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Cobalto: Necessário em pequenas quantidades, mas com grande importância para a soja – MAIS SOJA

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Cobalto e a FBN

Em Fabaceas (leguminosas) como a soja, com capacidade em realizar a fixação biológica de Nitrogênio (FBN), o Cobalto (Co) desempenha funções vitais para esse processo. O Co participa na síntese de cobamida e da leghemoglobina nos nódulos (Sfredo & Oliveira, 2010).

Em média, são necessários cerca de 80 kg de Nitrogênio, para cada tonelada de soja produzida  (Hungria; Campo; Mendes 2001), e felizmente, todo esse N é fornecido via FBN quando as condições são favoráveis para esse processo.

Deficiência de Cobalto

Embora naturalmente o Co seja encontrado em abundancia na maioria dos solos, solos altamente intemperizados e/ou com textura arenosa, podem apresentar baixos teores desse micronutriente (IPNI), afetando a FBN e até mesmo ocasionando sintomas de deficiência em casos mais severos.

Nesse contexto, a ausência de Co pode resultar em deficiência de N, causando clorose total das folhas mais velhas seguida de necrose (figura 1). Contudo, sabe-se que a necessidade de Co pela planta de soja é menor que a de Mo, e que doses excessivas desse elemento, principalmente em aplicações via tratamento de sementes, podem resultar em fitotoxicidade e deficiência na absorção de ferro (Fe) pela planta (Hansel & Oliveira, 2016).

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Figura 1. Sintomas iniciais de deficiência de cobalto em plântulas de soja.
Fonte: Hansel & Oliveira (2016)
Manejo

O Cobalto é considerado móvel no floema, entretanto quando aplicado via foliar apresenta mobilidade parcial (Sfredo & Oliveira, 2010). Embora requerido em baixíssimas quantidades, a deficiência desse micronutrientes impacta diretamente a FBN e o fornecimento de Nitrogênio para a soja. Conforme orientações de manejo, recomenda-se a aplicação de 2 g ha-1 a 3 g ha-1 de Co. Estas doses podem ser aplicadas, com a mesma eficiência, tanto via tratamento de semente ou em pulverização foliar, nos estádios de desenvolvimento V3-V5 (Oliveira Junior et al., 2020).

Segundo Hansel & Oliveira (2016), a aplicação de doses adequadas de Co em V4, além de melhorar a FBN, pode resultar no incremento de componentes de produtividade como número de vagens por planta, número de grãos por vagem, massa de 1.000 grãos e o próprio rendimento de grãos.


Veja Mais: Nodulação da soja



Referência:

HANSEL, F. D.; OLIVEIRA, M. L. IMPORTÂNCIA DOS MICRONUTRIENTES NA CULTURA DA SOJA NO BRASIL. IPNI, 2016. Disponível em: < https://www.researchgate.net/publication/305659319_Importancia_dos_Micronutrientes_na_Cultura_da_Soja_no_Brasil >, acesso em: 04/06/2024.

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HUNGRIA, M.; CAMPO, R. J.; MENDES, I. C. FIXAÇÃO BIOLÓGICA DO NITROGÊNIO NA CULTURA DA SOJA. Embrapa, Circular Técnica, n. 35, 2001. Disponível em: < https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPSO/18515/1/circTec35.pdf >, acesso em: 04/06/2024.

IPNI. COBALTO. IPNI, Nutri-Fatos: Informação agronômica sobre nutrientes para as plantas. Disponível em: < https://www.npct.com.br/publication/nutrifacts-brasil.nsf/book/NUTRIFACTS-BRASIL-15/$FILE/NutriFacts-BRASIL-15.pdf >, acesso em: 04/06/2024.

OLIVEIRA JUNIOR, A. et al. FERTILIDADE DO SOLO E AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DA SOJA. Tecnologias de Produção de Soja, Embrapa, Cap 7, 2020. Disponível em: < https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/1123928/1/SP-17-2020-online-1.pdf >, acesso em: 04/06/2024.

SFREDO, G. J.; OLIVEIRA, M. C. N. SOJA: MOLIBDÊNIO E COBALTO. Embrapa, Documentos, n. 322, 2010. Disponível em: < https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/18872/1/Doc_322_online1.pdf >, acesso em: 04/06/2024.

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