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Chapada ignora crise e gasta R$ 9 milhões em Festival de Inverno

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Prefeito usa evento para bombar reeleição

Em ano eleitoral e buscando a reeleição, o prefeito de Chapada dos Guimarães, Osmar Froner (União), decidiu aumentar em 50% os gastos com 37ª edição do Festival de Inverno no município que ocorrerá no mês que vem. Serão gastos cerca de R$ 9 milhões de recursos públicos, R$ 3 milhões a mais se comparado com o evento realizado no ano passado.

 

Destes valores, R$ 6 milhões saíram dos cofres públicos do Estado, sendo 50% de emendas parlamentares destinadas para as festividades. Só para cachês com os artistas que irão se apresentar nos 9 dias do evento serão R$ 4.263 milhões, sendo que apenas R$ 500 mil para artistas regionais.

 

Nomes consagrados da música brasileira como Lulu Santos (R$ 520 mil), Maiara e Maraisa (R$ 624 mil), Michel Teló (R$ 350 mil), Titãs (R$ 350 mil), 14 Bis (310 mil), Dilsinho (R$ 280 mil), Barão Vermelho (R$ 197 mil), RPM e Rádio Taxi (R$ 140 mil), Ferrugem (R$ 250 mil), João Bosco e Vinicius (R$ 250 mil), Mato Grosso e Mathias (R$ 250 mil), Aline Barros (R$ 150 mil), Anjos de Resgaste (R$ 75 mil) e Queen Tribute Brazil (R$ 17 mil) estão confirmados.

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Caso o valor fosse investido em saúde por exemplo, seria possível construir uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Porte I e mais 3 Unidade Básica de Saúde (UBS) também de porte I, conforme levantamento feito no site do Ministério da Saúde. Apesar dos problemas de políticas públicas nas áreas da saúde, educação, segurança, saneamento básico, que ainda persistem no município, o foco em eventos tradicionais continua sendo prioridade para o gestor.

No ano passado, o custo do Festival de Inverno também chegou a ser questionado pela então vereadora Fabiana Nascimento (PSDB), que fez uma série de requerimentos para que a gestão Froner apresentasse prestação de contas e informações dos gastos.

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RETALIAÇÃO

Em retaliação, o ex-secretário municipal de gestão, Gilberto de Mello, denunciou a parlamentar na Comissão de Ética da Câmara de Chapada, alegando que a mesma teria atuado em processos judiciais como advogada contra a prefeitura. Mesmo com o parecer contrário do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e da Ordem dos Advogados do Brasil, secional Mato Grosso (OAB/MT), a base do prefeito agiu única e exclusivamente para cassá-la e por fim à oposição dentro do Legislativo.

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