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Como escolher a melhor cultivar de soja para minha lavoura? – MAIS SOJA

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Nesta primeira semana de julho, mais curta devido ao feriado do Dia da Independência nos EUA, ocorrido na quinta-feira (04/07), o bushel de soja, em Chicago, subiu um pouco, com o primeiro mês cotado registrando, no fechamento da quarta-feira (03/07), o valor de US$ 11,76, contra US$ 11,52 no dia 27/06.

Vale registrar que a média de junho ficou em US$ 11,72/bushel, com recuo de 3,6% sobre maio. Para comparação, lembramos que a média de junho do ano passado foi de US$ 14,30/bushel. Ou seja, 12 meses depois, o bushel da oleaginosa, em Chicago, está 18% mais baixo. Dito de outra forma, em termos médios mensais, o mesmo perdeu US$ 2,58 no período.

Dito isso, os relatórios do dia 28/06 foram baixistas para as cotações, embora o mercado já estivesse esperando tais estatísticas. Inclusive, o aumento na área de soja ficou aquém do anunciado preliminarmente no final de março passado. A área realmente semeada com soja, nos EUA, acabou aumentando em 3%, atingindo a 34,8 milhões de hectares neste ano. Já os estoques trimestrais, na posição 1º de junho, registraram um aumento de 22% sobre um ano atrás. Com isso, os mesmos estavam, naquela data, em 26,4 milhões de toneladas.

Agora, o mercado espera o relatório de oferta e demanda do mês de julho, o qual será
divulgado no dia 12.

Enquanto isso, até o dia 30/06 as lavouras dos EUA apresentavam-se com 67% entre boas a excelentes, 25% regulares e 8% entre ruins a muito ruins, não havendo alteração em relação a semana anterior. 20% das lavouras estavam em fase de floração, contra 15% na média histórica para a data, havendo igualmente 3% das lavouras já com formação de vagens.

Parte da elevação em Chicago esteve ligada ao aumento nos preços do óleo de soja, assim como no aumento dos demais óleos vegetais, puxados pela recuperação no preço do petróleo no mercado mundial. O óleo de palma, por exemplo, esteve em seu melhor preço desde abril passado. Já o petróleo atingiu a US$ 83,00/barril durante a semana. (cf. Agrinvest)

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Estamos em pleno mercado do clima nos EUA e esse será o elemento que mais irá direcionar as cotações, as quais ficam, nesta época, a fortes especulações climática.

Já na Argentina, as vendas de soja recuaram 45% em junho, em relação a maio, ficando em 3,8 milhões de toneladas no mês. O motivo estaria na diferença entre os valores do dólar e peso no vizinho país. “Quando as diferenças entre o dólar oficial e os dólares financeiros e o dólar paralelo (informal) começam a crescer, isso diminui e quase paralisa o mercado de grãos na Argentina. Atualmente, há uma diferença de 45% entre o valor do peso oficial, 912 pesos por dólar, e o informal, cerca de 1.320 pesos por dólar. A mesma diferença estava entre 15% e 20% em maio.” (cf. Ciara-Cec) Por sua vez, os 3,8 milhões negociados, somados aos 15,2 milhões que haviam sido realizados entre janeiro e maio, tem-se um total de 19 milhões de toneladas processadas na Argentina. Este volume ficou abaixo da média dos últimos 10 anos que é de 19,6 milhões de toneladas.

Enfim, a China deverá importar grandes volumes de soja em julho, graças aos baixos preços e o receio de que Trump venha a ganhar as eleições nos EUA, em novembro. O medo para com esta eleição está no fato de que no seu primeiro mandato o mesmo gerou uma guerra comercial com a China, a qual atingiu fortemente o comércio de produtos primários. Na época, as tarifas do governo Trump sobre os produtos chineses provocaram uma retaliação de Pequim, incluindo uma tarifa de 25% sobre os grãos dos EUA, o que forçou os processadores de sementes oleaginosas a buscar cargas alternativas da América do Sul, reduzindo as exportações de soja dos EUA para a China para 16,6 milhões de toneladas em 2018, contra 32,9 milhões de toneladas em 2017. (cf. Reuters)

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E aqui no Brasil, os preços subiram, ainda puxados pelo câmbio, embora o Real tenha ficado ao redor de R$ 5,46 por dólar na segunda metade da semana. A média gaúcha fechou a semana em R$ 124,77/saco, enquanto nas demais praças nacionais os preços oscilaram entre R$ 119,00 e R$ 125,00/saco.

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Dito isso, a StoneX manteve sua previsão de uma safra final de soja no Brasil em 149 milhões de toneladas neste ano 2023/24, sendo ela 6% menor do que o recorde alcançado no ano anterior. Já a Conab aponta uma colheita final de 147,4 milhões de toneladas, sendo 39,3 milhões no Mato Grosso, 20,2 milhões no Rio Grande do Sul e 18,4 milhões de toneladas no Paraná. A área total semeada foi de 46 milhões de hectares, enquanto a produtividade média nacional teria ficado em 3.205 quilos/hectare, ou seja, 53,4 sacos/hectare. Lembrando que, no ano anterior, segundo a Conab, a produção total brasileira havia sido de 154,6 milhões de toneladas. Ou seja, o recuo na produção final, neste ano, seria de 4,6%. Mas em relação ao esperado, que era um volume ao redor de 165 milhões de toneladas, a atual safra ficou quase 20 milhões de toneladas menor.

Fonte: CEEMA UNIJUÍ – Prof. Dr. Argemiro Luís Brum – Comentários referentes ao período entre 28/06/2024 e 04/07/2024 


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