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Com USDA “morno”, atenções se voltam à soja na América do Sul

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O relatório indicou que a safra norte americana de soja deverá ficar em 4,586 bilhões de bushels em 2024/25, o equivalente a 124,8 milhões de toneladas. A produtividade foi indicada em 53,2 bushels por acre.

O número ficou abaixo da expectativa do mercado, de 4,609 bilhões ou 125,4 milhões de toneladas. Em agosto, a estimativa era de 4,589 bilhões de bushels ou 124,9 milhões de toneladas. A produtividade estava estimada em 53,2 bushels por acre.

Estoques finais

Os estoques finais estão projetados em 550 milhões de bushels ou 14,97 milhões de toneladas.

O mercado apostava em carryover de 578 milhões de bushels ou 15,73 milhões de toneladas. Em agosto, os estoques estavam estimados em 560 milhões de bushels ou 15,24 milhões de toneladas.

Para 2023/24, o Departamento indicou estoques de passagem de 340 milhões de bushels. O mercado esperava 343 milhões de bushels.

Produção mundial de soja

Soja - cargill - compra
Foto: Divulgação

O USDA projetou safra mundial de soja em 2024/25 de 429,2 milhões de toneladas. Em agosto, o número era de 428,73 milhões. Para 2023/24, a previsão é de 394,75 milhões de toneladas.

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Os estoques finais para 2024/25 estão estimados em 134,6 milhões de toneladas, acima da previsão do mercado de 134,2 milhões de toneladas. No mês passado, a previsão era de 134,3 milhões de toneladas. Os estoques da temporada 2023/24 estão estimados em 112,25 milhões de toneladas. O mercado esperava número de 112,25 milhões de toneladas.

Para a produção brasileira, o USDA manteve as estimativas em 153 milhões de toneladas para 2023/24 e em 169 milhões para 2024/25. Para a Argentina, a previsão para 2023/24 foi cortada de 49 milhões de toneladas para 48,1 milhões. Para 2024/25, a estimativa é de 51 milhões de toneladas, sem alteração sobre o mês anterior.

As importações chinesas em 2023/24 foram amntidas em 111,5 milhões de toneladas. Para a próxima temporada, a previsão é de um número de 109 milhões de toneladas, repetindo o mês anterior.

Fator climático

O fator clima no Safras IA Score, que antes apontava para uma tendência baixista fraca, agora aponta para uma tendência neutra para a soja, com os problemas climáticos atuais no Brasil contrabalanceando o clima positivo nos EUA.

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Tal fato trouxe mudanças para o Score e a tendência da soja no curto prazo, tanto em Chicago quanto no mercado interno.

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“Em breve, o clima norte-americano não terá mais peso na formação dos preços, enquanto o clima sul-americano ganhará peso, sendo um dos principais fatores para a definição dos rumos do mercado nos próximos meses”, destaca o consultor de Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque, que aponta o clima como o principal fator de avaliação para a formação dos preços neste momento.

“Estamos em uma transição entre mercado climático norte-americano, que engloba o fim do desenvolvimento e o início da colheita por lá, e mercado climático sul-americano, que engloba o início do plantio por aqui”.

Segundo ele, nesse momento, muita volatilidade é esperada para Chicago e, consequentemente, para o mercado interno. “E é isso que estamos vendo. Enquanto o clima nos EUA continua apontando para uma safra cheia, na América do Sul traz dúvidas com relação ao avanço dos trabalhos de plantio da nova safra brasileira”, acrescenta Roque.

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