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SOJA/CEPEA: greve na Argentina eleva demanda por derivados brasileiros – MAIS SOJA

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Análise semanal da tendência de preços da soja
FATORES DE ALTA

a) estoques de óleo de soja abaixo do esperado nos EUA e alta do petróleo: O desempenho do óleo de soja, que avançou mais de 1,5%. O derivado, por sua vez, foi impulsionado por estoques abaixo do esperado nos Estados Unidos e pelo fortalecimento do petróleo, que faz com que refinarias tenham mais incentivo para misturar biodiesel ao diesel. O óleo de soja é uma das principais matérias-primas usadas na fabricação do biocombustível;

b) perdas no RS: Perdas de produção decorrentes das enchentes no Rio Grande do Sul também deram suporte às cotações. A Emater disse na quinta, após o fechamento do mercado, que 85% das lavouras de soja no Estado estavam colhidas, avanço de 7 pontos porcentuais na última semana. Para a empresa, a colheita não deve avançar muito além disso, já que muitas lavouras devem ser abandonadas em razão da inviabilidade econômica. “As perdas aumentam diariamente com o adiamento da operação (colheita), provocando a abertura de vagens, a germinação de grãos ou seu comprometimento pela proliferação de fungos”, destacou a Emater em relatório;

c) menor estimativa para a safra da Argentina foi outro fator altista para os preços. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu sua previsão em 500 mil toneladas, para 50,5 milhões de toneladas. Segundo a bolsa, o corte foi motivado pelo clima quente e seco em março no Nordeste do país, o que resultou em produtividade abaixo das expectativas iniciais, principalmente no norte das províncias de Santiago del Estero e Chaco;

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d) no Brasil, maior demanda das indústrias para produção de biodiesel está se sobrepondo aos exportadores, fazendo o preço subir internamente: os preços domésticos subiram 5,62% no mês, 1,82% na semana e 0,97% nesta sexta-feira, segundo o Cepea.

FATORES DE BAIXA

a) estoques mundiais maiores: no seu relatório de maio o USDA estimou estoques mundiais da safra 24/25 aumentaram em 16,72 milhões de toneladas, para 128,50 MT, ou 14,96% em relação aos estoques da safra 23/24, estimados em 111,78MT que, por sua vez, foram 11,19% maiores que os estoques da safra 22/23, que foram de 100,53 MT. As exportações globais, no mesmo período, aumentaram muito menos: passaram de 172,37 MT na safra 23/24, para 180,20 MT na safra 24/25, ou apenas 2,75%. Conclusão: oferta maior do que a demanda, preços baixos;

b) os Fundos de investimento aumentaram suas apostas na queda dos preços de soja na Bolsa de Chicago (CBOT) na semana encerrada em 14 de maio. De acordo com dados da Comissão de Negociação de Futuros de Commodities (CFTC), a posição líquida vendida subiu 7,17% no período, de 30.170 para 32.333 contratos. Os Fundos estão percebendo que há mais oferta que demanda de soja no mundo e o resultado inevitável será maior queda nos preços.

MERCADO DO DIA 17/05
SOJA fechou o dia de forma mista e a semana em alta, RS e plantio nos EUA são os destaques
FECHAMENTOS DO DIA 17/05

O contrato de soja para julho24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,97%, ou $ 11,75 cents/bushel a $ 1228,00; A cotação de setembro24, fechou em alta de 0,70 % ou $ 8,50 cents/bushel a $ 1225,25. O contrato de farelo de soja para julho fechou em alta de 0,29 % ou $ 1,1 ton curta a $ 368,8 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em alta de 1,68 % ou $ 0,75/libra-peso a $ 45,27.

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ANÁLISE DO MIX

A soja negociada em Chicago fechou o dia de forma mista e a semana em alta. A maior demanda, e consequente alta nas cotações do óleo de soja, as incertezas sobre as perdas do Rio Grande do Sul e o avanço lento do plantio nos EUA deram o tom do dia e da semana na CBOT.

Ainda sem ter como mensurar as perdas ocorridas no Rio Grande do Sul, as dificuldades escoamento da safra e produção da indústria, o mercado ainda está precificando as enchentes no estado. Com 85% da safra colhida, espera-se um avanço pouco significativo e o mercado de forma geral, espera perdas entre 1,5 e 2 milhões de toneladas no volume final da safra.

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O avanço lento do plantio que agora sustenta os preços, poderá ser um fator baixista ao médio/longo prazo, visto que as chuvas estão garantindo uma boa umidade no solo em período de semeadura.

Com isso, a soja fechou o acumulado da semana em alta de 0,74% ou $9,00 cents/bushel. O farelo de soja caiu -0,83% ou $-3,1 ton-curta. O óleo de soja somou ganhos de 1,87% ou $ 0,83 libra/peso no período.

Fonte: T&F Agroeconômica



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