GERAL

Câmara dos Deputados do México aprova legalização da maconha

Publicado em


Legenda: FOTO- ILUSTRATIVA

A Câmara dos Deputados do México aprovou na quarta-feira (10/3), por 316 votos a favor e 129 contra, a legalização do cultivo, industrialização, distribuição, comercialização e consumo da maconha no país.

 

Com a decisão, o México passa a ser o terceiro país do mundo, depois do Uruguai e do Canadá, a regular integralmente o mercado de maconha.

 

O debate, que durou mais de quatro horas e no qual a Lei Geral de Saúde e o Código Penal Federal também foram reformados, encerrou um processo que o Supremo Tribunal de Justiça iniciou em 2018, com decisão favorável aos consumidores que haviam acionado o tribunal para poderem usar a cannabis para fins pessoais.

 

Durante o debate, os apoiadores da iniciativa destacaram que as políticas proibicionistas impostas pelos Estados Unidos, por meio da chamada “guerra às drogas”, causaram danos maiores no México do que o consumo e o tráfico de substâncias.

 

Ao contrário, os deputados que votaram contra alertaram que a legalização “vai ameaçar” a saúde das famílias.

Anúncio

 

O que diz a lei aprovada?
Ao longo de 55 artigos, a nova regra estabelece que, a partir de agora, a cannabis e seus derivados são autorizados no México para adultos que desejam consumi-los para fins pessoais; no uso compartilhado em associações civis (o que no Uruguai chamam de clubes de cannabis); bem como para a comercialização e sua produção industrial.

Leia Também:  SES aprova propostas de três municípios pelo programa Fila Zero na Cirurgia

 

                                                                           

 

Os maiores de 18 anos não podem consumir na frente de menores ou outras pessoas que não expressem expressamente o seu consentimento, enquanto a venda só pode ser feita em território nacional e em estabelecimentos autorizados. Em nenhum caso a propaganda de maconha será permitida.

 

As associações de consumidores devem ser formadas com um mínimo de dois e um máximo de 20 membros, todos maiores de idade e que possam semear; cultivar, colher, aproveitar, preparar e consumir. O limite de semeadura é de quatro plantas de cannabis psicoativas por pessoa associada por ano. A pessoa não pode pertencer a mais de uma associação.

 

No que diz respeito à comercialização, os estabelecimentos interessados devem obter uma autorização e não podem vender mais de 28 gramas por dia para a mesma pessoa.

Leia Também:  Comissão aprova 30 recomendações para reduzir ‘sequelas’ da pandemia na educação

 

Anúncio

Por outro lado, as licenças para fins industriais serão de cinco tipos : para cultivo (aquisição de semente ou muda, semeadura, colheita e preparo), transformação (fabricação e produção), comercialização (distribuição e venda ao público), exportação ou importação (inclui a entrada no México de cannabis não psicoativa ou produtos manufaturados, mas em conformidade com as normas e tratados internacionais para especificar o destino ou a origem) e pesquisa.

 

Para supervisionar todos os aspectos do novo mercado, será criado o Instituto Mexicano de Regulação e Controle da Cannabis, que será um órgão descentralizado do Ministério da Saúde e que contribuirá para a determinação de políticas públicas e eixos centrais de saneamento controle da cannabis e seus derivados; conceder, modificar, renovar, suspender ou revogar licenças.

 

Será imposta reclusão de um a três anos e multa de 200 a 400 dias para quem comercializar ou fornecer sem autorização até 200 gramas de maconha psicoativa. Se o valor for maior, a pena será de cinco a 15 anos.

Fonte: METRÓPOLES

“>

COMENTE ABAIXO:
Anúncio
Anúncio

Lucas do Rio Verde

MAIS LIDAS DA SEMANA