carine Luckmann, esposa do então secretário adjunto da Prefeitura, Junior Leite, recebeu um valor de R$ 176 mil no período de janeiro de 2018 a junho de 2020, vindo diretamente do empresário Antônio Fernando. Os registros indicam que os valores foram repassados ​​em cheques fracionados, cada um com valor inferior a R$ 50.000, e diversas transações suspeitas relacionadas a imóveis de alto padrão, inclusive no exterior.

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Carine Luckmann, que atua como corretora de imóveis de luxo na Capital, não mantém vínculos com o setor público.

 

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Em 2020, a Log Lab assinou um contrato com a Prefeitura de Cuiabá com o objetivo de implantar um sistema digital para a gestão de dados na rede pública de saúde, visando fornecer “um atendimento mais eficiente aos usuários da saúde pública”, conforme afirmado pelo prefeito Emanuel Pinheiro em entrevistas na época.

 

A Polícia Federal negocia “operações financeiras envolvendo a empresa Log Lab Inteligência Digital Ltda que registraram transferências para empresas de segmentos diversos, em nome de possíveis ‘laranjas’ e inexistentes de fato. Além disso, houve movimentação expressiva em espécie por meio de valores fracionados, o que levanta a possibilidade de desvio de recursos públicos”, conforme relatado no relatório da PF.

 

Essa operação, denominada “Iterum”, revelou incongruências e graves irregularidades na execução de contratos de serviços de tecnologia firmados pelo município entre 2017 e 2022 com uma empresa do setor de informática. As análises realizadas não encontraram evidências da eficácia da prestação de serviços previstos nos contratos, nem a esclarecedora entre os pagamentos.

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A investigação em andamento apura os possíveis crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude em licitação, e aqueles que foram considerados suspeitos poderão enfrentar penas que variam até 30 anos de prisão.

 

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