AGRONEGÓCIO

produtor é obrigado a atravessar com a filha em área incendiada

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. . . . . . . . . . . . . . . 5 de September de 2024

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Mato Grosso registrou cerca de 28.800 focos de calor do início do ano até a tarde desta última quarta-feira (4), de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número é quase 170% superior ao mesmo período do ano passado, quando cerca de 10.800 focos foram reportados.

Os incêndios têm atingido em cheio as propriedades rurais, trazendo desespero aos agricultores. Exemplo disso é o produtor rural Rodrigo Dezordi, de Chapada dos Guimarães. Sua propriedade foi atingida por chamas que se alastram há dias na região.

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De acordo com ele, o fogo se iniciou em uma lavoura de milho situada há mais de 30 km de sua fazenda.

“É um incêndio de grandes proporções e já queimou muita coisa, passando por diversas propriedades e queimando áreas de Cerrado, de pastagem; atingiu propriedades de micro-produtor, queimou plantações de abacaxi, de banana. Cada um vem fazendo o que é possível, o que tem recursos para fazer, mas [a nossa atuação] é muito limitada”.

Nos vídeos abaixo, é possível vê-lo tentando extinguir as chamas com uma mangueira e sofrendo para passar pelo incêndio com o trator ao lado da filha. O fogo atingiu cerca de 70 hectares de sua propriedade.

Dezordi relata, ainda, que o incêndio estava com aproximadamente 10 km de extensão de linha de fogo. “As pessoas que estão tentando controlar têm muito mais boa-vontade do que preparo”.

Produtor pede ajuda

O produtor acredita que sem o auxílio de brigadas e de aviões, o fogo só terá fim com a chegada das chuvas. “Mas o problema é que elas estão previstas só para daqui 15 a 20 dias“.

Ele pede uma atuação firme do governo do estado, com parcerias privadas e estratégicas, com uso de aeronaves, para ajudar no combate às chamas.

“O fogo chegou em nossa propriedade no sábado e estamos lutando desde então [para combatê-lo]”.

Mês das chamas

Os números comprovam que agosto liderou a quantidade de ocorrências de incêndio no ano em Mato Grosso. Foram registrados 14.617 focos, contra 2.626 reportados em mesmo período do ano passado, conforme o Inpe.

Neste rol, se destacam os municípios de Colniza (1.984 focos); Cáceres (1.082) e Comodoro (879).

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Produtores enfrentam desafios no início da safra da soja

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40 minutos ago

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5 de setembro de 2024

O início da safra da soja 2024/25 no Brasil acumula incertezas. No Mato Grosso, por exemplo, produtores expressam preocupação com o impacto das altas temperaturas, focos de incêndio e a falta de umidade, condições que ameaçam o bom desenvolvimento das lavouras. Esse cenário traz um risco para a produção, que já enfrenta um possível atraso no plantio.

O especialista em agronegócio, Carlos Cogo, interagiu com internautas e abordou as principais dúvidas sobre o futuro da safra da soja e os impactos climáticos. Segundo Cogo, os números da produção brasileira do grão estão consolidados, com uma expectativa de safra de cerca de 145 milhões de toneladas. No entanto, os desafios climáticos podem afetar esses números, reforçando a necessidade de monitoramento constante.

Além disso, as previsões para os preços da soja também foram discutidas. No Paraná, por exemplo, foi questionada a projeção do valor da saca da soja para fevereiro de 2025. Cogo destacou que, devido ao atraso no plantio e ao cenário climático desfavorável, os preços podem sofrer quedas.

O especialista explicou que o prêmio sobre as cotações de Chicago, atualmente em torno de 80 a 90 centavos de dólar, tende a cair para cerca de 2 centavos no período de março, impactando diretamente no valor da saca, que deve recuar para valores entre R$ 126 e R$ 127.

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Momento ideal

Outro ponto levantado pelos internautas foi o melhor momento para a venda da soja e se o ideal para contratos futuros já havia passado. Cogo afirmou que, apesar de o momento mais oportuno poder ter passado, ainda há oportunidades devido às incertezas climáticas e ao fenômeno El Niño. A volatilidade do mercado pode trazer boas chances para produtores que souberem aproveitar os períodos de alta.

Também foi discutido o cenário de longo prazo para o mercado de grãos no Brasil, com perguntas sobre as restrições ao agronegócio e o impacto do marco temporal nas propriedades rurais. O especialista reconheceu que o setor enfrenta muitos desafios, incluindo a queda das margens e o ciclo de baixa das commodities, mas reafirmou que o Brasil continuará crescendo e se adaptando às condições do mercado.

O futuro da safra da soja, portanto, depende de uma série de fatores climáticos e econômicos que estão sendo monitorados de perto. Os produtores devem se preparar para um ano desafiador, mas com possíveis oportunidades de venda em momentos estratégicos.

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Números de produção de açúcar e moagem são reduzidos por consultoria

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4 horas ago

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5 de setembro de 2024

O aumento dos casos de incêndio, muitos deles de origem criminosa, na região Centro-Sul do Brasil no final de agosto despertou maiores preocupações sobre as condições dos canaviais.

Ainda que os impactos do fogo estejam sendo mensurados, sobretudo quanto às perdas, a extensão da área afetada já sinaliza o ambiente desafiador para as operações de colheita.

Para o agro, isso se agrava ainda mais por conta da necessidade das usinas moerem a cana queimada dentro de um intervalo de até 48 horas para evitar perda significativa de qualidade, sem esquecer das áreas cuja cana ainda não atingiu o seu ponto ideal de corte.

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Reduções das estimativas de açúcar

À luz dos resultados iniciais desses impactos, além dos danos já provocados pela seca, a consultoria Datagro publicou uma revisão do balanço da safra 2024/25 da região Centro-Sul do Brasil. Os números principais podem ser resumidos nos seguintes pontos:

  • Cana-de-açúcar: redução de 602 para 593 milhões de toneladas (654,43 milhões de toneladas em 23/24);
  • Rendimento industrial: diminuição de 140,60 para 140,20 kg de ATR por tonelada de cana (139,22 kg ATR/tc em 23/24);
  • Produção de açúcar: decréscimo de 40,025 para 39,30 milhões de toneladas (42,43 milhões de toneladas em 23/24);
  • Produção de etanol total: contração de 0,44 bilhões de litros por conta dos efeitos na safra de cana (na safra 23/24 foram produzidos 33,59 bilhões de litros);
  • Mix de produção para açúcar: mantido em 49,6%, contra 48,9% na safra 23/24

A Datagro informa que o acompanhamento do impacto dos incêndios e a condição geral do canavial na safra 2024/25, bem como as perspectivas para 2025/26 continuam a ser monitorados, e eventuais refinamentos de estimativa poderão ser realizados à frente.

Preocupações sobre a moagem

açúcar
Foto: Embaixada dos Estados Unidos no Brasil

Além da moagem, há preocupação maior é sobre o poder de cristalização das usinas do Centro-Sul, com muitos agentes do mercado já desconfiados da possibilidade de que o mix para a produção de açúcar em 2024/25 fique próximo ao de 2023/24.

“Contudo, isso depende dos danos nos canaviais provocados pelos incêndios e da velocidade pela qual as usinas conseguiram colher estas áreas em tempo hábil – além dos impactos sobre a planta, o forte ritmo de moagem tende a limitar a flexibilidade das usinas para maximizar a produção de açúcar”, diz a publicação da consultoria.

Por outro lado, conforme a Datagro, cabe destaque à revisão sobre a produção de etanol de milho, de 7,7 para 8 bilhões de litros em 2024/25, correspondendo, portanto, a 24,6% da oferta total do biocombustível na região para a atual temporada, contra 18,7% em 2023/24, que ajuda a compensar a queda da produção de etanol de cana.

A nova estimativa de produção de etanol total na safra 2024/25 na região Centro-Sul passa de 32,66 para 32,52 bilhões de litros.

Segundo a empresa, os incêndios também provocaram preocupações sobre as áreas a serem colhidas na próxima safra de 2025/26, tendo em vista os danos já observados nas áreas de rebrota, o que deve encorajar os produtores a retardar o início das operações de moagem na próxima temporada.

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Doenças, semeadura e desafios para a safra 2024/25

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7 horas ago

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5 de setembro de 2024

No mais recente episódio do Podcast Soja Brasil, o pesquisador da Embrapa Soja, Leonardo Campos, aborda temas essenciais para o cultivo de soja no Brasil. Durante a conversa, são discutidos diferentes assuntos, como o vazio sanitário, a importância da semeadura e as práticas de manejo que podem impactar diretamente a produtividade.

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Durante o bate-papo, Campos explica o papel do vazio sanitário como uma técnica para reduzir a pressão de doenças, como a ferrugem asiática, sobre as plantações. O período sem a presença de soja no campo impede a multiplicação do fungo causador da ferrugem, diminuindo sua incidência no início do ciclo produtivo.

Segundo o pesquisador, as características climáticas de cada região também influenciam a pressão da doença, sendo que regiões mais frias e úmidas favorecem o desenvolvimento do fungo.

Outro ponto de destaque é a importância da semente certificada. O pesquisador ressalta que sementes de qualidade garantem uma genética superior, alta produtividade e diminuem o risco de contaminação por pragas e doenças. Ele também menciona o impacto econômico de sementes de má qualidade, que podem refletir em perdas financeiras e ambientais para os produtores.

A semeadura foi apontada como um dos momentos mais críticos do processo produtivo. Campos destaca que uma distribuição uniforme de sementes e a correta regulagem das máquinas são fundamentais para maximizar o uso de recursos naturais, como luz, água e nutrientes, garantindo assim maior produtividade.

Além disso, o pesquisador explica a importância da inoculação e coinoculação. A técnica de inoculação, que consiste na introdução de bactérias que ajudam na fixação do nitrogênio no solo, foi descrita como uma prática fundamental para o crescimento saudável das plantas.

A coinoculação, que combina diferentes bactérias para estimular o crescimento radicular, também foi enfatizada como uma ferramenta eficaz para aumentar o vigor das plantas e sua resistência a condições de estresse, como seca e altas temperaturas.

Por fim, Campos apresenta suas expectativas para a safra 24/25. Ele ressalta a importância de fatores como o financiamento acessível e a redução dos custos de produção, além da esperança de que o clima colabore com chuvas bem distribuídas durante o ciclo da cultura. O pesquisador se mostrou otimista quanto ao aumento da produtividade e melhoria nos preços da soja no mercado internacional.

Confira outros episódios do podcast no Youtube e Spotify.

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