ECONOMIA

Brasil cai duas posições no ranking de competitividade global

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Mundo – O Brasil caiu duas posições no ranking de competitividade global elaborado pelo International Institute for Management Development (IMD) em parceria com a Fundação Dom Cabral. Em 2023, o país ocupava a 60ª posição, mas em 2024, figura no 62º lugar de um total de 67 países avaliados. 

O ranking de competitividade é um indicador crucial para identificar os pontos fortes e fracos de uma economia. Quanto mais elevada a classificação de um país, mais recursos e ambientes favoráveis à competitividade ele possui. No topo da lista, Cingapura subiu três posições e agora lidera o ranking, seguida pela Suíça e Dinamarca. 

Segundo uma análise da Fundação Dom Cabral, esses países se destacam apesar de suas economias relativamente pequenas devido à boa estrutura institucional e ao uso eficaz de acessos a mercados e parceiros comerciais. Cingapura, por exemplo, tornou-se um polo de inovação na Ásia, desenvolvendo um ecossistema tecnológico que fomentou a criação de empregos e atraiu novos investimentos. 

Os países europeus também dominam as primeiras posições do ranking, o que se deve à eficiência dos governos locais e à alta flexibilidade para a abertura de negócios. Nos Emirados Árabes Unidos, o único país do Oriente Médio no top 10, a segunda posição em performance econômica foi alcançada graças à abertura econômica a negócios e investimentos estrangeiros, com a criação de zonas econômicas de baixa regulamentação e carga tributária, diversificando a economia além da produção de petróleo. 

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Por outro lado, as piores posições do ranking são majoritariamente ocupadas por países da América Latina e África, com a Venezuela na última posição, seguida por Argentina (66º), Gana (65º), Nigéria (64º) e Peru (63º). 

Desempenho do Brasil 

O índice de competitividade divide-se em várias categorias, destacando tanto os pontos fortes quanto os fracos de cada economia. Para o Brasil, os pontos positivos incluem: 

Subsídios governamentais: 4º melhor colocado 

Crescimento de longo prazo de emprego: 5º melhor 

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Crescimento do PIB real per capita: 5º melhor 

Fluxo de investimento direto estrangeiro: 5º melhor 

Energias renováveis: 5º melhor 

A análise da Fundação Dom Cabral indica que, embora o Brasil tenha se destacado em alguns aspectos de performance econômica, especialmente em subfatores de crescimento e investimentos, a sua colocação nas últimas posições em subfatores de eficiência empresarial e infraestrutura contribuiu para a queda no ranking. 

Os principais pontos negativos para o Brasil foram: 

Educação em gestão: 67º lugar 

Habilidades linguísticas: 67º lugar 

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Dívida corporativa: 67º lugar 

Habilidades financeiras: 66º lugar 

Educação básica, secundária e universitária: 66º lugar 

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O relatório sugere que o Brasil precisa investir mais na educação, especialmente em atividades ligadas a práticas executivas e ao desenvolvimento de habilidades fundamentais. A dívida corporativa elevada é explicada pelas condições econômicas voláteis e pelo financiamento limitado através de ofertas públicas, impedindo o desenvolvimento do mercado de dívidas corporativas. 

Impacto da Taxa de Juros 

A Fundação Dom Cabral também menciona os efeitos positivos de uma taxa de juros menor na economia, afirmando que isso cria um ambiente de menor risco e mais favorável para a entrada de investidores, reduzindo o custo das dívidas corporativas. Contudo, destaca que o endividamento é uma boa opção apenas quando o retorno esperado do investimento supera o custo da dívida. 

Metodologia do Ranking 

O ranking de competitividade do IMD é baseado em quatro fatores principais: performance econômica, eficiência governamental, eficiência empresarial e infraestrutura. Dentro dessas categorias, há subclassificações abrangendo um total de 336 indicadores. Estes são medidos a partir de dados estatísticos de fontes nacionais e internacionais e de pesquisas de opinião com executivos e especialistas. 

 

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