Trigo/RS: Colheita está sendo finalizada, operação atingiu 99% da área cultivada – MAIS SOJA

A semeadura avançou, praticamente sem interrupções na maior parte das regiões, nos últimos dias de novembro, beneficiada pelas condições propícias para a operação, como a adequada umidade do solo, fator anteriormente limitante. Como resultado, a área semeada alcançou 80% da projeção estimada para a safra.

Observou-se que as áreas com efetiva cobertura de palhada mantiveram níveis adequados de umidade para o plantio por período mais extenso; já nas parcelas de preparo convencional, houve rápida perda de umidade devido à exposição direta do solo aos ventos e às altas temperaturas.

A ocorrência de chuvas, em 01/12, em volumes e abrangência territorial maiores, favoreceu a germinação e a emergência, mesmo de plantios realizados em solo “seco” ou de menor umidade. As lavouras em desenvolvimento vegetativo têm mostrado sinais de recuperação, emitindo folhas mais expandidas, especialmente nas localidades onde a umidade do solo foi restabelecida com as chuvas de 19 e 20/11.

Em termos fitossanitários, foram realizadas operações de controle de plantas daninhas, e alguns produtores iniciaram aplicações preventivas de fungicidas. No Planalto Médio, observou-se incidência de lagartas de solo e de diabrótica em lavouras nos estágios iniciais de desenvolvimento, exigindo atenção no manejo fitossanitário.

A área de cultivo projetada pela Emater/RS-Ascar está estimada em 6.811.344 hectares, e a produtividade média em 3.179 kg/ha.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste, as chuvas recentes permitiram a retomada do plantio, que estava paralisado em vários municípios devido à insuficiência de umidade no solo. Em São Borja, a semeadura permanece atrasada, atingindo 45% dos 105 mil hectares previstos, pois, em novembro, as precipitações foram insuficientes (apenas 60% da média histórica).

Em Maçambará, a semeadura prosseguiu sob condições favoráveis. No entanto, replantios foram necessários em lavouras semeadas no início de novembro em função da baixa umidade, que comprometeu a germinação e a emergência. Atualmente 60% dos 56 mil hectares projetados foram semeados. Na região da Campanha, o avanço do plantio foi discreto, dado o prolongado período de baixa umidade no solo e a previsão de chuvas intensas, que gerou receio de replantios.

Em Hulha Negra, as chuvas de mais de 40 mm, em uma hora, provocaram sulcos de erosão em áreas mais declivosas já preparadas para plantio, onde será necessário reparação. Em Aceguá, o plantio atingiu 60% dos 32 mil hectares previstos; em Dom Pedrito, a semeadura avançou para 82% dos 160 mil hectares projetados. Parte dos produtores efetuaram o plantio em solo seco, mas a intensidade da precipitação ocorrida exige monitoramento para avaliar eventuais replantios.

Na de Caxias do Sul, a semeadura está próxima da conclusão, restando áreas nos Campos de Cima da Serra, ainda ocupadas por cultivos de trigo. De forma geral, as lavouras apresentam bom estabelecimento, germinação uniforme e desenvolvimento inicial satisfatório. A exceção ocorre em Serafina Corrêa e municípios vizinhos, onde o acumulado de precipitação em novembro foi de apenas 50 mm, comprometendo a germinação.

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Na de Erechim, a semeadura foi concluída. Estão 10% das lavouras em estágio de emergência e 90% em fase vegetativa, apresentando bom estande de plantas.

Na de Frederico Westphalen, 95% foram semeados, beneficiados por condições favoráveis de umidade no solo. As lavouras apresentam emergência uniforme e estande de plantas bem estabelecido.

Na de Ijuí, a semeadura avançou significativamente, de 66% para 92% da área projetada. A emergência das plantas é considerada regular, embora apresente maior heterogeneidade nas áreas onde choveu menos, no início de novembro. Em razão do retorno da umidade adequada ao solo, estima-se que as sementes que ainda não germinaram, completem o processo de emergência. Foram registradas ressemeaduras pontuais em pequenas áreas devido a problemas de germinação de sementes provenientes de lotes com baixo vigor.

Na de Passo Fundo, a semeadura alcança 98% da área; 20% estão em emergência; e 80%, em desenvolvimento vegetativo. Na de Pelotas, pela segunda semana seguida a semeadura avançou intensamente, alcançando 65% da área a ser estabelecida. A emergência das plantas está adequada, refletindo no estande das lavouras.

Na de Santa Maria, o plantio atingiu 70%, igualando a proporção semeada no mesmo período do ano anterior. As chuvas registradas nas últimas duas semanas promoveram uma mudança no cenário observado no início de novembro, melhorando as condições para o estabelecimento e desenvolvimento das lavouras.

Na de Santa Rosa, o plantio avançou significativamente, de 58% para 75% da área projetada. De maneira geral, as lavouras apresentaram população de plantas e desenvolvimento vegetativo adequados. A evolução das lavouras implantadas nas semanas anteriores está satisfatória, apesar do déficit hídrico. Durante os períodos mais quentes, ocorreu murcha das plantas, especialmente nas lavouras em estágio vegetativo, entre V1 e V3. As chuvas recentes mitigaram a estiagem, permitindo aos produtores retomar as atividades de manejo. As lavouras seguem em desenvolvimento vegetativo, com exceção de Porto Lucena, onde já se observa o florescimento em algumas áreas. Essa antecipação no desenvolvimento está atribuída ao microclima local, aliado à prática de semeadura precoce por parte dos sojicultores.

Na de Soledade, a semeadura está em fase de conclusão, chegando a 90% da área implantada. De maneira geral, as lavouras de soja apresentam bom estabelecimento e estande de plantas, mas a escassez de chuvas interferiu no desenvolvimento inicial da cultura.

Comercialização (saca de 60 quilos)

O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, aumentou 1,44%, quando comparado à semana anterior, passando de R$ 127,50 para R$ 129,33.

Confira o Informativo Conjuntural n° 1844 Emater/RS completo, clicando aqui!

Fonte: Emater RS

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