POLÍCIA

Presos por sequestro do pai do prefeito gastam dinheiro do resgate com bebidas e cigarros eletrônicos

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Vittor Campos, um dos indivíduos detidos por seu envolvimento no sequestro de Edson Joel Meira, pai do prefeito de Jangada, Rogério Meira, afirmou que usou os R$ 2 mil pagos como resgate para comprar cerveja e um cigarro eletrônico (vape). Além disso, Alice Estefane dos Santos, companheira de Vittor e também presa no caso, revelou que os planejadores do sequestro ameaçaram sequestrar a esposa e outros familiares do prefeito.

 

Os depoimentos foram documentados na decisão da juíza Janaína Cristina de Almeida, da Vara Única de Arenápolis, que manteve as prisões de Vittor e Alice.

 

Em seu depoimento à polícia, Vittor alegou não fazer parte de nenhuma facção criminosa e afirmou que trabalhava para a Prefeitura quando surgiu a oportunidade de participar do crime. Ele alega ter recebido a proposta para “ficar no celular e pedir dinheiro para o filho do velho”.

 

O suspeito João Paulo Ribeiro Quirin da Rocha, também conhecido como “Novinho”, abordou Vittor e disse que “os rapazes iriam pegar o velho”, e ele ficaria encarregado de extorquir o resgate. Vittor recebeu uma ligação posteriormente, orientando-o a falar com o prefeito e pedir o resgate.

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“Eles me disseram para pedir R$ 70 mil, mas a família só depositou R$ 2 mil”, disse.

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Segundo o depoente, o primeiro depósito foi feito na conta de uma amiga de Alice, chamada Beatriz, que receberia R$ 200 pelo empréstimo de sua conta. O segundo depósito, no valor de R$ 1 mil, foi feito na conta de Alice. Esses primeiros valores pagos não foram comunicados aos demais envolvidos no sequestro, e todo o dinheiro foi gasto em uma distribuidora.

 

Vittor afirmou que não compartilhou com sua companheira e a amiga dela a origem do dinheiro, e apenas pediu emprestada a conta delas.

 

No depoimento de Alice, ela confirmou que não sabia a origem do dinheiro e relatou que Vittor apenas lhe pediu emprestada sua conta bancária e a de Beatriz. Apesar de alegar não ter conhecimento sobre o sequestro, Alice forneceu informações sobre os outros suspeitos à polícia.

 

Ela confirmou que conheceu “Novinho” quando ambos estavam presos, mas ele acabou voltando à prisão em Barra do Bugres e estaria envolvido em diversas mortes na cidade.

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Quanto a “RJ”, Alice afirmou que ninguém sabia quem ele era, mas acredita que fosse alguém próximo ao prefeito. Ela relatou que “RJ” também ameaçou sequestrar outros familiares do prefeito.

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“O RJ sabia de tudo sobre o prefeito e sua família. Ele sabia que havia dinheiro nas contas da família e exigiu uma quantia alta. Ele sabia os nomes de todos os familiares da vítima. O RJ afirmou que, se a família não colaborasse, iriam sequestrar a esposa e outros parentes do prefeito de Jangada, e a situação ficaria complicada.

 

Com certeza, era alguém próximo, pois ele tinha muitas informações sobre a família da vítima”.

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