O controle de plantas daninhas é indispensável para reduzir as perdas de produtividade em função da matocompetição. Contudo, embora muito se direcione o manejo e controle das plantas daninhas à pós-emergência das culturas, estabelecer a lavoura no limpo é uma das principais e mais eficientes estratégias pare reduzir o impacto da matocompetição no início do desenvolvimento da cultura.
Pensando nisso, é importante atentar para o manejo das plantas daninhas no pós-colheita das culturas que antecedem a soja, como o trigo e /ou o milho safrinha. Vale lembrar que no início do ciclo de desenvolvimento, a cultura e as plantas daninhas podem conviver por determinado período sem que ocorram danos à produtividade, período conhecido como PAI (período anterior a interferência) (Agostinetto et al., 2008), no entanto, esse período varia em função da cultura e planta daninha, e é relativamente curto.
Nesse sentido, o ideal é que, a partir da emergência, a cultura cresça livre da presença de plantas daninhas para que sua produtividade não seja alterada, e o estabelecimento da cultura no limpo é indispensável para isso. Em função dos elevados fluxos de emergências das plantas daninhas oriundas dos bancos de sementes no solo, é comum observar a presença de populações de plantas daninhas no final do ciclo das culturas.
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Embora o processo de colheita proporcione o corte das plantas remanescente, diversas espécies de plantas daninhas apresentam a capacidade de rebrote, e é nesse ponto que medidas de controle devem ser adotadas para reduzir a interferência na cultura sucessora.
Figura 1. Plantas daninhas remanescentes em meio a palhada de milho.
O controle das plantas daninhas na entressafra possibilita não só o estabelecimento da lavoura sucessora em melhores condições ambientais, como também evita o aumento do banco de sementes do solo.
Além disso, vale destacar que algumas espécies tradicionais em lavouras anuais como capim-pé-de-galinha (Eleusine indica), buva (Conyza sp.), caruru (Amaranthus) e picão-preto (Bidens sp.) apresentam resistência relatada a determinados herbicidas, incluindo o glifosato, o que dificulta ainda mais o controle em pós-emergência na soja, tornando ainda mais importante medidas complementares de manejo.
Confira o vídeo abaixo com as dicas do processor e pesquisador Alfredo Albrecht.
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AGOSTINETTO, D. et al. PERÍODO CRÍTICO DE COMPETIÇÃO DE PLANTAS DANINHAS COM A CULTURA DO TRIGO. Planta Daninha, 2008. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/pd/a/38w45d7PPbg7sJFKKJwCfQD/?format=pdf&lang=pt >, acesso em: 18/06/2024.
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Sustentabilidade
Confira como a alta de Chicago influenciou a soja no Brasil hoje
Published
17 minutos ago
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18 de junho de 2024
Os preços da soja ficaram de estáveis a mais altos no Brasil nesta terça-feira (18). A Bolsa de Chicago subiu, e o dólar operou em queda durante a maior parte da sessão, mas foi pouco relevante. Segundo a Safras Consultoria, o movimento do mercado foi melhor no dia.
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Região das Missões: R$ 132,00
Porto de Rio Grande: R$ 141
Porto de Paranaguá (PR): cresceu de R$ 139 para R$ 140
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços mais altos. A preocupação com as temperaturas elevadas em áreas produtoras dos Estados Unidos, podendo deteriorar as condições das lavouras, garantiu a recuperação das cotações, após a forte baixa de ontem.
Diante desse cenário, os agentes optaram por adicionar prêmio de risco climático, assegurando a elevação.
Nessa segunda (17), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) já havia cortado de 72% para 70% o índice de lavouras entre boas e excelentes condições, o que deflagrou compras técnicas, que se acentuaram ao longo do dia com os boletins indicando temperaturas elevadas e clima seco.
Contratos futuros
Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 16,25 centavos de dólar, ou 1,4%, a US$ 11,74 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 11,56 por bushel, com ganho de 10,00 centavos ou 0,87%.
Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com alta de US$ 4,30 ou 1,19% a US$ 364,60 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 44,30 centavos de dólar, com alta de 0,57 centavo ou 1,3%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,20%, sendo negociado a R$ 5,4326 para venda e a R$ 5,4306 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3929 e a máxima de R$ 5,4440.
Sustentabilidade
Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária deve encolher 4,8% em 2024 – MAIS SOJA
Published
37 minutos ago
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18 de junho de 2024
O Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária deve atingir R$ 1,2 trilhão em 2024, valor 4,8% menor que o resultado do ano anterior. O VBP é o faturamento bruto dentro dos estabelecimentos rurais, considerando as produções agrícolas e pecuárias, com a média de preços recebidos pelos produtores de todo o país.
A CNA ressalta que, para o atual boletim, as projeções para o final do período foram elaboradas com base nos preços do mês de maio de 2024. Com relação as projeções de produção, esperávamos que já houvessem dados oficiais para que fosse possível cálcular o impacto da calamidade ocorrida no Rio Grande do Sul. Entretanto, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), uma das principais fontes de dados, em seu último levantamento de safra, cita que há dificuldade em realizar análise da safra do Rio Grande do Sul, pois o estado apresenta início de recuperação do desastre ocorrido. Dessa forma, em razão da falta dessas informações, não houve incorporação da perda de produção ocorrida no Rio Grande do Sul no cálculo do VBP.
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Para agricultura, a cultura de maior participação no VBP é a soja, que na projeção atual representa 36,8% do total. Os preços da oleaginosa seguem com redução de 15,2%, com isso, a projeta-se uma retração no VBP, em 19,5%. No caso do milho, também segue a previsão de queda na produção, de 14,5% para 2024, e no preço, de 5,6%. Dessa forma, é esperada uma retração de 19,3% no seu VBP. O trigo atualmente registra aumento na projeção do VBP em torno de 9,3%, em decorrência do aumento de 17,7% da produção, o excesso de oferta projetado se reflete nos preços que projetam queda de 7,2%. Nesse contexto, o VBP estimado da agricultura é de R$ 809,7 bilhões em 2024, representando redução de 5,5% em relação a 2023.
Na pecuária, na bovinocultura de corte continua com a previsão de aumento na produção em 1,75% em 2024, e por conseguinte, o excesso de oferta pressiona os preços, que registram continuidade de queda, como ocorre desde 2023. Os preços apresentaram redução de 7,0%. Com isso, o VBP da bovinocultura de corte está com projeção de queda de 5,4%. A pecuária leitera está com projeção de aumento na produção em 1,2%, e redução de 4,0% nos preços. Dessa forma, o VBP do leite deve registrar queda de 10,3% no ano. A projeção para o VBP da pecuária em 2024 é de R$ 391,3 bilhões, queda de 3,2% na comparação com 2023.
Fonte: CNA – Valor Bruto da Produção – VBP – 18 de junho de 2024
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Sustentabilidade
Cresol retorna mais de R$ 223 milhões em resultados aos cooperados – MAIS SOJA
Published
1 hora ago
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18 de junho de 2024
A Cresol anunciou, em junho, o pagamento de R$ 67.011.963,45 em resultados aos seus cooperados. No total, foram repassados R$ 223.253.970,17 em juros sobre o capital e distribuição de resultados referentes a 2023, refletindo o compromisso da cooperativa em compartilhar os frutos do desempenho positivo alcançado ao longo do ano com seus associados.
Em dezembro passado, a Cresol pagou mais de R$ 156 milhões em juros sobre o capital social de 2023. Esse valor representou um aumento de 56% em relação ao rendimento de 2022, considerando a média das cotas capitais mantidas na cooperativa durante o ano.
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O pagamento dos juros sobre o capital social e a distribuição dos resultados representa uma remuneração significativa aos cooperados. Alinhando-se à estratégia da Cresol de fortalecer a compreensão e a participação ativa dos membros, essa iniciativa destaca a importância do crescimento coletivo tanto para o indivíduo quanto para o sistema cooperativo, promovendo o desenvolvimento econômico e social.
O retorno sobre os investimentos e demais operações financeiras são essenciais para fortalecer o vínculo com os cooperados e estimular a economia local, já que esses recursos retornam às comunidades onde a cooperativa atua. A importância da transparência e da gestão responsável dos recursos é reforçada, garantindo a confiança dos associados na instituição. “Estamos orgulhosos de poder compartilhar os frutos desse crescimento coletivo, garantindo que todos os membros se beneficiem diretamente do sucesso da cooperativa”, afirmou Cledir Magri, presidente da Cresol.
Sobre a Cresol
Com 28 anos de história, mais de 900 mil cooperados e 871 agências de relacionamento em 19 Estados, a Cresol é uma das principais instituições financeiras cooperativas do País. Com foco no atendimento personalizado, a Cresol fornece soluções financeiras para pessoas físicas, empresas e empreendimentos rurais.