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Tudo filmado: Maduro manda prender principal líder de oposição na Venezuela; veja vídeo

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Mundo – O partido político de oposição venezuelano Voluntad Popular denunciou nesta terça-feira (30) nas suas redes sociais o rapto do seu líder Freddy Superlano.

Várias pessoas vestidas de preto supostamente interceptaram o carro em que Superlano viajava, retiraram-no à força e colocaram-no em um caminhão, segundo vídeo que o partido publicou nas redes sociais.

Veja:

Quem é Freddy Superlano?

Freddy Francisco Superlano recusou a candidatura do partido Voluntad Popular às primárias presidenciais da oposição venezuelana em favor de María Corina Machado, da organização Vente Venezuela. Superlano é o fundador desse partido em Barinas, seu estado natal. Estudou duas licenciaturas, engenharia de sistemas e educação, e dedicou-se ao ensino por mais de 15 anos. Posteriormente, concluiu o mestrado em gestão e liderança educacional.

Superlano, 47 anos, é casado com Aurora Silva e pai de seis filhos.

Atualmente é coordenador nacional da Voluntad Popular e assumiu a candidatura para substituir o ex-presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, que em abril passado foi aos Estados Unidos argumentando que foi vítima de perseguições e relatando ameaças contra ele e sua família.

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Em 2015 foi eleito deputado por Barinas, quando a oposição venceu por maioria a Assembleia Nacional, onde assumiu a presidência da Comissão Permanente de Fiscalização durante o período de 2018 e 2019.

Em 2017 foi candidato ao governo de Barinas, mas foi derrotado por Argenis Chávez, irmão do falecido presidente Hugo Chávez. Superlano questionou esses resultados.

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Em 2019, durante uma tentativa de levar ajuda humanitária para o território venezuelano, que não teve autorização do governo Maduro, esteve envolvido num incidente confuso em que tanto ele como o seu primo e assistente relataram terem sido drogados por duas mulheres. Um membro de sua família perdeu a vida como resultado do incidente.

Em 2021, concorreu novamente ao governo de Barinas e embora num primeiro boletim o Conselho Nacional Eleitoral tenha anunciado que Argenis Chávez estava na frente, após completar a contagem dos minutos, uma semana depois foi anunciada a vitória de Superlano. Contudo, o Supremo Tribunal de Justiça, surpreendentemente, informou que ele estava inabilitado para exercer cargos públicos e que as eleições deveriam ser repetidas.

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De acordo com a decisão do mais alto tribunal do país, que citou números do Poder Eleitoral, Superlano obteve 37,6% contra 37,21% do candidato do governista Partido Socialista Unido da Venezuela. A CNE não deu explicações sobre como conseguiu registar a candidatura, fazer campanha e chegar ao dia das eleições caso fosse desclassificado.

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