AGRONEGÓCIO

Indústria lança primeiro arroz rastreado com tecnologia da Embrapa

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. . . . . . . . . . . . . . . 2 de September de 2024

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A Arrozeira Pelotas lançou o primeiro lote de arroz rastreado do Brasil, utilizando o Sistema Brasileiro de Agrorrastreabilidade (Sibraar), uma tecnologia desenvolvida pela Embrapa que utiliza blockchain para garantir a integridade e auditabilidade dos dados. O arroz da marca Brilhante, rastreado com essa tecnologia, chegou inicialmente aos mercados do Distrito Federal no final de agosto e, em seguida, será distribuído para outros estados, como Rio Grande do Sul, Acre, Amazonas, Mato Grosso do Sul e Pará.

O Sibraar permite que o consumidor acesse informações detalhadas sobre a origem da matéria-prima e o processo pelo qual o produto passa, desde o cultivo até o momento em que chega ao supermercado. Essas informações estão disponíveis por meio de um QR Code impresso nas embalagens, que, ao ser escaneado, direciona para uma página de rastro com dados sobre o produtor, localização, cultivares utilizadas, e detalhes do processo de industrialização, entre outros.

Iniciativa visa atender legislação e demandas dos consumidores

A iniciativa responde às demandas previstas na Lei do Autocontrole, que estabelece a necessidade de monitoramento e registro auditável das informações ligadas aos processos produtivos, visando garantir a qualidade, segurança e conformidade legal dos produtos agropecuários. Nathalia Xavier, supervisora de qualidade na Arrozeira Pelotas, destaca que o projeto teve apoio integral da diretoria e gerência da empresa, alinhando-se às regulamentações vigentes e adotando mecanismos de autocontrole e certificações.

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“Nosso objetivo é disponibilizar aos consumidores informações relevantes sobre o produto, demonstrando transparência no controle do nosso processo de produção”, explica Nathalia Xavier.

Transparência e valorização da cadeia produtiva

A rastreabilidade via blockchain, oferecida pelo Sibraar, não apenas garante a integridade dos dados, mas também agrega valor aos produtos, criando um diferencial competitivo para a indústria. Alexandre de Castro, pesquisador responsável pela tecnologia, ressalta a importância de fomentar uma cultura de rastreabilidade no Brasil, similar ao que ocorre na Europa, onde consumidores exigem informações detalhadas sobre a origem dos produtos que compram.

“O consumidor cada vez mais consciente começa a exigir que as indústrias e redes de varejo disponibilizem ferramentas de rastreabilidade para auxiliar na escolha no momento da compra”, comenta Anderson Alves, supervisor da área de negócios da Embrapa Agricultura Digital.

Parcerias estratégicas para expandir a rastreabilidade

A Embrapa tem firmado parcerias estratégicas com diversas associações de produtores, como a Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), para expandir o uso da rastreabilidade em diferentes cadeias produtivas. A diretora-executiva da Abiarroz, Andressa Silva, destaca que o Sibraar incorpora o programa de autocontrole existente na indústria e promove a rastreabilidade do produtor ao consumidor, numa cadeia protegida por blockchain.

Além de garantir a conformidade com as regulações de qualidade e segurança, a rastreabilidade também melhora a gestão da cadeia de suprimentos, protege contra fraudes, aumenta a confiança do consumidor e valoriza os produtos que adotam essas práticas sustentáveis.

O lançamento oficial da tecnologia de rastreabilidade do arroz foi realizado durante a 47ª Expointer, em Esteio, Rio Grande do Sul, nesta sexta-feira (29), no espaço da Embrapa junto ao estande do governo federal.

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Irrigação por gotejamento pode dobrar produção de canaviais, destacam especialistas

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3 horas ago

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1 de setembro de 2024

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O 6º Seminário Brasileiro de Irrigação e Fertirrigação de Cana-de-Açúcar (Irrigacana), realizado nos dias 28 e 29 de agosto em Ribeirão Preto, São Paulo, reuniu mais de 600 participantes para discutir as inovações e técnicas que podem transformar a produção canavieira no Brasil. Um dos principais destaques do evento foi a irrigação por gotejamento, uma tecnologia capaz de aumentar em até 100% a produtividade da cana-de-açúcar, além de permitir até 12 safras sem a necessidade de reforma do canavial.

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Leandro Lance, diretor comercial da multinacional israelense Rivulis, enfatizou durante o evento que a irrigação localizada por gotejamento representa “um novo sistema produtivo de cana de açúcar”. Ele apontou que essa tecnologia está em plena expansão, especialmente em regiões mais quentes e com solos arenosos, como o Noroeste Paulista, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, o Nordeste e o Pontal do Paranapanema, em São Paulo.

O seminário apresentou dois casos de sucesso de usinas que implementaram a irrigação por gotejamento. A Da Mata Açúcar e Álcool, localizada em Valparaíso-SP, adotou essa tecnologia há sete safras em 1.250 hectares de canaviais, e devido aos resultados positivos, já planeja ampliar a área irrigada para 1.600 hectares, com metas futuras de alcançar quatro mil. Outro exemplo destacado foi de um fornecedor que irrigou 100% de sua área de 150 hectares, também obtendo ótimos resultados.

Para incentivar a adoção dessa tecnologia, a Rivulis oferece um sistema de financiamento próprio. “Praticamente um aluguel do sistema, onde o produtor paga com açúcar a um preço pré-fixado, podendo quitar em até cinco anos“, explicou Lance. Além disso, a Rivulis garante suporte técnico com profissionais dedicados que acompanham o projeto por doze meses, oferecendo treinamento e monitoramento contínuo do programa de irrigação.

Eran Ossmy, vice-presidente da divisão de microirrigação da Rivulis, ressaltou a importância da irrigação eficiente para a sustentabilidade da produção canavieira. “Queremos ser cada vez mais uma ferramenta para auxiliar as usinas e os canavicultores a produzir mais, proporcionando segurança para as safras e melhores resultados“, afirmou Ossmy.

O evento também abordou a importância da irrigação na melhoria da pontuação das empresas no programa Renovabio, do Ministério de Minas e Energia (MME), que visa expandir a produção de biocombustíveis com previsibilidade e sustentabilidade ambiental, econômica e social. “Irrigar hoje é fundamental para agregar ainda mais sustentabilidade ao setor sucroenergético. Quando você irriga a área, aumentam os seus créditos dentro desse programa, oferecendo vantagens em relação ao cultivo de sequeiro“, destacou o executivo.

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Indicação geográfica pode valorizar produtos em até 50%

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7 horas ago

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1 de setembro de 2024

A valorização de produtos com Indicação Geográfica (IG) é uma tendência em crescimento no Brasil, com potencial de aumentar o valor de mercado desses itens em até 50%, conforme destaca André Bordignon, gestor estadual de Indicação Geográfica do Sebrae RS.

Atualmente, o país possui 118 IGs, com o Rio Grande do Sul sendo pioneiro nesse processo. A primeira IG no estado foi reconhecida há 22 anos, e hoje o estado conta com 13 indicações, além de duas interestaduais, em parceria com Santa Catarina e Paraná.

Para promover e valorizar esses produtos, o evento Connection Terroirs do Brasil foi realizado de 28 a 31 de agosto em Gramado, RS.

Organizado pelo Sebrae RS em conjunto com Rossi & Zorzanello, o evento reuniu produtores, consumidores, chefs de cozinha e painelistas renomados, com o objetivo de gerar novas conexões e negócios para os produtos brasileiros que possuem IG.

Durante o evento, foram realizados painéis, palestras, e aulas-show de gastronomia com convidados nacionais e internacionais. A programação aconteceu em diferentes locais do centro de Gramado, incluindo o Palácio dos Festivais, a Rua Coberta, e a Praça Major Nicoletti.

Na Alameda Terroir, expositores de todo o Brasil apresentaram e venderam produtos com certificação de origem, como os queijos da Canastra, o guaraná da Amazônia, o cacau do Pará, cachaças mineiras, e vinhos gaúchos. Artesanatos como a renda de agulha Lacê de Sergipe e cerâmicas do interior de São Paulo também estiveram em exposição.

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O evento ressaltou a importância da Indicação Geográfica não apenas para a valorização econômica dos produtos, mas também para o desenvolvimento do turismo local, como explicou Amanda Paim, especialista em Turismo do Sebrae RS.

Regiões que obtiveram esse reconhecimento têm prosperado turisticamente, demonstrando a relevância de se promover e incentivar esse tipo de certificação.

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Ciência mapeia regiões com risco de desenvolvimento de novas pragas agrícolas

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12 horas ago

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1 de setembro de 2024

Uma pesquisa recente realizada pela Embrapa identificou as regiões e polos produtores brasileiros mais propensos ao desenvolvimento de três insetos-praga quarentenários ausentes: a Anastrepha curvicauda, a Bactrocera dorsalis e a Lobesia botrana. Essas pragas, que ainda não chegaram ao Brasil, são conhecidas por causar grandes prejuízos à fruticultura em outros países. Se forem introduzidas, elas poderiam se tornar uma preocupação constante para os agricultores, atacando diversas culturas e impactando o comércio internacional.

O estudo mapeou as regiões e épocas do ano em que essas pragas encontrariam condições climáticas favoráveis e hospedeiros adequados no Brasil. Além disso, a pesquisa também identificou potenciais inseticidas e agentes de controle biológico que poderiam ser utilizados caso essas pragas sejam detectadas no país.

Pragas e os riscos identificados

A Bactrocera dorsalis, conhecida como mosca-das-frutas-oriental, poderia se desenvolver no Brasil entre julho e outubro, afetando culturas como abacate, banana, cacau, e café. A Embrapa identificou regiões nas áreas Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste como propícias ao desenvolvimento dessa praga. Em algumas áreas do Nordeste, o risco é contínuo ao longo do ano.

A Anastrepha curvicauda, mosca-das-frutas-do-mamão, preocupa especialmente devido à importância do mamão e da manga para a exportação brasileira. O zoneamento identificou 721 municípios vulneráveis em todas as regiões, com destaque para estados produtores dessas frutas.

Já a Lobesia botrana, conhecida como traça europeia dos cachos da videira, representa uma ameaça à viticultura e outras culturas frutíferas no Brasil. A praga tem condições favoráveis para se desenvolver durante todos os meses do ano nas Regiões Centro-Oeste e Sudeste e em diversos meses no Nordeste e Sul.

Estratégias de controle e preparação antecipada

De acordo com o analista Rafael Mingoti, da Embrapa Territorial (SP), a equipe utilizou métodos avançados de zoneamento climático e algoritmos para identificar as regiões de risco no Brasil. Esses métodos consideram dados históricos de clima e a presença de plantas hospedeiras para mapear áreas de risco. Quando dados laboratoriais específicos não estão disponíveis, são utilizados algoritmos para comparar dados ambientais de regiões afetadas no exterior com condições semelhantes no Brasil.

Em se tratando de pragas quarentenárias ausentes, ainda não existem produtos registrados no Brasil para seu controle. A Embrapa realizou um levantamento internacional de agrotóxicos e agentes de controle biológico já utilizados contra essas pragas em outros países. Foram avaliados 41 princípios ativos para a Lobesia botrana, 8 para a Anastrepha curvicauda e 23 para a Bactrocera dorsalis.

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Cooperação e sustentabilidade no combate às pragas

Os resultados da pesquisa foram compilados em relatórios para a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Esses relatórios irão subsidiar políticas públicas e regulamentações para o controle fitossanitário dessas pragas. Segundo José Victor Alves Costa, coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins do Mapa, a identificação de agrotóxicos e agentes de controle biológico é crucial para medidas emergenciais em caso de ingresso dessas pragas no território nacional.

A pesquisa contou com a colaboração de diversas unidades da Embrapa, incluindo Meio Ambiente, Amapá, Semiárido e Territorial, além de fiscais federais do Mapa. A antecipação e preparação para o possível surgimento dessas pragas demonstram o compromisso da Embrapa e do governo brasileiro com a sustentabilidade e a proteção da agropecuária nacional.

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