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Jovem que m4tou amiga com t1ro na c4beç4 é expulsa de faculdade de medicina

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A jovem, hoje com 18 anos, que matou a adolescente Isabele Guimarães Rosa em 2020, foi expulsa do curso de medicina da faculdade São Leopoldo Mandic, em Campinas (SP).

 

A decisão foi tomada após uma denúncia feita ao comitê de compliance da instituição. Em nota enviada ao UOL, a faculdade esclareceu que, após uma apuração, foi constatado que a presença da aluna “gerou um clima interno de grande instabilidade do ambiente acadêmico”.

 

Um grupo de mães teria se assustado com a presença da jovem nas aulas e pressionado a faculdade. A informação foi publicada pelo jornal O Globo.

 

O diretor de graduação da faculdade, Guilherme Succi, ressaltou que desligamento da estudante traz “segurança” a todos os envolvidos. “Com base no Regimento Interno da Instituição e no Código de Ética do Estudante de Medicina, publicado pelo Conselho Federal de Medicina, a faculdade São Leopoldo Mandic decidiu pelo desligamento da aluna, assegurando a ela a apresentação de recurso, em atendimento aos princípios do contraditório e ampla defesa”, diz a instituição.

 

Succi destacou que a faculdade vai devolver os valores pagos pela estudante. A mensalidade para o curso de medicina na São Leopoldo Mandic custa cerca de R$ 13 mil.

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“A Faculdade tem como nortes a estabilidade de sua comunidade, a dignidade acadêmica e o respeito aos princípios éticos que regem o ensino superior, para o que se faz necessário afastar riscos à reputação e imagem da Instituição, construída ao longo dos últimos 30 anos”, informou a nota da Faculdade São Leopoldo Mandic.

 

Relembre o caso

O crime aconteceu no dia 12 de junho de 2020. Era um domingo, e a jovem teria convidado Isabele para fazer uma torta em sua casa. As duas tinham 14 anos e eram vizinhas no residencial Alphaville I, em Cuiabá.

 

Na mesma tarde, o namorado da jovem, então com 16 anos, chegou à mansão levando uma pistola de fabricação italiana Tanfoglio, calibre 38, cor preta e sem munição. A família da jovem praticava tiros, inclusive ela mesma, que já tinha vencido várias competições do tipo ainda adolescente.

 

Segundo o processo, a pistola foi levada naquela data porque o pai da jovem, um empresário de sucesso, estaria interessado em comprá-la. Havia ainda mais uma arma na casa: uma pistola Imbel prata calibre 38, também sem balas.

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Ainda de acordo com o processo, o empresário pediu para que a filha levasse as duas armas para o segundo pavimento, onde deveriam ser guardadas em um armário. Antes, porém, o namorado teria municiado a pistola Imbel.

 

Segundo os autos, quando subiu com a arma, a estudante disse ter se deparado com Isabele fumando um cigarro eletrônica escondida. Ela contou ter levado um susto com a presença da amiga na porta do banheiro e acabou disparando a arma “sem querer”.

 

A estudante foi condenada a três anos de medidas socioeducativas, inicialmente condenada por ato infracional análago a homicídio doloso. Ela passou cerca de 18 meses reclusa em uma unidade para menores infratores. Em junho de 2022, porém, após recurso apresentado pelos pais da jovem, a tipificação foi alterada para ato análogo a homicídio culposo, quando não há o intuito da morte, o que permitiu que ela ganhasse liberdade.

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Lucas do Rio Verde

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