CUIABÁ

Instrutores são presos por torturar alunos no Sol e proibir ida ao banheiro em MT

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Empresa de RS alugou espaço para treinamento de bombeiros civis

Quatro alunos de um curso para bombeiro civil, da Escola Profissional Jovem Profissional, que era realizado na sede da Associação dos Servidores do Poder Judiciário Federal (Asserjup), no último sábado (22) em Cuiabá, denunciaram à Polícia Militar que foram submetidos a uma série de maus-tratos durante as aulas. Segundo os alunos, os instrutores os proibiam de ir ao banheiro, de ir embora para casa e ainda os obrigavam a ficar expostos ao sol de forma excessiva.

Após a denúncia de sequestro, cárcere privado e maus-tratos, dois instrutores foram presos, sendo um idoso de 60 anos e outro de 47 anos. De acordo com o boletim de ocorrência, as equipes foram acionadas por volta das 16h de sábado para atender a ocorrência contra a empresa que tem sede em Santo Antônio da Patrulha (RS).

Uma das vítimas relatou que estava fazendo um curso de bombeiro civil e que, desde que chegou no local, não recebeu alimento, além de constatar que na sede não havia lugar adequado para fazer higiene pessoal. A vítima disse que relatou a situação para os suspeitos, responsáveis pelo curso, e disse que queria desistir e ir embora, porém os suspeitos disseram que ele não poderia sair.

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Ainda conforme o boletim, a vítima relatou que os suspeitos retiveram seus pertences e informaram que ele só sairia do local ao término do curso, no domingo.  Por conta disso, a vítima acionou a PM.

Quando a guarnição chegou ao local, outras três vítimas relataram que estavam na mesma situação de maus-tratos e que também estavam impedidas de sair. Uma delas chegou a dizer que as mulheres que queriam ir ao banheiro tiveram que fazer as necessidades as escondidas, pois os alunos estavam sendo impedidos.

As vítimas também contaram que, como forma de punição, os suspeitos as colocavam sob o sol deitadas de barriga para cima por cerca de 40 minutos. Além disso, os instrutores as ofendiam com xingamentos, as expunham ao sol por tempo excessivo e as impediam de sair.

Os suspeitos afirmavam que os alunos só poderiam ir embora no domingo. Os suspeitos foram presos e o caso foi encaminhado para a Polícia Civil.

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