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Milho tem alta no preço e impulsiona a comercialização em Mato Grosso do Sul – MAIS SOJA

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As condições climáticas, caracterizadas por dias ensolarados e precipitações localizadas e de baixo volume, favoreceram a continuidade da colheita, que ocorreu praticamente sem interrupções. A área colhida alcançou 83% da cultivada. A operação foi concluída nas lavouras mais a Oeste do Estado, e o índice de colheita diminui gradualmente em direção ao Leste, onde apenas 10% foram colhidos.

Em termos gerais, a produtividade e a qualidade dos grãos apresentam variações regionais. No Noroeste e na Metade Sul, os resultados estão abaixo da média estadual devido a uma combinação de fatores, como a época de semeadura e as condições climáticas desfavoráveis por períodos prolongados, que dificultaram o manejo de doenças e afetaram a colheita, sobretudo com chuvas no momento da operação. Nas regiões do Planalto e Nordeste, os resultados são satisfatórios, caracterizando-se como uma safra bem-sucedida, exceto em algumas lavouras impactadas por eventos climáticos ou pelo uso de tecnologias menos adequadas para altos rendimentos.

Nas regiões de menor desempenho produtivo, parte dos produtores tem solicitado perícias para a avaliação da produção, dado que a receita obtida na safra não cobre os custos dos empréstimos contratados para o cultivo em função da frustração com a quantidade e/ou qualidade do produto colhido.

Conforme a Emater/RS-Ascar, a área cultivada de trigo totaliza 1.322.167 hectares, e a estimativa atual de produtividade está em 3.116 kg/ha.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, a colheita ocorreu praticamente de modo ininterrupto e se encaminha para o final. A produtividade permanece muito variável, entre 1.500 e 4.500 kg/ha, assim como o PH, que oscila de 71 a 82. Na região da Campanha, nas lavouras mais tardias, seguem o monitoramento de doenças e as aplicações de fungicidas. Em Hulha Negra, o excesso de chuvas afetou a sanidade das plantas, prejudicando o desenvolvimento das lavouras, que está abaixo do esperado. Estima-se redução de 15% na produtividade.

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Na de Caxias do Sul, a colheita iniciou nos Campos de Cima da Serra, e o rendimento está ligeiramente inferior ao inicialmente projetado. Ainda assim, as primeiras áreas colhidas apresentaram produtividades entre 3.600 e 4.000 kg/ha, e o PH está superior a 78. Aproximadamente 10% da área foi colhida. A expectativa é de que os trabalhos de colheita se intensifiquem nos próximos dias, devendo ser finalizados somente em meados de dezembro.

Na de Erechim, 80% foram colhidos, e 20% encontram-se em final de maturação. A produtividade estimada deve se manter próxima a 3.600 kg/ha. Houve algumas solicitações de perícias, em Getúlio Vargas e em municípios do entorno, devido à baixa qualidade dos grãos colhidos.

Na de Frederico Westphalen, 5% das lavouras estão maduras, e 95% foram colhidas. Apesar de algumas produtividades elevadas, superando 4.200 kg/ha, a média regional das lavouras colhidas permanece em 3 mil kg/ha. Em termos de qualidade, estima-se que 63% da produção colhida apresenta PH igual ou superior a 78.

Na de Ijuí, a colheita se aproxima da finalização, atingindo 90%. Restam lavouras em grandes propriedades, onde o escalonamento da semeadura foi estendido. A produtividade permanece variável, e há tendência de redução à medida que a colheita avança, podendo não chegar, em algumas áreas, a 2.400 kg/ha. Observa-se, entretanto, uma melhoria na qualidade dos grãos colhidos, que atingem PH entre 75 e 78.

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Na de Passo Fundo, 40% das áreas estão em maturação fisiológica e 60% colhidos. O potencial produtivo se mantém em 3.500 kg/ha.

Na de Pelotas, a colheita iniciou em Pelotas e Piratini. A área colhida representa aproximadamente 10% da cultivada. Restam 8% em florescimento; 48% em enchimento de grãos; e 33% maduros.

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Na de Santa Maria, a colheita atingiu 70% da área, e a produtividade das lavouras colhidas está ligeiramente abaixo da estimativa inicial. Em Tupanciretã, onde 90% das lavouras foram colhidas, a produtividade média registrada é de aproximadamente 2.700 kg/ha, sendo 16% inferior à projetada. A qualidade do grão colhido na região também tem impactado negativamente os resultados financeiros da safra, conforme manifestação de produtores em Cachoeira do Sul.

Na de Santa Rosa, as condições climáticas firmes e ensolaradas possibilitaram a conclusão da colheita. Estima-se uma redução pouco superior a 10% na produtividade regional projetada, obtendo-se aproximadamente 2.850 kg/ha. Em relação à qualidade da produção, houve considerável variabilidade: algumas lavouras registraram PH de 70 (classificados como triguilho); alguns lotes atingiram PH entre 78 e 80, mas a maioria obteve PH de 76.

Na de Soledade, a colheita alcança 90% da área. A produtividade e a qualidade médias variam entre 3.000 e 3.360 kg/ha, e o PH está acima de 78. As lavouras de alto investimento superaram 4.200 kg/ha, com PH superior a 80. As áreas com manejo inferior ficaram entre 1.800 e 2.400 kg/ha e PH abaixo de 70, levando muitos produtores a acionar o Proagro. As condições climáticas foram favoráveis ao longo do ciclo, e a baixa produtividade foi atribuída ao nível de tecnologia empregado.

Comercialização (saca de 60 quilos)

O valor médio para o PH 78, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 1,26%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 68,47 para R$ 69,33. O produto disponível foi cotado na Bolsa de Cereais de Cruz Alta em R$ 71,00/sc.

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Fonte: Emater RS



FONTE

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Autor:Informativo Conjuntural 1841

Site: Emater/RS

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