AGRONEGÓCIO

Incêndios florestais devem gerar quebra de 15% na safra de cana

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. . . . . . . . . . . . . . . 4 de October de 2024

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Estimativa da Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) mostra que os prejuízos ao setor causados pelos incêndios florestais que afetaram diversos estados brasileiros podem superar R$ 2,5 bilhões.

Ao todo, cerca de 390 mil hectares foram afetados, distribuídos entre São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Os dados da entidade foram apresentados durante o webinar “Incêndios florestais: prevenção, combate e impactos no agronegócio”, organizado pela Associação Brasileira do Agronegócio (Abag).

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“Infelizmente, incêndio é algo imprevisto, sem controle e uma ação indesejada em qualquer atividade agrícola, e que combinados com o clima seco têm causado uma drástica redução na produtividade da cana-de-açúcar. Os produtores de cana ainda estão se organizando para entender os próximos passos, visto que os custos para o replantio e manejo são muito altos”, disse o CEO da Orplana, José Guilherme Nogueira.

Segundo ele, devido às perdas, a cana só conseguirá rebrotar quando as chuvas chegarem de forma uniforme e volumosa. “Neste contexto, estimamos uma quebra na safra de cana-de-açúcar de cerca de 15% em comparação com a safra passada, o que impactará diretamente na oferta mundial de açúcar, o que, por sua vez, afetará os preços do etanol”, disse.

Recorde de incêndios em SP

Entre janeiro e setembro deste ano, foram registrados quase 8 mil focos de incêndios florestais em São Paulo, maior número da série histórica. Essa quantidade representa uma alta de 433% em relação a 2023, quando houve 1.488 focos. Foram 430 mil hectares afetados neste período, contra 34 mil no ano passado.

O promotor de justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo Flavio Okamoto, presente no webinar, ressaltou que ocorrências simultâneas e numerosas mostraram que é preciso reforçar a capacidade de reação dos municípios e órgãos de defesa e ampliar os treinamentos nessa área.

Segundo ele, há uma proposta do Ministério Público para que haja roçada “cerca a cerca” em todas estradas de São Paulo. “Estamos em conversas avançadas com o Departamento de Estradas de Rodagens (DER) e em discussões com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) e com a Secretaria de Parceria e Investimentos, pois a ideia é que essa solução seja também adotada pelas concessionárias, e será necessário realizar alterações contratuais”, detalhou.

Influência da vegetação mais fina

braquiária da Embrapa, pastagem
Braquiária. Foto: Embrapa

O major Jean Gomes, do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar de São Paulo (CBPMESP) explicou que foram realizados estudos para medir a influência da vegetação mais fina, como braquiárias e capim colonião, que pode aumentar o combustível disponível para o fogo e ampliar o volume de ocorrências.

Ele citou a realização de um laboratório na Reserva de Jataí (unidade de conservação localizada no município paulista de Luiz Antônio) para uso de queima prescrita, em 2021 e 2022, que alcançou resultado positivo, com diminuição de 91% dos riscos de incêndio naquela área.

O major adiantou, também, que já está sendo trabalhada a regulamentação da Política Estadual de Manejo Integrado do Fogo, instituída pela Lei nº 17.460, promulgada em 2021.

“Os trabalhos têm avançado, porque estamos em busca de uma solução para essa situação. Sem uma prevenção efetiva, não teremos resultados palpáveis e concretos no futuro”, avalia.

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Confira como os preços da soja terminaram a semana no Brasil e em Chicago

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44 minutos ago

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4 de outubro de 2024

Os preços da soja ficaram mistos nesta sexta-feira (4) nas principais praças de comercialização do país. Enquanto isso, a Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) e o dólar caíram.

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Segundo a consultoria Safras & Mercado, as melhores ofertas foram para pagamentos alongados.

Ainda assim, os produtores não se mostram dispostos a negociar, esperando por ofertas com pagamentos mais curtos. Lotes pontuais foram negociados para entrega disponível e pagamento em meados de abril.

Preços da soja disponível

  • Passo Fundo (RS): seguiu em R$ 135
  • Região das Missões: avançou de R$ 133 para R$ 134
  • Porto de Rio Grande: aumentou de R$ 141 para R$ 142
  • Cascavel (PR): valorizou de R$ 139 para R$ 140
  • Porto de Paranaguá (PR): estabilizou em R$ 143
  • Rondonópolis (MT): permaneceu em R$ 134
  • Dourados (MS): subiu de R$ 134 para R$ 135
  • Rio Verde (GO): permaneceu em R$ 133

Bolsa de Chicago

Os contratos futuros da soja negociados em Chicago fecharam a sexta-feira em baixa, ampliando as perdas semanais. O mercado mudou de direção, após iniciar o dia tentando recuperar tecnicamente parte das perdas recentes.

A previsão de retorno das chuvas sobre as regiões produtoras do Brasil na próxima semana, beneficiando o plantio, determinou as perdas, tanto na sexta como na semana. Apesar do atraso na semeadura, a expectativa é de que o Brasil colha uma safra cheia em 2024/25.

Nos Estados Unidos, mesmo com preocupações pontuais com a questão clima, a colheita avança, confirmando que os produtores norte-americanos deverão colher a maior safra da história. Com isso, os preços sucumbiram ao cenário fundamental baixista.

Contratos futuros da soja

cotação preço soja queda Chicago
Foto: Reprodução

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 8,25 centavos de dólar, ou 0,78%, a US$ 10,37 3/4 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 10,56 por bushel, com perda de 8,50 centavos ou 0,79%.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 2,00 ou 0,6% a US$ 330,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 43,97 centavos de dólar, com baixa de 0,56 centavo ou 1,25%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 0,34%, sendo negociado a R$ 5,4554 para venda e a R$ 5,4534 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,4515 e a máxima de R$ 5,5202. Na semana, a moeda teve valorização de 0,36%.

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Paraná avança no plantio da soja, mas cenário ainda é incerto

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2 horas ago

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4 de outubro de 2024

O plantio da soja no Paraná já começou, com a liberação total da cultura em todas as regiões. No sudoeste, onde a semeadura é antecipada, o avanço tem sido considerável, impulsionado pelas chuvas de setembro. Áreas como Maringá também se beneficiaram das precipitações, mas algumas adversidades ainda persistem, trazendo desafios para os produtores.

De acordo com Zezé Sismeiro, diretor da Aprosoja-PR, “os custos elevados continuam a impactar a lucratividade dos agricultores. O preço da saca da soja caiu consideravelmente, mas os insumos, maquinário, peças e o óleo diesel não diminuíram na mesma proporção”, comenta.

Confira na palma da mão informações quentes sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no WhatsApp!

Perspectiva da semeadura

No último ciclo, o Paraná colheu 18,3 milhões de toneladas do grão, o que representa uma queda em relação ao ano anterior. Embora o início da nova temporada traga alguma esperança, os agricultores permanecem cautelosos diante dos altos custos que pressionam suas margens de lucro.

Enquanto alguns agricultores que plantaram no seco têm alcançado resultados razoáveis, muitos ainda enfrentam um plantio lento nas regiões que recentemente liberaram o vazio sanitário. A expectativa de melhora persiste, mas os produtores continuam a lidar com incertezas relacionadas à semeadura do grão.

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Cooperativa de comunicação e as demandas do setor são destaques do Cooperativismo em Notícia

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4 horas ago

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4 de outubro de 2024

O programa Cooperativismo em Notícia deste sábado (5) traz quatro grandes destaques:

  • As defesas do fórum do agro diante dos impasses com o governo;
  • O dia de campo de pastagens do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) no extremo oeste de Santa Catarina;
  • Uma nova cooperativa de comunicação;
  • A família Minella no quadro Gente que Faz o Agronegócio

Nossas bandeiras: a prosa rural destaca um encontro entre o fórum do agro e o governo do estado de Santa Catarina, cujo objetivo foi alinhar ações que ajudem a destravar algumas demandas do setor. À mesa, sentaram-se o presidente da Faesc José Zeferino Pedroso, da Ocesc Vanir Zanatta, da Fecoagro Arno Pandolfo, o diretor executivo Ivan Ramos, o superintendente do Sindicarnes Jorge de Lima, o presidente do Sicoob Rui Schneider da Silva e o consultor Odacir Zonta. Na lista de reivindicações, os gargalhos que afetam o desempenho do agro em Santa Catarina. Na mediação: o secretário de relações internacionais do governo do estado, Paulo Borhausen. Ele ouviu os apontamentos, sugeriu caminhos e parcerias que possam destravar a burocracia pública. O setor cooperativista, por exemplo, precisa urgentemente resolver o impasse do Porto de São Francisco e as obras estruturantes da BR 280. O setor produtivo catarinense sabe que é preciso continuar produzindo com excelência, mas ele quer, também, que o estado enxergue e respeite esse poderio econômico.

As pastagens: o extremo oeste do estado é uma região rica na produção de grãos, mas em especial, de proteína animal. Por isso, o Senar e todo o seu departamento técnico, preocupados com o desenvolvimento do produtor rural, esteve em São Miguel do Oeste realizando um dia de campo de pastagens, que focou em planejamento forrageiro, fertilidade e adubação do solo, avaliação de cultivares e o ponto de corte das pastagens. São técnicas que ajudam a melhorar a qualidade do pasto, hoje alimento base de grande parte da cadeia do leite. Participaram do evento mais de 150 produtores da região.

Coopercom: a comunicação cooperativista, ao longo de décadas, foi abrindo porteiras com o objetivo de mostrar a verdadeira face. Na Fecoagro ela é um “case” de sucesso. Nas cooperativas, está ganhado um impulso gigantesco. No entanto, apesar desse olhar mais interno, a comunicação precisa atingir novos patamares, novos impactados. E é nesse espaço que está entrando um modelo: uma cooperativa. Agora de comunicação. A primeira do estado. E talvez a primeira do sul do Brasil. O comando é do presidente Igor Vissoto e de sua equipe de gestores. Eles vieram até a Fecoagro para entender como funciona o processo e o que eles podem acrescentar, dentro de todo o sistema, como braço de operações. Foi uma boa conversa.

Família Minella: o quadro Gente que Fez e Gente que Faz o Agronegócio desta semana vai mostrar um exemplo de sucessão rural, onde o protagonismo feminino tomou conta. Duas jovens, irmãs de sangue, estão ainda aprendendo com os pais qual é a melhor forma de seguir em frente e com segurança. O seu Altair, a dona Marli e as “meninas”, a Samara e a Eduarda, formam esse núcleo familiar, que ancorou por aqui em 2011 e nunca mais saiu. Foram tempo difíceis. Mas também tempo de louvar as conquistas. Hoje a granja tem um moderno sistema de integração de suínos e boas vacas de leite no pasto. Os primeiros sete hectares de área, o seu Altair recebeu do pai dele. Os outros 26 adquiriu com o tempo. Nesse passar de anos, a família pôde, enfim, proclamar orgulhosa: está no caminho certo.

O programa Cooperativismo em Notícia é produzido pela equipe de comunicação da Fecoagro/SC e veiculado pelo Canal Rural aos sábados, às 8h30, com reprises às terças-feiras às 13h30.

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