POLÍCIA

Vídeo- Aos prantos, policial militar afirma que vai abandonar corporação para ‘ser gente’

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Em Guarantã do Norte, um vídeo de um policial militar declarando sua intenção de deixar a corporação após quase 19 anos de serviço se tornou viral, levantando questões sobre o tratamento da saúde mental dos agentes de segurança. Visivelmente emocionado e chorando, o policial expressou que não podia continuar ignorando a necessidade de “ser tratado como gente”. Ele enfatizou que sua decisão não era motivada por salário, mas pelo desejo de dignidade e bem-estar, após buscar ajuda sem sucesso.

 

O comandante geral da Polícia Militar, Alexandre Correa Mendes, reconheceu o incidente, assegurando que o policial está recebendo o devido suporte psicológico. Mendes destacou a importância da assistência emocional e criticou a politização do sofrimento dos militares, reafirmando seu compromisso com a saúde mental da tropa. Ele também informou que todos os policiais que buscam ajuda serão apoiados, citando que mais de 500 já foram atendidos em 2023, com a ressalva da importância da ética profissional.

 

Ainda assim, a Coordenadoria de Assistência Social da Polícia Militar revelou uma desproporção significativa no número de psicólogos disponíveis: apenas 16 para mais de 7 mil policiais em Mato Grosso, uma relação de quase 440 agentes por terapeuta. Essa estatística ganha contornos mais graves à luz de incidentes recentes, incluindo a morte de dois policiais em São José do Rio Claro, que levou ao suporte psicológico de todo o efetivo local.

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O vídeo tocou o público e reacendeu o debate sobre as condições de trabalho e suporte psicológico nas forças policiais.

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Lucas do Rio Verde

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