“Sonho virou fumaça”, ‘, diz comerciante de Shopping

Prejuízo causado pelo incêndio que destruiu o Shopping Popular, na madrugada desta segunda-feira (15), no Dom Aquino, em Cuiabá, ainda não foi calculado. Para além disso, comerciantes e funcionários estão desolados tamanha destruição. Todas as 600 lojas foram destruídas pelo fogo.

Um deles é Ari Mundim, que há mais de 20 anos trabalha com o comércio em Cuiabá. “Começamos nos anos 2000, com uma barraquinha, tenho muito orgulho de fazer parte dessa história”, , lembrou.

“Hoje chegar aqui e ver o sonho virar fumaça, é de uma tristeza muito grande. A gente fica sem norte, sem chão. Aí dentro a gente construía nossa renda, levava comida para casa, é um sentimento muito triste”, disse Ari.

Para ele, o shopping já era um cartão postal da cidade e que hoje vira cinzas. “Vamos esperar essa fumaça parar, o chão estriar, tirar o que sobrou e vamos ressurgir das cinzas” Patrícia Gimenes e Tatiane Martins trabalhavam em um restaurante no piso superior. Elas contaram que foram informadas do incêndio ainda na madrugada, assim que a notícia começou a tomar conta dos grupos do WhatsApp.

Uma delas trabalha há 4 anos no restaurante e perdeu tudo. A dona do ponto estava há quase 25 anos no Shopping Popular. “Foi meu primeiro emprego em restaurante, é o nosso ganha pão”, disse.

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Joilton Padilha, 34, estava há quase 4 anos atuando o shopping. Ele tinha uma banca de eletrônicos, a ‘Concect Cuiabá’. “Fiquei sabendo de madrugada, quando cheguei aqui, estava tudo destruído”

Há quase um ano como funcionária de uma loja de assistência telefônica, Ana Beatriz Rodrigues, moradora do Pedra 90, lembrou que cuidava da loja para os patões, que moram em Brasília. Ela ficou sabendo do incêndio por uma amiga. “O lucro está lá dentro, queimado. Chegaram mercadorias novas na sexta-feira, agora estou pensando no que vamos fazer, sei que é tudo muito recente, é um susto grande, muito triste”, disse.

Incêndio

Conforme a nota divulgada pelo Governo de Mato Grosso, as equipes do Corpo de Bombeiros chegaram no local por volta das 2h53, cerca de 7 minutos após a primeira solicitação via 190. Além de todo o efetivo de Cuiabá e Várzea Grande, bombeiros que estão em folga também foram acionados para reforças as ações no local. Equipe destacou que demorou apenas 30 minutos para o fogo de alastrar pelo local, que desabou. Parte da estrutura está no chão e a outra parte corre risco de desabar. Atualmente, o shopping contava com 600 comércios, desde lojas que vendiam roupa, eletrônicos, calçados e até restaurantes.

“Nesse momento, é pedir que Deus nos ajude e que nos dê forças” , ressaltou Misael Galvão, presidente da Associação do Shopping

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Popular. “Foi tudo destruído, fomos ao chão” Para ele, o Shopping Popular sempre foi referência de trabalho e renda “São mais de 3 mil empregos gerados ali dentro. Vamos buscar forças para recomeçar”.

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