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Milho fecha em alta predominante em Chicago, avaliando sinais de melhor demanda nos EUA – MAIS SOJA

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O solo é o principal substrato para a produção agrícola vegetal. Ele é o meio do qual as plantas absorbem água a nutrientes para o crescimento e desenvolvimento vegetal.

Nas plantas, as raízes são os órgãos responsáveis por absorver água e nutrientes no solo. Embora a nutrição foliar seja uma opção em alguns casos específicos, a maior parte dos nutrientes é absorvido do solo pelas raízes.

A zona compreendida pelas raízes no solo, é popularmente conhecida como rizosfera, e nela ocorrem uma série de interações, as quais podem ou não beneficiar a absorção de água e nutrientes pelas plantas.

Analisando as propriedades físico-hídricas de agregados do solo na rizosfera de azevém anual (Lolium multiflorum), Batista et al. (2024) observaram que os agregados do solo na zona rizosférica apresentam maior teor de água em comparação aos agregados do solo em zonas não rizosféricas, fato que possivelmente é atribuído a estabilidade dos agregados, aumento no conteúdo de carbono orgânico do solo e exsudatos de raiz, que melhoraram a retenção de água no solo.

Além disso, os autores observaram o  aumento na porosidade total em agregados de zonas rizosféricas, contribuindo para a maior condutividade hidráulica do solo. Em síntese, os resultados apresentados demonstraram que os parâmetros físicos, químicos e biológicos mediados pela raiz aumentaram a porosidade do solo por meio do aumento da agregação e favoreceram a retenção e o movimento da água no solo (Batista et al., 2024).

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Figura 1. Interação raiz-planta e os efeitos da rizosfera.
Adaptado: Batista et al. (2024)

Considerando os benefícios da rizosfera ao sistema de produção e a necessidade de se concentrar os nutrientes da solução do solo nessa faixa compreendida por ela, conhecer a mobilidade dos nutrientes no solo, como são absorvidos pelas plantas e como posicionar os fertilizantes em culturas agrícolas é indispensável para a manutenção do potencial produtivo das culturas.

Mesmo aportando adequadas teores de nutrientes ao solo, quando posicionado de forma equivocada, alguns nutrientes com baixa mobilidade tendem a ficar retidos no solo, em zonas não exploradas pela rizosfera, podendo resultar em casos de deficiência nutricional, mesmo com adequado aporte nutricional.



Nutrientes como Fósforo, Molibdênio, Ferro, Cobre, Manganês e Zinco, apresentam baixa mobilidade no solo e, portanto, devem ser incorporados no solo, no sulco/linha de semeadura (próximo a zona radicular/rizosfera). Já nutrientes como Nitrogênio (amoniacal), Potássio, Cálcio, Magnésio, Enxofre e Boro, apresentam mobilidade intermediária no solo, e podem ser alocados próximo as raízes, incorporados no solo ou aplicados a lanço, próximo a linha de semeadura.

Não menos importante, nutrientes de alta mobilidade no solo, como Nitrogênio (nítrico) e Cloro, podem ser aplicados mais distantes das raízes, incorporados no solo ou a lanço. Em função da elevada mobilidade desses nutrientes, o fracionamento/parcelamento das doses de fertilizantes (em especial do nitrogênio), contribui para a redução das perdas por lixiviação, além de evitar a salinização do solo.

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Tabela 1. Classificação dos nutrientes quanto à forma iônica de absorção, sua mobilidade no solo e na planta, e  mecanismos utilizados para absorção.
Fonte: Tagliapietra et al. (2022)

Considerando os aspectos observados, mesmo com a melhoria das condições físico-hídricas na zona da rizosfera, posicionar adequadamente os nutrientes no solo é tão importante quanto corrigir os teores nutricionais, quando se busca boas produtividades.

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Veja mais: Por que é importante entender a mobilidade dos nutrientes na soja?



Referências:

BATISTA, A. M. et al. Root Influences Rhizosphere Hydraulic Properties through Soil Organic Carbon and Microbial Activity. Plants 2024. Disponível em: < https://www.mdpi.com/2223-7747/13/14/1981# >, acesso em: 29/07/2024.

TAGLIAPIETRA, E. L. et al. ECOFISIOLOGIA DA SOJA:VISANDO ALTAS PRODUTIVIDADES. Santa Maria, ed. 2, 2022.

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