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Calorão e bloqueio atmosférico dominam Brasil central e Sul; veja quando mudam condições

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. . . . . . . . . . . . . . . 10 de June de 2024

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A formação de um bloqueio atmosférico sobre o Brasil central está resultando em uma semana de calor intenso e ausência de chuvas em grande parte do país. As temperaturas máximas já estão elevadas, com registros de 37 ºC em Mato Grosso e 34 ºC no interior do Matopiba (área de Cerrado dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). Um panorama que deve se manter até o fim da semana, de acordo com o meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller.

Em Unaí, Minas Gerais, as máximas estão em torno de 31 ºC. Apesar de não atingir os mesmos níveis de outras regiões, a ausência de chuvas persiste, o que é típico para o período, embora os produtores locais sempre esperem por pequenas precipitações que não devem ocorrer.

Segundo Müller, as temperaturas tendem a se manter estáveis até o fim de junho, com um aumento previsto posteriormente, alcançando até 33 ºC. A partir do dia 16, espera-se uma nova frente fria, trazendo um pouco de ar frio e mínimas de 11 ºC. No entanto, não há previsão de geadas no Sudeste.

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Tempo seco e calor

No Centro-Oeste, o tempo continua firme e seco. A umidade relativa do ar pode ficar baixa durante as horas mais quentes do dia, aumentando o risco de focos de incêndio, afirma o meteorologista.

No Nordeste, a circulação de ventos do oceano contra a costa continua favorecendo chuvas ao longo da faixa leste, especialmente no litoral norte da Bahia, Sergipe, Alagoas e Pernambuco. A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) mantém instabilidades desde o Rio Grande do Norte até o Maranhão, com chuvas a qualquer hora.

Norte tem pancadas de chuva

No Norte, o tempo permanece nublado com chuvas a qualquer hora no norte e noroeste do Amazonas, oeste e noroeste de Roraima, e norte e leste do Amapá. Nas demais áreas, há pancadas de chuva alternadas com períodos de melhoria, informa Müller.

O tempo firme predomina na metade leste e sul do Acre, sul e sudeste do Amazonas, Rondônia, sul do Pará e metade sul do Tocantins.

Próximos dias: mudanças climáticas à vista

Nas próximas 24 horas, a chuva permanece localizada entre o Norte e o Nordeste, de acordo com o meteorologista do Canal Rural, enquanto no Sul não há previsão de chuvas devido ao bloqueio atmosférico estabelecido no Centro-Sul do país, que inibe a formação de nuvens carregadas.

Nos próximos cinco dias, o panorama não muda significativamente, com chuvas concentradas no Norte e Nordeste, com volumes de 30 a 50 mm em cinco dias, diz Müller. Isso não prejudica os trabalhos no campo e ajuda a manter a umidade do solo. No entanto, preocupa as áreas de milho de segunda safra no Centro-Sul, onde as lavouras estão em fase de enchimento de grãos.

A partir do período de 16 a 20 de junho, uma nova frente fria avançará, trazendo chuvas para a região Sul. A partir de sexta-feira (15), há risco de tempo severo no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, com chuvas volumosas acumulando de 80 a 100 mm em três dias, o que pode provocar alagamentos. O risco maior será para tempestades severas com granizo e ventos intensos.

A chuva também chegará ao oeste do Paraná, com volumes elevados em Santa Cruz do Sul, somando quase 100 mm em três dias. As chuvas devem persistir até o fim de junho, indicando um início de julho mais seco.

No Sudeste, devido ao bloqueio atmosférico, a chuva não avança e permanece no Espírito Santo e na faixa leste de Minas Gerais, com volumes de até 20 mm em cinco dias, de acordo com o meteorologista do Canal Rural. Em Itapeva, São Paulo, a chance de chuva retorna apenas no final da primeira quinzena de julho, acumulando cerca de 30 mm.

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Prevenção de incêndios

A ausência de chuvas e as altas temperaturas aumentam o risco de incêndios em áreas como Mato Grosso do Sul e outras regiões do Centro-Oeste. Para as culturas de inverno, as altas temperaturas e a falta de chuva podem impactar negativamente a produtividade.

A previsão indica que algumas áreas de trigo no Paraná e em Mato Grosso do Sul receberão chuvas, mas a cobertura não será uniforme devido ao bloqueio atmosférico. A elevação das temperaturas acelera o crescimento das culturas, o que pode diminuir a produtividade final.

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Soja começa a semana com preços em alta; veja cotações

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26 minutos ago

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10 de junho de 2024

O mercado brasileiro de soja teve preços em alta em praticamente todas as praças nesta segunda-feira (10). Segundo a Safras Consultoria, foi um “dia complicado”.

O dólar apresentou firmeza e Chicago subiu, mas os prêmios compensaram parte da alta. Não houve grandes reportes de negócios. Muitas tradings ainda estão se adaptando ao cenário da nova medida provisória.

Preços da soja no Brasil

  • Passo Fundo (RS): subiu de R$ 133 para R$ 134
  • Região das Missões: avançou de R$ 132 para R$ 133
  • Porto de Rio Grande: teve alta de R$ 140 para R$ 141
  • Cascavel (PR): valorizou de R$ 129 para R$ 131
  • Porto de Paranaguá (PR): cresceu de R$ 138 para R$ 140
  • Rondonópolis (MT): foi de R$ 123 para R$ 124
  • Dourados (MS): aumentou de R$ 122 para R$ 124
  • Rio Verde (GO): cresceu de R$ 122 para R$ 124

Bolsa de Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços melhores. Após uma sessão bastante volátil, o mercado se consolidou em alta, buscando recuperação frente às perdas recentes.

Desde o início da manhã, o mercado tentava uma recuperação frente às recentes perdas. Porém, a semana da muita expectativa traz volatilidade, com as posições mais distantes do grão já flertando com o território negativo.

Na quarta sai o relatório de junho de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), além da inflação do país e a decisão da taxa de juros. Na quinta, é a vez da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimar a safra brasileira.

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Conforme traders e analistas consultados por agências internacionais, os estoques finais norte-americanos devem ficar em 348 milhões de bushels, ante 340 milhões de bushels estimados em maio.

A produção deve ficar em torno de 4,444 bilhões de bushels em 2023/24, ante 4,450 bilhões de bushels no relatório anterior. A produtividade deve ser levemente reduzida para 51,9 bushels por acre, ante 52 bushels em maio. No âmbito global, os estoques finais devem ficar em 110,8 milhões de toneladas em 2023/24, ante 111,8 milhões em maio.

A safra brasileira deve ser estimada em 151,8 milhões de toneladas na temporada 2023/24, ante 154 milhões no mês anterior. A Argentina deve produzir 49,8 milhões de toneladas em 2023/24, ante 50 milhões no mês anterior.

Contratos futuros da soja

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Foto: Pixabay

Os contratos da soja em grão com entrega em julho fecharam com alta de 9,00 centavos ou 0,76% a US$ 11,88 1/4 por bushel. A posição agosto teve cotação de US$ 11,82 3/4 por bushel, com ganho de 6,00 centavos ou 0,5%.

Nos subprodutos, a posição julho do farelo fechou com alta de US$ 7,30 ou 2,02% a US$ 368,00 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em julho fecharam a 43,66 centavos de dólar, com alta de 0,06 centavo ou 0,06%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,57%, sendo negociado a R$ 5,3561 para venda e a R$ 5,3541 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3156 e a máxima de R$ 5,3886.

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CNI fala em ‘expectativa de solução racional’ com avanço em entendimentos em MP

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46 minutos ago

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10 de junho de 2024

Depois de o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, divulgar uma nota dura e interromper viagem à China com o governo para tentar reverter a medida provisória do crédito de PIS/Cofins, a entidade publicou, nesta segunda-feira (10), um novo comunicado sobre o assunto em tom mais apaziguador.

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A CNI afirma que, desde a última sexta-feira (7) tem avançado em diversos entendimentos sobre a proposta, que deixaram a entidade “motivada e na expectativa de encontrar uma solução racional e pró atividade econômica”.

A confederação também prevê uma reunião nesta terça-feira (11), em Brasília, com diversos representantes dos setores produtivos para debater o assunto.

“Em seguida, faremos um bom e construtivo diálogo com o Senado Federal e com a Câmara dos Deputados. Simplesmente queremos o melhor para o nosso Brasil. E o melhor para o Brasil é o crescimento das atividades produtivas de forma sustentável e sinérgica com toda a sociedade”, diz a CNI.

Segundo a entidade, já foram feitas algumas reuniões envolvendo o governo e os diversos setores produtivos para “melhor compreensão” dos efeitos da MP 1.227 sobre a atividade econômica, de forma a mitigar “possíveis entendimentos equivocados”.

“Sempre dentro do princípio de buscar efetividade nas entregas, e menos protagonismo midiático, isso tem nos permitido evoluir em possíveis entendimentos. Acredito que estamos construindo um caminho para uma boa convergência”, afirma a nota.

Embora não tenha assinatura do presidente da CNI, há trechos escritos em primeira pessoa, em que o texto diz crer estar se obtendo consenso de que foi atingido o limite na carga tributária.

“Precisamos construir, em conjunto, outros caminhos para o equilíbrio fiscal e, consequentemente, o melhor para o crescimento econômico. E nesses caminhos temos muitas opções, como o controle dos gastos públicos em geral, combate a toda economia ‘marginal’, justiça tributária, segurança jurídica, racionalidade das despesas obrigatórias do orçamento público, compreensão do setor financeiro de que as atividades econômicas devem ser o ‘norte’ básico da intermediação financeira, entre outros”, aponta a entidade.

A CNI defende ainda que nem o setor público, nem a sociedade civil e “muito menos o setor financeiro” podem não estar alinhados e não serem “cúmplices” de todo o setor produtivo.

“Creio que podemos iniciar uma honesta e efetiva discussão do que queremos para o nosso futuro e do nosso Brasil. Definitivamente, não existe mais espaço para ônus sobre o setor produtivo e todos, digo todos mesmo, precisam dar a sua contribuição. Somos e sempre seremos a ‘alavanca’ do crescimento econômico e, consequentemente, do desenvolvimento social sustentável e contínuo do país. E, para tanto, todos os atores econômicos são igualmente importantes”, conclui o documento.

No período da manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse querer aproveitar a semana para explicar e esclarecer os efeitos da MP. Ele afirmou também que, desde sexta, já tem conversado com alguns líderes empresariais e que a pasta está preparando um material para apresentar em reuniões com lideranças do setor produtivo, sobretudo das confederações setoriais.

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Exportações de carne suína crescem; China compra menos

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2 horas ago

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10 de junho de 2024

As exportações de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura e processados) totalizaram 104,4 mil toneladas em maio, informa a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). O número supera em 2,7% o total embarcado no mesmo período do ano passado, com 101,7 mil toneladas.

A receita gerada pelas exportações de maio totalizou US$ 225,2 milhões, saldo 10,4% menor que o total efetivado no mesmo período do ano passado, com US$ 251,4 milhões.

No ano (janeiro a maio), as exportações de carne suína totalizaram 506,6 mil toneladas, número 5,3% superior ao total acumulado no mesmo período de 2023, com 481,1 mil toneladas. A receita gerada pelos embarques nos cinco primeiros meses do ano chegou a US$ 1,064 bilhão, saldo 7,3% menor que o total acumulado no mesmo período do ano passado, com US$ 1,149 bilhão.

“O ritmo das exportações segue paralelo positivo em relação ao recorde obtido em 2023. A Ásia e nações das Américas seguem como ‘motor’ das vendas internacionais do setor, porém, com mudanças no tabuleiro dos principais importadores. A expectativa é que tenhamos resultado equivalente ou superior aos registrados no ano passado, porém, com maior presença de outros destinos”, destaca o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

Principal importador de carne suína, a China foi destino de 111,4 mil toneladas do produto entre janeiro e maio, número 36,7% menor do que o total embarcado no mesmo período do ano passado. Em fluxo diferente, as Filipinas importaram 70,2 mil toneladas, com crescimento de 84,8% em relação ao mesmo período de 2023. Em seguida estão Chile, com 43,017 mil toneladas (+25,7%), Hong Kong, com 43,006 mil toneladas (-16,2%), Singapura, com 32,3 mil toneladas (+11,2%) e Japão, com 27,4 mil toneladas (+92,8%).

“O fluxo de exportações para a Ásia está ganhando novos contornos, com o notável crescimento das vendas para Filipinas, Cingapura e Japão, assimilando as quedas das importações chinesas e ampliando a capilaridade das exportações brasileiras. Ao mesmo tempo, vemos um antigo parceiro do Brasil, a Rússia, retomando as importações do produto”, destaca Luís Rua, Diretor de mercados da ABPA.

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No levantamento por estado, Santa Catarina segue como principal exportador, com 280,5 mil toneladas exportadas entre janeiro e maio, número 7,3% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Em seguida está o Rio Grande do Sul, com 106,2 mil toneladas (-4,1%), Paraná, com 65,3 mil toneladas (-1,75%), Mato Grosso, com 14,8 mil toneladas (+46,3%) e Mato Grosso do Sul, com 11 mil toneladas (+1,4%)

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