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Acabei de me matar, escreveu mãe em carta ao dar veneno a filhas gêmeas

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A mãe que deu veneno de rato para as filhas gêmeas de 11 anos, e depois tentou se matar, em uma casa em Sobradinho II, escreveu uma carta com orientações a serem seguidas por familiares dela, após o crime.

No texto, obtido pelo Metrópoles, a mãe explica que teria acabado de matar as meninas, as cachorras da família e que teria cometido suicídio em seguida: Tomei chumbinho e outros remédios.

Veja a carta:

De acordo com o delegado-chefe da 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho), Hudson Maldonado, responsável pelas investigações, a mulher de 42 anos tentou tirar a própria vida, ingerindo remédios antidepressivos e veneno usado para matar ratos, conhecido como chumbinho.

Ela tinha a intenção de, além de tirar a própria vida, também de matar as duas filhas, disse o investigador.

Ainda segundo as apurações, a mãe deixou uma carta orientando uma terceira pessoa a respeito das providências a serem tomadas e afirmando a sua vontade.

No momento, a mulher está no Hospital Regional de Sobradinho (HRS) e passa por exames. Ela será posteriormente autuada pelos crimes de tentativa de homicídio em desfavor das gêmeas, disse o chefe da 13ª DP.

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Ainda de acordo com Maldonado, as investigações apontam para o estado de depressão da vítima. Com certeza precisa também de um tratamento psiquiátrico.

As gêmeas passam bem, mas também seguem internadas, em avaliação, no HRS. Após receberem alta, ficarão à disposição do Conselho Tutelar.

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Uma cartela de remédios antidepressivos foi encontrada no local e um frasco contendo dois grãos, provavelmente de chumbinho.

O caso

O caso aconteceu na noite dessa quarta, em Sobradinho. As vítimas foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). Os bombeiros conseguiram reverter o quadro das vítimas, que foram encaminhadas imediatamente ao hospital.

Busque ajuda

Metrópoles tem a política de publicar informações sobre casos de suicídio ou tentativas que ocorrem em locais públicos ou causam mobilização social. Isso porque é um tema debatido com muito cuidado pelas pessoas em geral. O silêncio, porém, camufla outro problema: a falta de conhecimento sobre o que, de fato, leva essas pessoas a se matarem.

Depressão, esquizofrenia e o uso de drogas ilícitas são os principais males identificados pelos médicos em um potencial suicida. Problemas que poderiam ser tratados e evitados em 90% dos casos, segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria.

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Está passando por um período difícil? O Centro de Valorização da Vida (CVV) pode te ajudar. A organização atua no apoio emocional e na prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail, chat e Skype 24 horas todos os dias.

 

Arte/Metrópoles

 

Disque 188

A cada mês, em média, mil pessoas procuram ajuda no Centro de Valorização da Vida (CVV). São 33 casos por dia, ou mais de um por hora. Se não for tratada, a depressão pode levar a atitudes extremas.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada dia, 32 pessoas cometem suicídio no Brasil. Hoje, o CVV é um dos poucos serviços em Brasília em que se pode encontrar ajuda de graça. Cerca de 50 voluntários atendem 24 horas por dia a quem precisa.

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