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Houve predominância de dias ensolarados e temperaturas amenas. A entrada de uma frente fria causou chuvas em 27 e 28/07, abrangendo a maior parte das regiões produtoras. No entanto, os volumes de precipitação foram considerados baixos, inferiores a 30 mm, e insuficientes para algumas lavouras, especialmente nas áreas situadas no extremo Oeste do Estado. Antes das chuvas, observou-se um incremento na área semeada (99%), considerada, no momento, tecnicamente concluída, restando apenas pequenas áreas remanescentes para a finalização.

De maneira geral, as lavouras estão apresentando desenvolvimento adequado, o que pode ser atribuído principalmente ao aumento da insolação nas duas últimas semanas. Entre os dias 26 e 27/07, houve intensa movimentação de agricultores para a aplicação de adubação nitrogenada em cobertura nas áreas semeadas mais tardiamente, em razão da previsão de chuvas para o final do período.

A sanidade das lavouras está satisfatória; houve apenas ocorrências esporádicas de manchas foliares e ferrugem da folha. O clima mais seco tem contribuído para a ausência de oídio, e poucos produtores realizaram aplicações de fungicidas recentemente.

A área cultivada de trigo, conforme dados da Emater/RS-Ascar, é de 1.312.488 hectares, e a produtividade prevista de 3.100 kg/ha.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, as lavouras expõem bom estande, mas o perfilhamento está pouco expressivo. Além disso, as plantas apresentam baixo porte devido à ausência de chuvas em julho, o que prejudica o seu desenvolvimento e o manejo da adubação nitrogenada. Os produtores que aplicaram ureia sofreram grandes perdas do fertilizante por volatilização em função da falta de umidade do solo.

Em São Borja, onde são cultivados 30 mil hectares, as lavouras estão se desenvolvendo satisfatoriamente, apesar das precipitações pouco expressivas. As áreas mais adiantadas estão atingindo a fase de alongamento. A chuva registrada em Itacurubi, em 28/07, permitirá a conclusão do plantio de pequenas áreas, mesmo que o período indicado no Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) tenha se encerrado em 20/07.

Na Campanha, o desenvolvimento das lavouras foi favorecido pelas condições climáticas, caracterizadas pela boa disponibilidade de radiação solar, temperaturas amenas e volume de chuvas suficiente para a manutenção da umidade no solo. Esses fatores foram importantes tanto para a germinação das últimas lavouras plantadas quanto para as aplicações de fertilizantes nitrogenados em cobertura, nas áreas que estão em fase de perfilhamento. Em Aceguá e Bagé, o plantio foi concluído, mas houve redução de área plantada. Em Candiota, a conclusão da semeadura está prevista para ocorrer dentro da janela do ZARC, que se encerra em 31/07.

Na de Caxias do Sul, o tempo seco favoreceu a realização da semeadura, que está praticamente concluída. A fase predominante é a germinação, uma vez que aproximadamente 80% da área foi semeada na segunda quinzena de julho. As primeiras áreas implantadas, que apresentavam desenvolvimento inferior ao esperado devido à baixa insolação, mostraram melhora significativa, permitindo a aplicação de adubação nitrogenada em cobertura.

Na de Erechim, o plantio foi finalizado, e as lavouras estão em diversos estágios de desenvolvimento. As lavouras implantadas no início do período recomendado encontram-se na fase de perfilhamento; já as semeadas mais recentemente estão em fase de germinação. Aproximadamente 40% da área cultivada recebeu adubação nitrogenada durante o período.

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Na de Frederico Westphalen, a semeadura foi concluída. As precipitações ocorridas no final do período criaram condições favoráveis para a aplicação de adubação nitrogenada nas áreas semeadas mais tardiamente, que estão majoritariamente no início do perfilhamento. O manejo preventivo de doenças tem sido realizado de forma intensiva. No entanto, há uma pressão significativa de plantas daninhas, especialmente azevém, de difícil controle. Essa dificuldade está fortemente relacionada à presença de plantas remanescentes da dessecação com alta taxa de rebrota, prejudicando expressivamente o controle pós-emergência da cultura.

Na de Ijuí, o aumento da luminosidade e os dias secos proporcionaram melhor desenvolvimento da cultura, que também se deu como resposta às adubações nitrogenadas. As plantas apresentaram coloração verde mais intensa, reduzindo a desuniformidade das lavouras. As últimas áreas semeadas apresentaram boa emergência, apesar das condições desfavoráveis do período anterior. Não houve relatos de danos significativos ao estabelecimento da cultura.

Na de Pelotas, a semeadura está em fase de finalização, favorecida pelas condições climáticas das últimas duas semanas, permitindo o encerramento dentro do período recomendado pelo ZARC, em 31/07. As lavouras estão em pleno desenvolvimento vegetativo, sem problemas fitossanitários significativos.

Na de Santa Rosa, as lavouras estão estabelecidas, e predomina o estádio de desenvolvimento vegetativo. Apenas 1% está na fase de florescimento. O clima do período foi excelente para o perfilhamento e desenvolvimento foliar das plantas de trigo em razão da boa luminosidade e das temperaturas adequadas. A chuva fraca e constante, no final do período, foi benéfica, especialmente para potencializar a adubação nitrogenada em cobertura. Em termos fitossanitários, em razão do clima mais quente, o monitoramento da ocorrência de pulgão e lagarta foi intensificado para garantir o controle e evitar o aumento das populações desses insetos. Não foram relatadas infestações significativas. Entretanto, a condição de clima ameno favorece a emergência de plantas espontâneas nas lavouras de trigo, como trapoeraba e buva, exigindo aplicações de herbicidas seletivos para controle dessas populações.

Na de Soledade, o aspecto geral da cultura está começando a mudar, e o verde característico das plantas tem se tornado mais evidente. Contudo, muitas lavouras apresentam sintomas de deficiência nutricional, especialmente de nitrogênio, deixando o aspecto das plantas mais amarelado. A aplicação de adubação nitrogenada em cobertura, nas primeiras áreas semeadas, estava atrasada, mas foi intensificada.

Comercialização (saca de 60 quilos)

O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 0,26%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 68,76 para R$ 68,94. O produto disponível foi cotado na Bolsa de Cereais de Cruz Alta em R$ 80,00/sc.

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Fonte: Emater/RS

FONTE

Autor:Informativo Conjuntural 1826

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Site: EMATER/RS