'USOU ESCOLA COMO BENGALA'

Áudio diz que alunos com notas baixas eram ‘preferidos’ de professor acusado de assédio

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Um áudio gravado pela mãe de um aluno do Colégio Salesiano São Gonçalo diz que o professor, que dava aulas de Biologia e Matemática, aproveitou o fato de alguns estudantes estarem com nota baixa para cometer assédio e pedir fotos de cunho sexual para aprovação em suas aulas. Segundo ela, a preferência do suspeito era por meninos.

 

“Já são 10 crianças com a mesma queixa de assédio e importunação por parte do professor de Biologia. Eu to aqui para avisar vocês, porque isso é uma situação que tem que ser repassado para as mães, sugiro que vocês falem com seus filhos, principalmente se for meninos para saber se eles também foram assediados”, explicou.

 

Ainda segundo o relato, o professor era bastante engajado com os estudantes, ele fazia amizades com os menores e as abraçava muito no recreio.  Acontece que prestes a encerrar o bimestre, ele se aproveitou que alguns desses alunos estavam precisando de nota para barganhar pontos por fotos sensuais.

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“Sabendo da dificuldade que eles estavam em Matemática, ele tentou persuadi-los pedindo fotos e vídeos pornográficos para eles poderem passar de ano e para poder mudar qualquer tipo de nota. Ele tava barganhando as notas das crianças para se favorecer usando a instituição como bengala, usando as crianças como refém né, então quando ele veio com essa sugestão sexual os meninos viram que era algo grave e meu filho veio falar comigo (sic)”, finalizou.

 

Ainda segundo a mãe, as crianças foram afastadas do colégio via medida judicial até que o inquérito seja finalizado. A escola emitiu um comunicado aos pais, dizendo que o caso já está sendo tratado pela instituição, além de pedir para que o assunto não seja fomentado para evitar discussões e propagações de terceiros.

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“Comunicamos que o caso está sendo tratado pela instituição com a seriedade e responsabilidade necessárias, sendo tomadas as medidas cabíveis desde o primeiro momento. Orientamos a todos da comunidade escolar que evite fomentar a discussão e propagar informações de terceiros, uma vez que há envolvimento de menores, além de não ter sido concluída a apuração”, diz comunicado enviado aos pais.

 

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A reportagem procurou a Polícia Civil e confirmou que vários boletins de ocorrência foram registrados contra o docente. Por se tratar de menores de idade, outras informações não serão fornecidas a fim de resguardar e preservar as vítimas. Os fatos estão em apuração pela Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente de Cuiabá (Deddica).

 

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