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ALTA DE 40%: Preço da carne em MT deve explodir em 2021 e Sindifrigo alerta que não deve baixar tão cedo

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Após uma baixa no preço da carne no final de 2020, os valores voltaram a subir no início do ano e não devem parar por aí. O valor de alguns cortes teve alta de 40% no mercado.

De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias Frigoríficas de MT (Sindifrigo), Paulo Bellincanta, um dos motivos para a alta do preço da carne bovino em 2021, é a queda da oferta de animais prontos para o abate.

“É um reflexo da economia livre, oferta e demanda, simples assim”, afirmou.

“Nos últimos anos houve um desestímulo da pecuária, não só em Mato Grosso, mas no Brasil. Os produtores foram buscando outras soluções e partiram para outras atividades, como grãos. Houve uma evasão muito grande”, continuou Paulo.

O presidente do Sindifrigo explicou ainda que não é só a ausência de animais que aumentam o preço para o consumidor final, mas uma série de fatores.

“Em 2020 tivemos um ano com um consumo enorme de carne bovina. Teve também uma exportação acelerada para outros países. São várias coisas que acabam influenciando”.

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Paulo Bellincanta detalha também que a alta nos preços deve estimular mais os pecuaristas.

“Aqueles que trocaram de atividades devem voltar para a criação de gado com esses valores altos. Os preços ficam atrativos para quem produz e estimula o mercado”, avalia.

Mas projeções ainda não são muito favoráveis.

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“Vamos ter um ano com bastante pressão de alta na carne. Apesar de mais gente criando gado, é algo que demora e o preço não deve baixar tão cedo”, termina.

Fonte: REPORTER MT

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Demanda chinesa por soja aumentou 142% em 16 safras

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A China importou 50 milhões de toneladas de soja na safra 2007/08. Já na temporada 2023/24 a previsão é de compra de 121 milhões de toneladas, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Assim, o consumo da oleaginosa pelo país asiático aumentou 142% nas últimas 16 safras.

Os dados permitem notar que o crescimento anual composto no período é de 5,68%. De acordo com a Biond Agro, a elevação está diretamente relacionada ao aumento populacional, ao incremento do poder aquisitivo da população e à mudança na matriz de consumo, tanto humano quanto animal.

No entanto, mesmo com a elevação, a taxa de crescimento caiu para 2,65% nos últimos cinco anos, indicando que o crescimento se aproxima do platô.

Em 2023, a média dos estoques (janeiro a abril) de soja na China chegou a 7,6 milhões de toneladas, conforme a Bloomberg. O valor é recorde se as reservas de 2021 – em decorrência da necessidade de segurança alimentar causada pela Covid-19 – forem desconsideradas.

Já neste ano e para o mesmo período, os estoques bateram 8,1 milhões de toneladas. Apesar do crescimento no número, o volume corresponde a uma cobertura da demanda interna de apenas 23 dias de consumo.

“Isso significa que o incremento daqui para frente aponta não ser tão disruptivo como anteriormente. É importante notar que a demanda continuará existindo devido à necessidade, no entanto, com um percentual de crescimento menor”, comenta o líder do time de inteligência da Biond Agro, Felipe Jordy.

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Batalha pela China

China importação soja
Foto: Pixabay/ Arte: Canal Rural

Nas últimas safras, Brasil e Estados Unidos se consolidaram como os maiores produtores de soja do mundo. Somadas, as nações produzem o equivalente a mais de 70% da oferta mundial da commodity.

Devido a um consumo interno menor do que a produção em ambos os países, os dois países são os maiores exportadores do grão no mundo, abastecendo 88% ou 149 milhões de toneladas da necessidade de importação mundial.

O maior mercado é, logicamente, a China, sendo que Brasil e Estados Unidos são responsáveis por mais de 80% do volume consumido por lá.

“Apesar de os EUA ainda serem um grande fornecedor para a China, a guerra comercial iniciada em 2018, o crescimento da produção brasileira e a competitividade do grão nacional – com menor preço – vêm determinando um aumento na participação do Brasil no suprimento chinês”, comenta Jordy.

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Segundo ele, em um recorte temporal, em 2014 (ano comercial), na soma das importações de ambos os países para a China, os Estados Unidos detinham uma participação de 49%, enquanto o Brasil possuía 51%.

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“Em 2023, o Brasil fechou com 74% e os norte-americanos com 26% [conforme ComexStat e USDA, respectivamente]. Olhando o acumulado de 2024, o Brasil já possui 64,2% e os EUA 35,8%, seguindo a tendência dos anos anteriores”.

Desvantagens ao Brasil?

Apesar do aumento na participação de exportação de soja para a China, um alerta começa a surgir, conforme Jordy. “À medida que o Brasil continua a expandir sua área e sua produção; e o maior consumidor do mundo demonstra um crescimento mais controlado, a forte dependência das exportações pode se tornar um ponto fraco para o país sul-americano”.

Segundo ele, desde que os Estados Unidos começaram a perder participação no mercado de exportação, a soja passou a ser cada vez mais direcionada para o consumo interno, impulsionada principalmente pela mudança da sua matriz energética.

Assim, a oleaginosa tornou-se a principal fonte de matéria-prima do biodiesel norte-americano. Em uma análise temporal, em 2014, cerca de 20% da soja do país era para o biodiesel, sendo que agora esse número já ultrapassa 30%.

“No médio e longo prazo, imagino que o Brasil também seguirá um caminho semelhante, seja pelo apelo ESG [Governança ambiental, social e corporativa] ou pela diversificação dos negócios. Caso contrário, o excesso de soja poderá resultar em um forte desequilíbrio entre oferta e demanda”, finaliza o especialista.

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