POLÍCIA

PC prevê indiciar 2 por m0rte de advogado e busca novas provas contra empresária

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O delegado da Polícia Civil de Mato Grosso, Nilson Farias, antecipou o indiciamento de Hedilerson Fialho Martins Barbosa, de 53 anos, e Antônio Gomes da Silva, de 56 anos, intermediador e executor respectivamente do assassinato do advogado Roberto Zampieri em dezembro do ano passado no bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá. Diante do prazo estipulado para o encerramento do inquérito, o delegado disse que há a possibilidade de iniciar uma nova investigação para esclarecer a participação o mandante do  crime.

 

Os tiros que atingiram o advogado saíram da arma do bolsonarista Hedilerson conforme laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). De acordo com a perícia, os estojos encontrados no corpo de Zampieri e em seu veículo, uma Fiat Toro de cor branca, são compatíveis com a pistola pertencente ao CAC.

 

“Temos agora uma prova técnica que robustece os elementos de prova em relação aos executores. Posso adiantar um provável indiciamento deles. Em relação ao mandante, continuamos fazendo análises e tentando esclarecer a verdade”, declarou o delegado em entrevista ao programa Cadeia Neles (TV Vila Real), exibido nesta sexta-feira (26).

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Nilson faria detalhou, ainda, como a arma chegou em Cuiabá. Conforme as investigações conduzidas pela Polícia Civil, Hedilerson Barbosa, que é morador de Belo Horizonte (MG), pediu autorização da Polícia Federal para trazer a pistola calibre 9 milímetros, que chegou em Cuiabá um dia antes do crime.

 

“Para criar um álibi, ele utilizou esse subterfúgio de dizer que iria participar de um campeonato de tiro, porém como a trama e o executor foram descobertos ele entregou quem lhe passou a arma e nós conseguimos identificar toda essa transação feita de forma regular, mas no momento que ele entrega a arma a uma terceira pessoa ele já comete um crime”, explicou o delegado. O suposto financiador do crime é o coronel do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, de 68 anos.

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A suposta mandante é a empresária e farmacêutica Maria Angélica Gontijo que teve a prisão temporária revogada pela Justiça. Sobre o fato, Nilson Farias explicou que a mulher segue sendo investigada.

 

“Até o presente momento não teve conexão com eles. Como eu disse, a prisão temporária é uma prisão da investigação não uma garantia de que a pessoa é culpada, é feita para elucidar o caso. No final do inquérito, quando eu concluir, o delegado pode indiciar ou não. Enquanto não houver o indiciamento está na condição de investigada”, esclareceu. Acrescentou ainda que em relação a ela os elementos dão conta que ela nunca visitou Cuiabá.

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No entanto, no dia do crime, Maria Angélica estava na capital do Estado, além do fato dela travar uma disputa jurídica com Zampieri por uma área na região do Vale do Argauaia. “Eram muitos elementos apontados para ela, passíveis de justificar a prisão temporária”, detalhou.

 

Como se trata de inquérito de suspeitos presos, a Polícia Civil irá finalizar as investigações nos próximos dias, contudo, o delegado não informou a data . “Nós temos que relatar nos próximos dias. Porém, nada impede de ser instaurado outro inquérito para continuar as investigações”, concluiu.

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