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Condenado pelo assassinato do pai entra em curso de arquitetura em SP

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Ex-seminarista Gil Grego Rugai, condenado pelo assassinato de seu pai, Luiz Carlos Rugai, e sua madrasta, Alessandra de Fátima Troitino
Divulgação Polícia Civil
Ex-seminarista Gil Grego Rugai, condenado pelo assassinato de seu pai, Luiz Carlos Rugai, e sua madrasta, Alessandra de Fátima Troitino

O ex-seminarista Gil Grego Rugai , condenado a mais de 30 anos de prisão pelo assassinato de seu pai e madrasta, iniciou suas aulas no curso de arquitetura em uma universidade em Taubaté , nesta terça-feira (9), no interior de São Paulo.

Gil Rugai está cumprindo sua pena em regime semiaberto na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado , conhecida como P2 de Tremembé. Para frequentar as aulas, a Justiça determinou que ele utilize uma tornozeleira eletrônica e apresente mensalmente boletins que comprovem sua presença e desempenho no curso.

A permissão para sair do presídio está restrita ao horário das aulas, que ocorrem durante a noite na faculdade Anhanguera , localizada em uma cidade vizinha a Tremembé. De acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), a liberação ocorre das 17h às 23h30.

Habeas corpus

Gil Rugai foi autorizado a iniciar seu curso de graduação após obter a autorização do Superior Tribunal de Justiça. Em março, o ministro Reynaldo Soares da Fonseca concedeu um habeas corpus favorável a Gil, revertendo a decisão anterior do Tribunal de Justiça que havia negado o pedido da defesa.

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Na última sexta-feira (5), a juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani , do Departamento Estadual de Execução Criminal (Deecrim), foi notificada e determinou o cumprimento da decisão do STJ.

O advogado Edson Baird, responsável pela defesa de Gil Rugai, preferiu não comentar a decisão. A SAP confirmou que o detento começou a ser liberado nesta terça-feira para as aulas e está sendo monitorado por meio de uma tornozeleira eletrônica.

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O crime e a sentença

Gil Rugai foi condenado em 2013 a 33 anos e nove meses de prisão pelos homicídios de seu pai, Luiz Carlos Rugai , e de sua madrasta, Alessandra de Fátima Troitino.

A defesa do réu, na época, tentou anular o julgamento que o condenou e solicitar um novo julgamento. Em 2020, o Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, confirmou a condenação definitiva, tornando o caso transitado em julgado, sem possibilidade de recursos.

  • O crime ocorreu em 28 de março de 2004

O casal foi encontrado baleado e morto na sede da agência de publicidade, que funcionava na casa onde moravam em Perdizes, Zona Oeste da capital. Na época, Luiz tinha 40 anos e Alessandra, 33. Gil Rugai tinha 20 anos.

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A Polícia Civil e o Ministério Público acusaram o ex-seminarista de ter cometido o crime, alegando que ele matou as duas vítimas a tiros depois que seu pai descobriu desvio de dinheiro por parte do filho na empresa. Gil Rugai, que também trabalhava no local, sempre negou sua participação no crime.

  • Desde então, Gil Rugai teve diversas idas e vindas do sistema prisional.
  • Desde 2016, ele cumpre sua pena na Penitenciária P2 de Tremembé
  • Em 2021, ele progrediu para o regime semiaberto, mas teve seu benefício suspenso em abril do ano seguinte
  • Depois conseguiu reverter essa decisão judicial após dois meses da decisão

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Fonte: Nacional

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