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JBS desbanca Petrobras e se torna maior empresa do país em receita

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A JBS, uma das maiores processadoras de carne do mundo, superou a Petrobras em receita pela primeira vez num trimestre, segundo levantamento da empresa de informações financeiras Economática.

 

A expectativa dos analistas de mercado era que o segundo trimestre fosse o pior da história para as companhias de capital aberto por conta da pandemia de Covid-19. Mas o troca-troca na liderança do ranking das maiores empresas brasileiras  mostra que algumas empresas mostraram fôlego surpreendente.

 

Entre abril e junho, a receita da JBS chegou a R$ 67,6 bilhões, aumento de 32,9% na comparação com o segundo trimestre de 2019. Já a Petrobras teve uma receita de R$ 50,9 bilhões, queda de 29,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

 

Apesar de ter superado a Petrobras em faturamento, em valor de mercado a JBS ainda está atrás da petrolífera, segundo a Economática. Enquanto, a Petrobras vale R$ 298,1 bilhões – superada apenas pela mineradora Vale, que tem valor de mercado de R$ 319 bilhões – a processadora de carne vale R$ 64,9 bilhões. Os dados são do fechamento de mercado da última sexta-feira.

 

No início de agosto, o Mercado Livre ultrapassou o valor de mercado de Vale e Petrobras, segundo a Economática, tornando-se a empresa mais valiosa da América Latina.

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Demanda chinesa

 

O lucro da JBS foi de R$ 3,4 bilhões no período, alta de 54,8% na comparação com o segundo trimestre de 2019, enquanto a petrolífera amargou prejuízo de R$ 2,7 bilhões ante um lucro de R$ 18,8 bilhões entre abril e junho do ano passado, um tombo de 30%.

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— As empresas de carne aproveitaram para ampliar vendas no exterior, beneficiando-se da alta do dólar e da demanda da China por proteína animal, depois que uma peste suína dizimou parte do rebanho do gigante asiático – diz Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos.

 

Reportagem do GLOBO mostrou que puxada pela demanda chinesa, os frigoríficos tiveram um trimestre muito positivo, apesar das expectativas negativas.

 

A Minerva, por exemplo, teve o melhor segundo trimestre da história, segundo a companhia, com lucro de R$ 253 milhões. Entre abril e junho, a receita no mercado interno caiu 7,7%, mas cresceu 16,1% no externo. A Marfrig também reportou lucro recorde de R$ 1,6 bilhão no segundo trimestre deste ano.

 

Nos Estados unidos, a JBS USA aumentou sua margem de ganho porque conseguiu comprar o gado com preços menores, mas repassou um aumento de preço para seus consumidores.

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Na JBS Brasil, o aumento da margem de ganho veio das exportações para o mercado asiático (51% da receita), aliada à valorização do dólar e aumento de preços.

 

A receita da Petrobras foi impactada fortemente pela queda de preços do petróleo no mercado internacional. O valor do Brent, referência no mercado europeu, foi US$ 50,26, na média do primeiro trimestre, e caiu para US$ 29 no segundo trimestre.

 

— A Petrobras teve que dar foco nas operações que geram mais valor. Foi uma queda de quase 50% no preço do petróleo no mercado internacional e o principal motivo da queda de receitas da Petrobras – diz Arbetman.

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Apesar do prejuízo, com a queda na venda de combustíveis – devido a medidas de isolamento social – e o tombo nos preços do petróleo no mercado internacional, analistas elogiaram a estratégia da Petrobras no segundo trimestre.

 

— Eles 'hibernaram' 62 plataformas no segundo trimestre e tiveram um foco maior nas operações que geram mais valor. O custo de exploração no pré-sal, por exemplo, que hoje já representa cerca de 70% do óleo comercial da empresa, ficou em US$ 4,17. Isso mostra que a empresa é competitiva mesmo num cenário de crise — explica Arbetman

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No segundo trimestre, as açoes ordinárias (ON, com direito a voto) da Petrobras subiram 68,1%, enquanto no ano recuam 27,56%. Jas as ordinárias da JBS, subiram 22,3% no trimestre, mas no ano recuam 8,46%.

 

As dez maiores empresas

  • 1) JBS – R$ 67,5 bilhões
  • 2) Petrobras – R$ 50,8 bilhões
  • 3) Vale – R$ 40,4 bilhões
  • 4) Pão de Açúcar – R$ 20,7 bilhões
  • 5) Marfrig – R$ 18,8 bilhões
  • 6) Carrefour Brasil – R$ 16,7 bilhões
  • 7) Ultrapar – R$ 15,8 bilhões
  • 8) BR Distribuidora – R$ 14, 8 bilhões
  • 9) Ambev – R$ 11,6 bilhões
  • 10) Braskem – R$ 11,1 bilhões

Fonte: G1

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