AGRONEGÓCIO
Brasil passa a vender maçã ao Peru, mas foca em rota portuária para a China
Publicado em
5 de novembro de 2024 - 23:07por
Da Redação. . . . . . . . . . . . . . . 6 de November de 2024
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3 minutos ago
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O ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, e o embaixador do Peru, Rómulo Acurio, assinaram nesta terça-feira (5) um acordo que firma o compromisso da abertura de mercado de maçã do Brasil ao Peru e de citros do Peru ao Brasil.
Até o momento, o país vizinho importava a fruta apenas do Chile, sendo o Brasil a segunda nação a acessar esse mercado.
“A boa relação comercial, e o presidente Lula fala isso todos os dias, é aquela que a gente vende e que também compra. Então, esse ato hoje nos mostra isso, que estamos sim vendendo nossos produtos, mas também comprando produtos peruanos”, iniciou o ministro Fávaro.
O embaixador Rómulo classificou o dia como histórico. “Faz três anos que o Brasil e o Peru não conseguiam assinar um acordo para acesso de produtos. Estamos muito felizes e agradecidos”, disse.
Uso de porto peruano pelo Brasil
Após a assinatura do acordo bilateral, o ministro conversou com toda delegação peruana sobre as relações entre ambas as nações. O Porto Chancay, construído pelo governo chinês no Peru e que também irá gerar oportunidades de escoação da produção brasileira, foi um dos tópicos abordados.
Atualmente, o Brasil é o maior parceiro comercial da China na América Latina. Entre os principais produtos exportados estão soja, milho, açúcar, carne bovina, carne de frango, celulose, algodão e carne suína in natura.
“O Brasil que tem um grande volume de exportação para a Ásia, em especial para China, usa a rota via Atlântico, que é muito mais longe. Essa conexão direta com a China será benéfica para agilizarmos as exportações de produtos do agro brasileiro”, pontuou Fávaro.
O embaixador peruano ainda relatou ao ministro Carlos Fávaro que os dados que ele teve é que, nos sete primeiros meses deste ano, o comércio pelo Porto de Tabatinga foram maiores que os últimos seis anos, e que com o Porto Chancay essas exportações devem melhorar ainda mais.
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mercado tem preços inalterados e poucos negócios
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2 horas ago
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5 de novembro de 2024
Os preços da soja ficaram praticamente inalterados nesta terça-feira (5) no Brasil. Com poucos negócios devido à escassa oferta do grão, as cotações permaneceram em níveis nominais. O mercado foi influenciado pela movimentação do dólar e pela Bolsa de Chicago, que seguiram direções opostas no dia.
Preços do grão no Brasil
- Passo Fundo (RS): preço da saca de 60kg subiu de R$ 135,00 para R$ 136,00
- Missões (RS): preço aumentou de R$ 134,00 para R$ 135,00 por saca
- Porto de Rio Grande (RS): preço permaneceu a R$ 144,00 por saca
- Cascavel (PR): preço manteve-se em R$ 139,00 por saca
- Porto de Paranaguá (PR): preço permaneceu estável, cotado a R$ 145,00
- Rondonópolis (MT): preço subiu de R$ 151,00 para R$ 153,00 por saca
- Dourados (MS): preço caiu de R$ 142,00 para R$ 140,00 por saca
- Rio Verde (GO): preço permaneceu estável, cotado a R$ 136,00 por saca
Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com alta para o grão e o farelo, e queda para o óleo. O mercado está em compasso de espera pelas eleições presidenciais nos Estados Unidos, que acontecem hoje.
A boa demanda pela soja dos EUA e a fraqueza do dólar frente a outras moedas foram fatores que deram suporte ao mercado. Além disso, os investidores se posicionam aguardando o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na sexta-feira.
Analistas consultados pelas agências internacionais estimam que os estoques de soja dos EUA para 2024/25 fiquem em 535 milhões de bushels, abaixo da previsão de outubro, que era de 550 milhões.
Para a produção, o mercado projeta uma safra de 4,553 bilhões de bushels para 2024/25, também abaixo da estimativa do USDA em outubro, que apontava 4,582 bilhões de bushels.
Em relação à oferta e demanda mundial de soja, o mercado prevê estoques finais de 134 milhões de toneladas para 2024/25, contra 134,7 milhões estimados em outubro. Para a safra 2023/24, espera-se que os estoques mundiais fiquem em 112,3 milhões de toneladas, ligeiramente abaixo da previsão de 112,4 milhões do mês passado.
Contratos futuros da soja
Os contratos de soja com entrega em janeiro de 2025 fecharam com alta de 4,50 centavos (+0,45%), a US$ 10,01 3/4 por bushel. Já os contratos para março de 2025 registraram um ganho de 3 centavos (+0,29%), com cotação de US$ 10,14 3/4 por bushel.
Nos subprodutos, o farelo com vencimento em dezembro teve uma leve queda de US$ 0,10 (-0,03%), fechando a US$ 299,50 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro caíram 0,57 centavo (-1,25%), fechando a 44,99 centavos de dólar por libra-peso.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,63%, negociado a R$ 5,7462 para venda e R$ 5,7442 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,7396 e a máxima de R$ 5,8042.
As informações são da Safras & Mercado.
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MT: plantio de soja acelera no estado, mas gera incertezas entre os produtores
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2 horas ago
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5 de novembro de 2024
Na última semana, o ritmo do plantio de soja acelerou em Mato Grosso, e a semeadura se aproxima de 80% da área prevista no estado. No entanto, o atraso gera incertezas, especialmente quanto à área destinada ao milho como cultura de segunda safra, o que pode afetar a produção do grão.
De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), a semeadura da soja atingiu 79,56% da área planejada, ainda abaixo dos 83,32% registrados no mesmo período do ano passado. Embora as chuvas recentes tenham ajudado a acelerar o plantio, as regiões do Médio Norte estão mais avançadas (93,33% da soja semeada), enquanto o Nordeste do estado apresenta um atraso considerável, com apenas 59,46% da área plantada.
Atraso no plantio do grão
O atraso no plantio da soja pode afetar a produtividade da oleaginosa, pois o fotoperíodo ideal para as variedades já foi comprometido. Mas o maior impacto ocorre na cultura do milho, que depende da janela de plantio após a soja. Nos municípios onde o plantio da soja está mais atrasado, o tempo disponível para semear o milho está diminuindo, o que causa apreensão entre os produtores.
Em Canarana, por exemplo, a soja já está com 60 a 70% da área plantada, e os produtores têm trabalhado em turnos de 24 horas para recuperar o atraso. Apesar do esforço, a janela para o milho está cada vez mais curta.
O impacto de outras culturas
O milho enfrenta desafios pelo atraso da soja e pela maior oferta de outros produtos, como o gergelim, que foi uma alternativa lucrativa no ano passado. Em 2023, a cultura ocupou mais de 200 mil hectares em Mato Grosso, mas este ano, com o preço do gergelim em queda, muitos produtores devem redirecionar parte de suas áreas, em busca de maior rentabilidade.
A diversificação está em alta: Diego, produtor de Canarana, planeja cultivar 50% de sua área com milho e 50% com gergelim, após ter dedicado toda sua propriedade à oleaginosa na safra anterior.
Expectativa
Apesar das incertezas quanto ao milho e aos impactos dos atrasos na soja, as expectativas para a safra de soja 2024 seguem positivas. O clima favorável e o avanço do plantio nos próximos dias podem ajudar a compensar parte do atraso, mas a definição sobre a área destinada ao milho e às demais culturas seguirá sendo um fator importante para o planejamento agrícola nos próximos meses.
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CNA revela panorama e estratégias para 2025 em evento nacional
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4 horas ago
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5 de novembro de 2024
Nesta terça-feira (5), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) reuniu-se em Brasília para divulgar os resultados do projeto Campo Futuro, uma iniciativa desenvolvida em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), universidades e centros de pesquisa.
O projeto mapeia os custos e desafios da produção agropecuária em diversas regiões do país e apresentou um panorama sobre os números de 2024. O evento, intitulado Benchmarking Agro (BMK Agro), reuniu especialistas e produtores para debater a eficiência e a sustentabilidade no setor.
Resultados do Campo Futuro
Entre agosto e setembro deste ano, encontros do Campo Futuro foram realizados em todas as regiões do Brasil. Durante essas reuniões, produtores, técnicos e pesquisadores analisaram os principais fatores que influenciam o custo da produção agrícola e pecuária no Brasil. Nesta terça-feira, em Brasília, os resultados desses encontros foram apresentados, proporcionando um diagnóstico detalhado da situação atual e das perspectivas para a safra 2024/2025.
Larissa Mouro, assessora técnica da CNA, explicou que o cenário para 2024 foi desafiador, especialmente devido às condições climáticas adversas, que impactaram negativamente a produtividade, além de preços desfavoráveis para os produtores, que enfrentaram margens apertadas. “Viemos de uma safra com retornos econômicos muito apertados, ou mesmo negativos, principalmente devido ao custo elevado dos insumos e às oscilações do mercado. Para muitos, a descapitalização foi inevitável”, comentou Larissa.
Principais destaques e debates do evento
A programação do BMK Agro foi dividida em quatro painéis. O primeiro discutiu a competitividade do agronegócio brasileiro no cenário global, abordando as condições que permitem que o país se destaque no mercado internacional. O segundo painel, por sua vez, trouxe uma análise dos custos e da eficiência econômica na produção de grãos, avaliando a safra atual e traçando perspectivas para 2025.
Na parte da tarde, os debates se voltaram para a pecuária de corte, onde foram discutidos os desafios enfrentados pelos pecuaristas. Com um aumento no preço da arroba do boi gordo e os altos custos de produção, o setor busca soluções para manter-se competitivo. A questão da gestão eficiente e da redução de custos foi destacada como essencial para que os produtores consigam operar com margens positivas e enfrentem as incertezas do mercado.
“O Brasil é referência em tecnologia e inovação no campo, mas precisamos melhorar nossa gestão de custos para otimizar os lucros. Este evento traz o exemplo das propriedades mais rentáveis, oferecendo práticas para que outros produtores possam se espelhar e alcançar margens positivas também”, destacou Larissa.
Sustentabilidade e estratégias para 2025
Além dos desafios atuais, o evento trouxe análises sobre as principais tendências para o próximo ano. As cadeias de produção de leite e de corte foram abordadas em detalhes, com discussões sobre a gestão de mão de obra, especialmente em setores como a cana-de-açúcar e a fruticultura, que também têm enfrentado dificuldades.
A CNA anunciou que, ao longo da semana, novas publicações técnicas serão disponibilizadas com estratégias econômicas e técnicas para otimizar a produção agropecuária.
Essas publicações incluem orientações sobre o uso de tecnologias e gestão de custos, além de oferecer recomendações para produtores que buscam maior sustentabilidade e rentabilidade em suas operações.
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