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Trigo fecha em forte baixa em Chicago com boas produtividades nos EUA – MAIS SOJA

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As condições climáticas têm sido variáveis. Algumas áreas estão enfrentando desafios devido às chuvas frequentes, que têm atrasado a semeadura. Em outras regiões, a alta umidade do solo tem retardado a emergência e o desenvolvimento das lavouras. A situação reflete a diversidade climática do Estado e suas consequências para a cultura de trigo. O plantio avançou pouco no período e chegou a 85% da área.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, o plantio já está na fase de conclusão na Fronteira Oeste, mas há apreensão por parte dos produtores em razão dos custos elevados de produção e dos preços pouco atrativos do grão. Em média, os agentes financeiros disponibilizaram R$ 3.150,00/ha para custeio das lavouras, exigindo produtividade de 45 sc./ha para cobrir os custos, além dos encargos financeiros, das despesas com seguro e arrendamento.

Em Itacurubi, o plantio avançou pouco; 85% da área estimada foi semeada, mas afetada pela falta de chuvas. Em Maçambará, houve redução de 20% na área plantada; alguns produtores estão optando por adubação verde ou deixando áreas em pousio. As lavouras semeadas recentemente estão desuniformes devido à falta de chuvas. Em Manoel Viana e São Borja, o plantio foi concluído, mas a falta de chuvas continua preocupando os produtores, que enfrentam dificuldades na aplicação de adubação nitrogenada.

Na Campanha, os produtores de Hulha Negra, Candiota e Aceguá enfrentam dificuldades para acessar insumos em função das restrições de crédito, resultado de uma safra de verão frustrada pelas chuvas excessivas de maio. Esse contexto pode levar ao estabelecimento de lavouras com baixo nível tecnológico e menor potencial produtivo.

Em Candiota, apenas 50% da área estimada foi plantada e, em Hulha Negra, apenas 20%. No município de Bagé, alguns produtores desistiram da cultura, optando pela aveia, que pode ser utilizada de diversas formas. Em Caçapava do Sul, o plantio foi concluído, sendo o único município da Campanha com a semeadura completa.

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Na de Caxias do Sul, as chuvas frequentes e a alta umidade do solo impediram a semeadura, que atingiu apenas 20% da área prevista. Muitos produtores pretendem desistir de semear as lavouras em decorrência do atraso, que comprometeria a colheita e a semeadura subsequente. As lavouras emergidas apresentam coloração pálida, causada pela falta de insolação.

Na de Erechim, 95% da área estimada foi plantada, mas as condições climáticas adversas têm atrasado o desenvolvimento das lavouras. As plantas emergidas estão em fase de desenvolvimento vegetativo, mas apresentam crescimento lento como consequência da baixa luminosidade e do excesso de umidade. Alguns produtores conseguiram realizar tratos culturais em uma breve janela de tempo, mantendo a expectativa de rendimento inicial de 3.600 kg/ha.

Na de Frederico Westphalen, a umidade do solo atrasou a semeadura de 10% da área prevista, o que pode impactar a produtividade. As lavouras estabelecidas estão em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo, mas a baixa radiação solar e o excesso de umidade têm gerado preocupações quanto ao estado fitossanitário das plantas. Apesar disso, a expectativa de produtividade se mantém em 3.390 kg/ha, sendo 10% superior a inicial.

Na de Ijuí, a alta umidade impediu a continuidade da semeadura. As lavouras semeadas no final de junho apresentam emergência lenta, mas sem danos nas sementes. O desenvolvimento das plantas também continua lento e com coloração verde-pálida.

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Na de Passo Fundo, 55% da área foi semeada, mas as operações estão atrasadas em função das condições climáticas adversas. Os produtores aguardam melhorias no clima para dar continuidade às operações de plantio.

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Na de Pelotas, a semeadura está atrasada devido ao clima chuvoso; apenas 49% da área foi semeada. No entanto, as lavouras semeadas estão em pleno desenvolvimento vegetativo e sem problemas fitossanitários. O frio nesta fase é benéfico para a cultura.

Na de Santa Maria, a semeadura está quase concluída, ultrapassando 90% de área plantada. As plantas estão atualmente em emergência e em início da fase de desenvolvimento. As chuvas recentes têm favorecido o crescimento das lavouras. A primeira estimativa para a safra de 2024 indica área de 91.563 hectares e produtividade estimada em 2.968 kg/ha.

Fotografia de Nélio Newinski/Emater/RS de Entre-Ijuís.

Na de Santa Rosa, a expectativa é de cultivar 290.705 hectares; a produtividade inicial estimada é de 3.286 kg/ha. A semeadura avançou. Estão em desenvolvimento vegetativo 99% e o restante em fase de floração. As baixas temperaturas têm favorecido o perfilhamento e a sanidade das plantas, apesar de a ausência de sol ser desfavorável.

Na de Soledade, as condições climáticas desfavoráveis, como excesso de umidade, têm dificultado o término do plantio. As lavouras semeadas na primeira quinzena de junho apresentam crescimento atrasado, mas há potencial de recuperação, caso o clima normalize Tratos culturais, como adubação nitrogenada em cobertura e controle de plantas invasoras, foram iniciados, sendo favorecidos pela umidade.

Comercialização (saca de 60 quilos)

O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 0,88%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 68,28 para R$ 68,88. O produto disponível foi cotado na Bolsa de Cereais de Cruz Alta em R$ 80,00/sc.

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Fonte: EMATER/RS



FONTE

Autor:Informativo Conjuntural 1824

Site: EMATER/RS

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