Na residência de um dos dos alvos da Operação Miasma, deflagrada pela Políca Federal, os agentes apreenderam R$ 37,5 mil, na manhã desta terça-feira (28), em Cuiabá. O dinheiro em espécie foi encontrado dentro de uma gaveta e estava embrulhado em uma sacola de produtos de limpeza de pele feminina.
Veículos de luxo como uma Range Rover e um BMW verde também foram encontrados em uma das mansões. No entanto, não foram apreendidos pelos agentes porque a decisão do juiz federal Diogo Negrisoli Oliveira, da 7º Vara Federal de Mato Grosso, não determinou sequestro de bens.
A operação é para investigar um contrato de R$ 14 milhões na Secretaria de Saúde da Capital, denunciado pela equipe do Gabinete de Intervenção em 2023. Ao todo, a PF cumpriu 32 mandados de busca e apreensão em Mato Grosso, Tocantis, Distrito Federal e Amazonas.
Além do software, os agentes investigam fraudes na locação de vans e ambulâncias na Saúde de Cuiabá envolvendo familiares da primeira-dama, Márcia Khun Pinheiro. O irmão dela, Antônio Rezende Khun, foi preso em flagrante por porte ilegal de arma.
Ele pagou fiança de R$ 30 mil e foi solto algumas horas depois. Além dele, seu filho, o piloto de Kart Ernani Rezende Khun, a esposa dele, Camila Nunes Kuhn, e Claudiney Martins Rezende Khun são investigados pela PF.
Ex-servidores também são alvos da operação, como Alan Borges e Silva, que é ex-diretor administrativo financeiro da Pasta, Betinna Paula Ferreira Silva Santos, que foi coordenadoria administrativa e exonerada pelo gabinete em 2023. Rosana Lídia de Queiroz Benite que era coordenadora técnica de Tecnologia e Informática da Saúde, Márcia Maria dos Santos Figueiredo, uma conselheira gestora da unidade de saúde do bairro Nova Esperança, e Dalila Roque Ribeiro Romanini que foi coordenadora especial de rede assistencial administrativa e chegou a defender o prefeito Emanuel Pinheiro (MBD) em uma comissão processante na Câmara Municipal.
MIASMA
O nome da operação deriva do significado da palavra: “emanação que supostamente provocaria a contaminação de doenças infecciosas e epidêmicas”, fazendo alusão aos desvios cometidos pelo grupo criminoso, que repercutem no mau atendimento da saúde à população cuiabana e, por conseguinte, na proliferação de doenças.