Dono tenta liberar SUV de luxo tomado de criminosos que movimentaram R$ 65 milhões

O suposto dono de uma Chevrolet Trailblazer entrou na Justiça pedindo o desbloqueio do bem, apreendido durante a deflagração da operação “Apito Final”, da Polícia Judiciária Civil (PJC), em abril deste ano. De acordo com informações do processo, uma pessoa identificada como M.G,J. se apresentou como o verdadeiro dono da SUV. O processo principal da operação “Apito Final” encontra-se sob sigilo. 

O pedido tramita na 7ª Vara Criminal de Cuiabá e esta sob análise do juiz João Filho de Almeida Portela. Em despacho publicado nesta sexta-feira (14) ele deu um prazo de 15 dias para o Ministério Público do Estado (MPMT) se manifestar sobre a devolução. 

Após a resposta, o magistrado deverá decidir sobre a restituição do veículo. “O silêncio ou o protesto genérico por produção de provas será interpretado como anuência ao julgamento antecipado, indeferindo-se, ainda, os requerimentos de diligências inúteis ou meramente protelatórias”, advertiu o magistrado. 

A Chevrolet Trailblazer Premier 2.8 Turbo Diesel (2021/2022) tem valor estimado de R$ 246,7 mil, segundo a Tabela Fipe. 

OPERAÇÃO APITO FINAL 

A operação Apito Final, deflagrada no início de abril de 2024 pela Polícia Judiciária Civil (PJC), desarticulou um esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro que movimentou R$ 65 milhões em dois anos. 

Ao todo, 54 mandados judiciais foram cumpridos, sendo 25 de prisão e 29 de busca e apreensão. As forças de segurança também promoveram o sequestro de 45 veículos e o bloqueio de 25 contas bancárias da organização criminosa em Cuiabá, Chapada dos Guimarães, São José dos Quatro Marcos e Maceió (AL). 

O alvo principal da operação era Paulo Witer Farias Paelo, apontado como líder do esquema. Ele foi preso quando participava de um jogo de futebol em Maceió junto a outros três suspeitos de integrar a organização. 

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