Profissionais da saúde que atuam no município de Diamantino participaram de um Workshop oferecido pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso, conduzido pelo Escritório Regional de Saúde de Diamantino. O evento foi realizado, nesta terça-feira (25.10), na Universidade Estadual de Mato Grosso (UNEMAT) e teve como tema central da abordagem o atendimento a pacientes com Meningite e Toxoplasmose. A ação foi desenvolvida em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde.
O Workshop apresentado de forma hibrida teve como público alvo médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e acadêmicos do curso de enfermagem. No total, 40 profissionais participaram das atividades.
A responsável pela Vigilância Epidemiológica do Estado, Mônica Lima Gomes, explicou que a capacitação proporciona uma troca de informações de suma importância entre a Secretaria de Estado de Saúde junto aos municípios, envolvendo os profissionais da rede pública e privada. Disse ainda que busca, neste treinamento, controlar os casos dos agravos na região e evitar um surto das doenças.
“É o SUS que fornece o medicamento e fornece os protocolos e diretrizes para o melhor atendimento aos pacientes. A gente trabalha de forma a buscar os casos de subnotificação e também orientar, ver onde estão as falhas, os acertos. O Objetivo é atender a população e fazer com que os surtos que vem acontecendo em outros locais não venha ocorrer aqui”, destacou.
Lucianí Limonge de Oliveira, técnica responsável pelo agravo meningite, aspecto da doença como um todo, com ênfase na vigilância epidemiológica. São verificados os casos de notificações, subnotificações e do preenchimento correto das fichas de notificação e investigação.
“São ensinadas noções de sinais e sintomas, tratamento com quimioprofilaxia e outros, além da parte laboratorial. Os profissionais sairam da capacitação sabendo diferenciar as meningites (cada agente etiológico) e as medidas de controle para acalmar a sociedade quando identificar algum caso. A meningite é um agravo que gera muita polêmica, assusta muito. Isso faz com que se aplica o uso indiscriminado da quimioprofilaxia, um antibiótico que acaba sendo utilizado de forma inadequada pela população. A gente foca nesse aspecto para evitar a resistência dessa medicação”, orienta.
Também foram abordados os aspectos da toxoplasmose, doença que costuma ser transmitida por alimentos contaminados, manuseio de terra, areia de gato, legumes e frutas não higienizadas adequadamente.
Segundo Fabiana Coelho, técnica responsável pelo agravo toxoplasmose, há incidência da baixa notificação de toxoplasmose gestacional. Ela explica que muitos profissionais precisam ter o conhecimento dos medicamentos disponíveis pelo SUS para a gestante detectada com a doença.
“Além disso, orientamos sobre o tratamento da Toxoplasmose gestacional e congênita, quais os sintomas e quais as medidas utilizadas para a prevenção da doença. Esperamos um olhar mais sensível para os casos de toxoplasmose gestacional para evitar a congênita. Iniciar o tratamento precocemente diminui o risco da criança nascer infectada ou com microcefalia, hidrocefalia, retardo mental e outros problemas”, assegura.
Fonte: Prefeitura de Diamantino MT