POLÍCIA

Polícia Civil de MT prende 32 pessoas envolvidas em golpes de ‘portabilidade de salários

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A Polícia Civil do Estado de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá, desencadeou na manhã de terça-feira, 7 de novembro, a Operação Falsa Portabilidade. O objetivo da operação foi cumprir 116 ordens judiciais destinadas a uma associação criminosa especializada na falsificação de documentos para abrir contas digitais usadas para aplicar golpes. A principal vítima desses crimes foi uma instituição que oferece serviços de pagamento, transferência de valores e portabilidade de salários. Além disso, vários servidores públicos e outras pessoas tiveram seus salários desviados para contas falsas criadas pelos criminosos.

 

Entre as ordens judiciais emitidas, 32 eram mandados de prisão temporária, 44 mandados de busca e apreensão em residências, 39 bloqueios de contas bancárias associadas à associação criminosa e um mandado de sequestro de bens e valores no valor superior a R$ 511 mil, que representa o prejuízo causado à instituição vítima. Essas ações foram executadas nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande, com a participação de mais de 200 policiais civis da Diretoria Metropolitana, Diretoria de Atividades Especiais e Diretoria do Interior.

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As investigações conduzidas pela Delegacia de Estelionato, sob a coordenação do delegado Pablo Carneiro, começaram aproximadamente um ano e meio atrás, com o objetivo de desmantelar uma associação criminosa composta por pelo menos 44 indivíduos identificados até o momento. Os suspeitos enfrentam acusações de associação criminosa, estelionato eletrônico e lavagem de dinheiro.

 

De acordo com as investigações, depois de abrir contas fraudulentas usando documentos falsos com informações de terceiros, os membros da associação criminosa solicitavam, de maneira fraudulenta, a portabilidade dos salários de diversas pessoas para as contas criadas. Uma vez que os valores dos salários eram transferidos para essas contas fraudulentas, os membros do grupo os dissipavam rapidamente para outras contas bancárias ou faziam saques em caixas automáticos.

 

Os investigados conseguiram desviar salários de vários servidores públicos e outras pessoas por meio dessa fraude. A instituição financeira lesada colaborou com as investigações, fornecendo auditorias e dados que ajudaram a esclarecer os fatos, além de representações ao Poder Judiciário.

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O delegado Marcelo Torhacs, que coordenou as investigações, observou que, ao analisar as finanças dos suspeitos, ficou evidente que alguns líderes do grupo movimentaram valores significativos e suspeitos, incluindo um caso em que o montante ultrapassou R$ 9 milhões. Vários dos investigados têm histórico criminal. O objetivo das medidas cautelares, como busca e apreensão, bloqueio de contas e sequestro de bens, é desestruturar o grupo, encerrar suas atividades criminosas e identificar o maior número possível de envolvidos.

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Lucas do Rio Verde

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