Eliseu Marques, um conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Minas Gerais ( OAB/MG ) afirmou, em um grupo de WhatsApp com outros conselheiros do órgão, que o ex-presidente Lula (PT) deveria ser ” fuzilado “. O grupo reúne cerca de 160 integrantes da OAB, a maioria do estado mineiro, e é administrado pelo presidente da seccional da OAB mineira, Sérgio Leonardo. A informação foi divulgada pela coluna de Malu Gaspar, do jornal O Globo.
“Este bandido tinha que ser fuzilado a exemplo de outros que deveriam ter o mesmo fim”, escreveu Marques.
A declaração teria sido motivada pela afirmação de um outro participante do grupo sobre a possibilidade de o Brasil “virar Cuba” em vista de um eventual retorno do PT ao poder: “Se eles voltarem o Brasil será como Cuba”.
A troca de mensagens teria sido recebida com espanto e ironia pelos demais membros do grupo, como o diretor de inclusão da OAB-MG, William Santos. Ele sugeriu que Marques fizesse a declaração publicamente, a exemplo da vice-presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB em Uberlândia (MG), Flávia Aparecida Moraes. Na quarta-feira (5), ela publicou um vídeo atacando nordestinos pelo voto em Lula.
“Recomendo que a exemplo da colega de Uberlândia (que atacou nordestinos nas redes sociais), que faça um vídeo, mostre-se publicamente, divulgue e defenda o que aqui dito e escrito”, escreveu Santos.
Em meio à polêmica, Sérgio Leonardo decidiu intervir. Ele pediu aos participantes para que evitassem discussões de cunnho político no grupo, coisa que, segundo ele, “não agrega”. “Temos um compromisso maior com a advocacia mineira. Precisamos estar unidos para seguir implementando nosso plano de gestão”, escreveu.
Na sequência, proibiu postagens no grupo por tempo indeterminado: “Vou exercer o poder de moderador e espero não ser mal interpretado, mas fecharei o grupo para postagens hoje.”